O ministro Celso de Mello tem repetidamente vezes dado demonstrações que para ele a democracia é o produto do que ele acha que deve ser e não o produto do consenso entre os cidadãos, apoiados nos mandamentos normativos, de tal sorte que — e aqui uso a expressão recorrente em dezenas de garranchos que já alinhavei — prevaleçam a paz e a harmonia, amparados na liberdade, na verdade, na coragem e na ética.
No artigo “É inconcebível que ainda sobreviva no Estado brasileiro resíduo de autoritarismo, diz Celso”, publicado no Estadão podem ser inferidas contradições inconcebíveis de um alto integrante de um dos Poderes da República.
Se o ministro observar com rigor os mandamentos dos art.1 e 2 da Constituição; se não fizer comparação de conterrâneos com integrantes da ditadura que foi vencida com a contribuição do Brasil, aí incluído o sacrifício de centenas de brasileiros; e se atuar de acordo com o bom senso, a lógica e a razão, outro jurista não o teria alcunhado de juiz "boa sorte" (no sentido do desejo dos atores de teatro) nem haveria no presente, por parte de cidadãos, atos que contrariassem a busca da paz e da harmonia, meta primacial do ser humano.
Já está na hora de ele começar a dar o exemplo ou descarregar-se.
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[Divulgado no Estadão online de 16/Jun/2020]
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