quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Demonstração de força ou fraqueza

O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou um ato público para o dia 25 de fevereiro, na avenida Paulista. De forma repetitiva e desarrazoada, jornalistas e outros intelectuais apontam o risco de uma suposta jogada de quem se encontraria vulnerável e questionam as dimensões e consequências dessa demonstração.

 

Para caracterizar a força ou fraqueza, basta avaliar a reação do público (crianças, jovens adultos maduros e idosos) em qualquer lugar a que o ex-presidente comparece. Basta comparar com evento similar relativo ao cabra que andou pelo cárcere em Curitiba. Basta comparar as dimensões da corrupção que ambos praticaram; provadas pelo encarcerado e cogitadas pelo oponente. 

Não é preciso ser favorável a um ou outro, basta ser favorável à liberdade, à verdade e à ética. Simples como a simplicidade que alivia os sãos e atormenta os doentes. Aliás estes reagem, identificam-se, defendem os insanos favoritos, ofendem e agridem.

Independentemente do que venha a ocorrer, a interpretação pós-evento será associada com a narrativa que cada um armazenou na respectiva cachola, isto é, será favorável para adeptos do ex-presidente e desfavorável para os demais.


Um leitor resolveu mencionar — o que ele supostamente achava que eu desconhecia — que Hitler foi eleito pelos cidadãos alemães e, nesse sentido, sugeriu que, por similaridade, Bolsonaro ter o apoio do povo não tem nenhum significado. Respondi com contundência.

 

Como educado e culto, certamente você tem conhecimento do que os socialistas aprontaram no mundo; não importando se é socialista real, nacional-socialista ou socialista tupiniquim. Senão vejamos, Stalin assassinou cerca de 20 milhões de soviéticos; Hitler matou 6 milhões de judeus e 5 milhões de outras minorias; Mao esfacelou mais de 60 milhões de chineses; Pol Pot dizimou cerca de um milhão e meio de cambojanos. 

O que eles tinham em comum? Todos eram socialistas, saíram do cárcere e se tornaram Chefes de Estado. Percebeu a semelhança, caro gênio da cultura socialista e provavelmente adePTo?

 

Como educado e culto, você sabe que o poeta John Donne afirmava que quando alguém morre, um pouco de cada um de nós vai junto. Ele poderia ter concluído que quando os socialistas assassinam milhões, um pouco de cada um dos milhões de entes humanos que pensam segue junto. 

Isso facilita sua avalição de quem sai do cárcere para prosseguir corrupto e facilitar a morte de criancinhas e idosos, por falta de assistência? 

Isso facilita sua concepção de que não se deve ser favorável a um ou a outro, mas sim às causas da liberdade, da verdade e da ética?

 

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[Divulgado no Estadão online de 14/Fev/2024]

[Divulgado no Estadão online de 15/Fev/2024]

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