RIBEIRO SOUTO ACL_OZ: Gilmar Mendes e as Forças Armadas

Durante uma transmissão de entrevista online em 13/Jul/2020, o ministro Gilmar Mendes, do STF, associou o Exército com genocídio no âmbito da pandemia do coronavirus. O Ministério da Defesa e os Comandantes militares divulgaram uma nota de repúdio.

A irresponsabilidade e a leviandade apontada pela nota do Ministério da Defesa e dos comandantes militares sobre o ministro Gilmar Mendes não são novidade.
Em sessão plenária da Suprema Corte transmitida ao vivo para todo o Brasil, no início da década de 2010, o ministro Joaquim Barbosa declarou sobre ele:

“...Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse País”.

E a seguir:

“ ... Vossa Excelência não está na rua. Está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso que Vossa Excelência está fazendo”.

Portanto, não há surpresa.

Em sessão plenária do STF, na segunda metade da década de 2010, o ministro Roberto Barroso asseverou sobre Gilmar Mendes:

“.... Você é uma pessoa horrível. Uma mistura do mau com atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo Vossa Excelência aqui fazer um comício, cheio de ofensas, grosserias. Vossa Excelência não consegue articular um argumento. ... Já ofendeu a presidente; já ofendeu o ministro Fux. Agora, chegou a mim. A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Não tem nenhuma ideia. Só ofende as pessoas!”.

O personagem é resiliente.

Prosseguiu o ministro Barroso:

“... Vossa Excelência nos envergonha. Vossa Excelência é uma desonra para o Tribunal; uma desonra para todos nós. Um temperamento agressivo, grosseiro, rude! É péssimo isso.

Vossa Excelência sozinho desmoraliza o Tribunal. É muito ruim. É muito penoso para todos nós termos que conviver com Vossa Excelência aqui. Não tem ideia, não tem patriotismo; está sempre atrás de algum interesse que não é o da Justiça.

Uma coisa horrorosa! Uma coisa horrorosa, uma vergonha, um constrangimento. ... Uma coisa horrível!”.

O que esperar do Sr. Gilmar Mendes senão iniquidades? Ele deve ser investigado no âmbito do inquérito sobre ilegalidades contra o STF.

A indagação que hesita em calar: em alguma Corte Suprema de país democrático desenvolvido, algo similar — frontalmente contrário à esperada ilibada conduta de qualquer magistrado — pode ser observado?

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