quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Conjuntura político-judicial e um mundo melhor

Em face da simplicidade, objetividade e correção, reproduzo o texto contido em um vídeo do jornalista Paulo Souza, versando sobre a conjuntura política e judicial que está levando o País para a beira do precipício.

Por via de consequência, é oportuno que os brasileiros de boa fé adotem os valores de liberdade, verdade, coragem e ética; e se insurjam contra todos os que trafegam em sentido contrário e, portanto, na contramão da trajetória a ser trilhada na construção de um Brasil melhor para as próximas gerações.

Que haja energia, força e fé para tentar sempre e jamais desistir!

 

 

Vitória e supremacia da corrupção e da criminalidade

Paulo Souza – 20/11/2025

@paulosouza.oficial

Se essa retrospectiva não te deixar pelo menos com a pulga atrás da orelha, meu amigo, então a verdade não te interessa. 

 

Em 2014, o doleiro Alberto Youssef é preso, na Operação Lava Jato, e começa a delatar as entranhas do maior esquema de corrupção da história, não do Brasil, mas do planeta.

Em 2015, são presos, na Lava Jato, Netor Ceveró, João Vaccari Neto e Marcelo Odebrecht.

Em 2016, são presos Antonio Palocci, Guido Mantega, Eduardo Cunha e Sérgio Cabral. Nesse mesmo ano, o impeachment da presidente Dilma.

Em 2017, auge da Operação Lava Jato, são presos Eike Batista, José Dirceu e Lula — 6 bilhões de reais são, até então, recuperados.

Em 2018, na mesma eleição em que Geraldo Alckmin declara a célebre frase “a quadrilha quer voltar à cena do crime”, referindo-se ao PT.

 

 

Ainda em 2018, Jair Bolsonaro é eleito presidente, depois de uma ascensão meteórica, como um símbolo anticorrupção, que marca o início de um governo com o qual o próprio crime organizado declara não ter mais o “diálogo cabuloso mano, que tinha com os governos anteriores.”

Em 2019, José Dirceu é solto. E Lula também deixa a prisão por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2020, uma série de decisões do STF enfraquece a Lava Jato.

Em 2021, o juiz Sérgio Moro é declarado parcial nos processos de Lula.

Ainda em 2021, o STF anula todas as condenações de Lula; e meses depois o torna novamente elegível. 

Em 2022, Geraldo Alckmin se torna candidato a vice-presidente na chapa do partido, em que 4 anos antes, ele mesmo declarou ser “a quadrilha tentando voltar à cena do crime”.

Durante a campanha eleitoral, ficou proibido ligar a imagem de Lula com Nicolás Maduro, apesar da conhecida amizade de ambos, de longa data. Foi proibido também chamá-lo de ex-presidiário ou ex-condenado, apesar de ele ter sido condenado e preso.

Jornais e emissoras de rádio e TV foram censurados ou multados por suas críticas a Lula — todas as decisões tomadas pelo TSE, presidido por um ministro do STF.

E o homem que poucos anos antes estava preso por corrupção venceu a eleição.

O ano de 2023 começa com a prisão de centenas de manifestantes por tentativa de um golpe sem armas, sem Exército, em uma invasão a instituições vazias.

Dalton Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato, tem seu mandato cassado como deputado federal.

Sérgio Cabral volta a morar na sua cobertura no Leblon, depois de ser solto, no final de 2022, pelo STF, numa progressão de seus mais de 400 anos de pena.

Nesse mesmo ano, o STF anula também a condenação de Eduardo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, enquanto Bolsonaro se torna inelegível, também pelo STF, por se reunir com embaixadores.

Em 2024, o STF anulou todas as condenações de José Dirceu e todos os atos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht.

Em 2025, Marcelo Bretas, também ex-juiz da Operação Lava Jato sofre a mais severa punição para um juiz, a aposentadoria compulsória.

E o STF anula todas as condenações de Antonio Palocci — “zeradinho”.

E ainda em 2025, o STF determina a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica e proíbe a utilização de redes sociais, entre outras medidas, pelo golpe que nunca aconteceu.

 

 

Você percebe dois movimentos muito claros, em direções opostas. 

Em um deles, combate à corrupção — PT se esfarela em escândalos, impeachment da presidente, empresários e políticos presos, réus confessos, bilhões devolvidos; e Bolsonaro surgindo como a principal figura antissistema.

No outro, você vê presos sendo soltos, condenações anuladas, os juízes que os condenaram sendo punidos. E Bolsonaro, sim, tornando-se inelegível e na iminência de ser preso.

 

 

Você entende que para um movimento ser verdade o outro precisa ser uma série de narrativas falsas. 

 

Ou o Bolsonaro era mesmo a peça antissistema, a pedra no sapato que representa o movimento anticorrupção, que deixou muita gente chateada.

 

 

Afinal, só no Petrolão são 40 bilhões de reais, que fez o sistema fazer o que fosse necessário — reorganizar-se para retomar o controle, inclusive tirar o homem da prisão e colocá-lo na cadeira da presidência; ou esses pobres políticos, empresários, empreiteiras e Partido dos Trabalhadores foram todos injustiçados; tiveram suas condenações porque eram perseguidos políticos; isto é, ninguém roubou a Petrobras.

 

E Bolsonaro sim, é que fez parte do sistema corrupto que começou a operar a poucos anos, tentando incriminar esses pobres inocentes, prejudicando o Brasil que vinha funcionando às mil maravilhas, antes de o Bolsonaro aparecer, não é mesmo?

 

 

 

 

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