sábado, 8 de setembro de 2018

O atentado contra Bolsonaro


ESTADÃO — 8/Set/2018


O Estadão publicou editorial contendo informações incompletas ou com meias verdades sobre o atentado contra Bolsonaro. O texto é analisado com rigor e equilíbrio e os equívocos são desmascarados.


RESPOSTA DESTE (E)LEITOR


[Divulgado no Facebook, em 8/Set/2018]

Analisando-se o editorial “O atentado contra Bolsonaro” (A3,  8 de setembro), constata-se que o Estadão perdeu a chance se ser mais veraz diante da história e transmitir para o leitor informações e juízo de valor que correspondam ao que está disponível para qualquer um ao longo das últimas horas.
Primeiro, asseverou que “parece comprovado que ele [o autor da facada covarde] é um desequilibrado que agiu de forma isolada”. Ora, há a certeza de que o autor da matéria não examinou com a argúcia requerida os dados já disponíveis sobre a covardia extrema. Se tivesse examinado o vídeo do crime, teria visto a interação de uma mulher com um homem com o objetivo inequívoco de tirar a atenção do agente de segurança que estava entre Bolsonaro e o criminoso; teria visto também um outro cidadão dando soco no baço de Bolsonaro, no momento em que o candidato ferido estava sendo colocado no veículo. Outros indícios de que o celerado não agiu de forma isolada: a existência de material eletrônico dentre os pertences do criminoso, especialmente 4 celulares; a movimentação do criminoso por vários locais do país, sendo que a última movimentação foi a 15 dias, quando alugou a pensão onde estava hospedado (qual a origem dos recursos?); a militância em favor do PSOL, da liberdade do Lula e a oposição declarada contra o Bolsonaro; a troca de mensagens entre militantes dos partidos de esquerda anunciando a possibilidade do assassinato do Bolsonaro; e a pouco explicável existência de quatro advogados em defesa do autor do crime em menos de 24 horas do evento. São fatos ignorados pela imprensa em geral. Só se espera que a Polícia Federal não repita o que interessa para uma parcela de brasileiros cujos interesses estão sendo fortemente ameaçados por uma administração honesta, patriota e transformadora, a ser implantada no Planalto por Bolsonaro.
Em seguida, o editorialista afirma que “o próprio Bolsonaro chegou a dizer, há poucos dias, que pretendia ‘fuzilar a petralhada’, numa infeliz figura de linguagem”. Com essa afirmação, o autor da matéria chega ao paroxismo, associando-se aos interesses do criminoso e de seu crime, tentando atribuir à vítima a responsabilidade pelo atentado. A asserção deixa de ser apenas infeliz; mostra dúvida em relação à capacidade de análise dos leitores; desrespeita quem ainda não se livrou totalmente do risco de vida; e entra para o terreno da desqualificação parcial, nojenta e abjeta.
Ao referir-se ao General Mourão, infere-se que o sábio editorialista não assistiu à entrevista do candidato a vice-presidente em Porto Alegre no dia do atentado; não assistiu à sua declaração prestada ao Jornal Nacional ontem; e não assistiu à entrevista prestada ontem durante uma hora a jornalistas de alto calibre da Globo News. Se tivesse assistido e tivesse a intenção de valorizar a verdade, teria afirmado que o parceiro da chapa Bolsonaro teve atuação impecável — aquela que só os estadistas são capazes —, ao enfatizar os interesses nacionais, a imperiosa conveniência de calma e tranquilidade para que o processo político-eleitoral atenda às demandas nacionais de busca de valores, bem como da paz e harmonia social; sempre com foco na prevalência da democracia, uma objetivo permanente e que jamais pode ser abandonado. Tudo indica que o sábio editorialista não ouviu o vídeo divulgado em âmbito nacional pelo General Heleno, respeitado conselheiro da campanha, onde o mesmo tom de necessidade da prevalência da calma e tranquilidade foram afirmados e reafirmados com veemência.
Enfim, surpreendentemente, um jornal que poderia ser considerado um dos melhores dentre os que dispomos, traz-nos opinião de seus proprietários perfeitamente assentada em miopia, em fé duvidosa e que parece destinada a agradar aqueles que durante os últimos 20 anos contribuíram para que um País com o potencial do Brasil mergulhasse em uma das maiores crises da História — enfatize-se, crise moral, ética, social, política e econômica, onde a liberdade tem sido conspurcada para macular a verdade e, como corolário inevitável, a democracia. Lamentável!

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