ESTADÃO — 16/Set/2018
[Divulgado no Facebook, em 16/Set/2018]
No artigo “Ventos pró-PT”, de forma incompreensível, a articulista Eliane Catanhêde destaca uma candidatura à presidência que ainda está tateando em meio à maior onda de corrupção da história do Brasil, ocasionada pelo PT partido do candidato.
Ela afirma que “a consolidação de Jair Bolsonaro e o avanço de Fernando Haddad projetam a chegada da extrema direita ou a volta do PT ao poder e isso mexe com a alma e os escrúpulos dos demais candidatos, principalmente dos que estão embolados na disputa por uma vaga no segundo turno.”
E de quebra admite a possibilidade de vitória do PT nas eleições de outubro, pois assevera que “há aflição e angústia também nas campanhas de Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e João Amoedo (Novo), que têm juntos 9% e, sem condições de virar o jogo e de vencer, cumprem o papel de derrotar um nome de centro e ajudar a polarização entre a extrema direita e a volta do PT. O mais prejudicado foi Alckmin, mas uma desistência dos três agora tenderia a favorecer Jair Bolsonaro, que, por ironia, é a melhor garantia de vitória de Haddad no segundo turno. Os ventos, portanto, sopram a favor do PT. Quem diria?”. A jornalista infere ironia, quando em realidade, deveria caracterizar uma tragédia hedionda.
Não poderia haver algo mais afrontante à lógica, à razão e ao corolário inaceitável: a condenação do processo democrático. Segue minha resposta em 600 caracteres, para ajustar-se ao campo ‘Comentários’, do próprio artigo.
RESPOSTA DESTE (E)LEITOR
[Divulgado no campo ‘Comentários’, junto ao artigo, no site do Estadão, em 8/Set/2018]
É a melhor garantia da vitória de Haddad no segundo turno? Os eleitores poderão ter uma recaída ou nunca terão saído de onde estiveram? Essa asserção desqualifica os cidadãos muito mais do que qualquer outra coisa. O que há de hediondo nisso é a possibilidade de o povo brasileiro -- pertencente a um dos países mais ricos do mundo -- ser submetido a dirigentes que o levaram a uma condição de anomia inexcedível na História. Será que não dá para aspirar algo menos perverso, menos aterrorizante? Claro que sim, o otimismo, o sonho e a esperança prevalecem. Os recalcitrantes evanescem!
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