No que concerne à pandemia do coronavírus e ao possível combate à doença correlata por intermédio da HidroxiCloroQuina, há mais ou menos 10 dias atrás, um amigo acessou um artigo sobre o uso dessa substância na cura da doença e, estando com os sintomas de infecção pelo vírus atemorizador, devidamente orientado por médico com experiência no tratamento da malária com a citada medicação, fez uso dela e em menos de 72 horas teve os sintomas plenamente cessados.
Numa reunião informal, o debate conduziu à ideia de fazer chegar ao conhecimento de autoridades governamentais o relatório elaborado por cientistas franceses e o efeito sobre um paciente acometido da doença. É bastante provável que, anteriormente, as autoridades já tinham tomado conhecimento dessa possibilidade.
De qualquer sorte, em resposta, foi informado que houve determinação governamental para estudos correlatos, bem como a ampliação da fabricação da substância por laboratórios nacionais. Deve ser enfatizado que há várias décadas, a HidroxiCloroQuina é fabricada no Brasil e utilizada no tratamento da malária.
Divulguei via WhatsApp no grupo de nosso condomínio, a notícia sobre essa perspectiva animadora, bem como o citado artigo de pesquisadores franceses que fizeram experimentos com cerca de 40 pacientes. Um integrante do grupo postou comentário — a meio caminho entre a ironia e a indelicadeza — contrário à aplicação do medicamento, sob a alegação que não havia um número razoável de experimentos que comprovassem a eficácia do tratamento. O comentário foi acompanhado de um vídeo contendo testemunho de médico brasileiro radicado nos Estados Unidos, apontando a inconveniência de tratamento não devidamente aprovado pela comunidade científica e pelos órgãos públicos encarregados da respectiva aprovação.
Minha constatação: há uma rede de alcance nacional objetivando potencializar a crise da pandemia do coronavírus, com atuação escusa, caracterizada pela proposta de divisão entre as autoridades empenhadas no processo, bem como pela divulgação de tudo o que for negativo e pela neutralização de qualquer novidade que represente esperança e otimismo. Afora a conhecida campanha da mídia, três evidências identificaram a iniciativa hedionda, somente factível de parte de pessoas ideologicamente doentes. Ao me referir a evidências ressalto que não se trata de indícios ou de notícias “fake”, uma vez que há comprovantes, na forma de vídeo, áudio e artigo publicado.
Uma personagem do meio cultural, filha de consagrada atriz de cinema e teatro, publicou um artigo dando vivas ao coronavírus e concitando as pessoas a embarcarem na canoa da utilização da respectiva crise para opor-se e derrotar o governo federal.
Um jornalista — ex-deputado do PT e depois do PSol — criticou com veemência e acidez o presidente da República, durante quase uma semana, e depois, ao ler o artigo da artista, voltou atrás, divulgou um áudio, retratando-se e pedindo contritas desculpas à população e ao presidente da República.
O áudio de uma reunião oficial de administração pública nordestina mostra um funcionário estadual discursando e concitando a população a atuar de todas as formas possíveis e imagináveis, valendo-se da pandemia do coronavírus, para atribuir ao governo federal toda a responsabilidade pelos terríveis aspectos da crise. Afora ser uma reunião oficial, o discurso de um funcionário com responsabilidades públicas preconiza as ações em nome de alta autoridades nordestinas de oposição ao governo federal.
Adicionalmente, constatei que o replicante de minha mensagem atinente ao tratamento da doença através da HidroCloroQuina faz parte da rede nacional, integrada por políticos, intelectuais, jornalistas e artistas contrariados, apoiados por redes de televisão impedidas de receber recursos públicos de forma não republicana, com o inequívoco objetivo de potencializar o caos resultante da pandemia do coronavírus, como forma de exercer a oposição e tentar voltar ao poder.
Minha resposta ao replicante do condomínio — possivelmente um médico, que pelas ações que está empreendendo, poderia ser considerado um falso médico — é apresentada a seguir.
“Quanto às considerações metodológicas, creio que o Prof. Marcelo [cientista brasileiro que se encontra nos Estados Unidos e gravou depoimento posicionando-se contra a utilização de procedimentos não consagrados] tem razão.
Minha dissertação de mestrado, na década de 1980, tratou do desenvolvimento de um Sistema Especialista para diagnóstico de sistemas complexos (componentes eletro-hidro-mecânicos de carro de combate), baseado em Inteligência Artificial.
Uma das principais referências que utilizei foi o sistema de diagnóstico médico chamado “MYCIN” (existe o livro com esse título). O MYCIN é um sistema computacional de diagnóstico de doenças infecciosas.
Sua validação foi feita com 500 casos reais arquivados no hospital da universidade de Stanford. Os diagnósticos do MYCIN foram comparados com os diagnósticos reais daquele hospital, bem como com os diagnósticos contratados a 3 médicos especialistas da Costa leste americana. O autor do MYCIN é um médico cientista com PhD em Engenharia de Computação, na área de Inteligência Artificial (na década de 1980 era embrionária, mas já existia, especialmente em diagnósticos complexos).
Portanto, dúvida não resta. Quarenta experimentos não caracterizam uma amostra razoável para comprovar a eficácia de um medicamento. Porém, na roça de onde venho, toma-se remédio de origem vegetal que jamais foi submetido a um único experimento. Meu pai, semianalfabeto meio curandeiro, salvou dezenas de vida com um remédio local para picada de cascavel e jararaca (não raro fatal, naquela região).
No caso da moléstia causada pelo coronavirus, pode ser que o médico e o paciente tenham que fazer a opção entre um milagre ou a HidroxiCloroQuina.”
Enfim, em contraposição aos integrantes da rede nacional do contexto em que “nada é tão ruim que não possa piorar um pouco mais”, vale ressaltar o velho adágio que preconiza a assertiva de que “em tempo de crise, cada um deve renunciar à potencialização do problema e inserir-se no processo da solução ou então recolher-se ao universo da respectiva insignificância.”
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