No artigo “Bobo são os outros” — cujo título parafraseia o comunista Sartre (L’enfer c’est les autres, na peça de teatro Huis Clos, escrita após a segunda guerra para três amigos que lutaram contra o nazismo e voltaram desempregados), a Sra. Eliane Catanhêde conjectura sobre as possibilidades dos possíveis candidatos e produz esta pérola: “O cenário é desolador. Lula envelhecido, sem discurso e sem horizonte, mirando nos alvos errados e imobilizando o PT e as esquerdas. Aécio, José Serra e Geraldo Alckmin, os três candidatos tucanos à Presidência ainda vivos (Mário Covas morreu em 2001), embolados com a Justiça, a polícia e a descrença da sociedade diante dos políticos e da política. Todos viraram passado.”
Contrafeita, lamentando tudo, demonstrando até mesmo tristeza, ela continua a análise e — sem dispensar uma pitada de veneno — produz outra pérola: “[Bolsonaro] Continua sendo não só o mais forte, mas o único candidato na sucessão presidencial e faz uma pirueta entre a eleição e a reeleição: joga ao mar o discurso moralista, o PSL e os neófitos vindos do ambiente policial e jurídico e navega com o Centrão, os experientes e os espertos, parando de atacar Congresso e Supremo.”
Até que enfim, a moça se deu conta das transformações da conjuntura. Acordou embora continue sonolenta e não deixe de destilar ódio e veneno. De uma forma hesitante, se queda diante da realidade e da verdade. Sugeriria que começasse a tratar das eleições de 2026 para frente. Seria uma forma de pensar numa maneira de impedir que seus corruPTos favoritos (entranhados no PT, PSDB e PMDB) jamais voltassem ao poder e assim os cidadãos poderiam pensar em deixar um país melhor para as próximas gerações.
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[Mensagem divulgada no Estadão online de 26/Jul/2020]
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