sábado, 10 de outubro de 2020

Honra e Comissão da Inverdade

Em declaração à imprensa, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o coronel Brilhante Ustra era “um homem de honra”. Os formadores de opinião militantes de esquerda imediatamente reagiram. A articulista Mônica Bérgamo publicou artigo com o título “Elogio de Mourão a Ustra desonra as Forças Armadas diz Comissão Arns” (Folha de São Paulo de 9 de outubro). 

Postei um primeiro comentário junto ao citado artigo e quase uma dezena de leitores replicaram com viés grosseiro e ofensivo. Entendo que no jornal que é o ninho daqueles que se apegam a ideários que contrariam as noções básicas de convivência entre contrários, é imperioso que alguém faça o contraponto e exerça a liberdade de oferecer o contraditório. 

É o que não hesitei em diligenciar, com um segundo comentário.


A afirmação dos integrantes da Comissão da Inverdade desonra os seres humanos que têm apreço pela verdade. Aqueles que defendem o socialismo (socialismo real, nacional socialismo e demais sistemas hediondos) se sentem incomodados, é claro. Sentem-se mais incomodados ainda pelo fato de os brasileiros estarem livres deles. Dói muito. A dor vai ficar mais dolorida porque jamais triunfarão por aqui.

 

A identificação do perfil dos que replicaram meu comentário é facílima. Basta ver as agressões, ofensas e mentiras. São defensores dos gêmeos (nacional socialismo, na Alemanha; e socialismo real na União Soviética). Ambos herdeiros do Leviatã absolutista de Thomas Hobbes. A escolha pelo socialismo adequado é feita pela quantidade de vítimas (100 milhões/socialismo real e 10 milhões/nacional socialismo) ou pela efetividade do processo (através da fome ou de fornos de gás). Apenas uma lembrança: o Brasil venceu ambos.


Adicionalmente, de forma educada, um leitor mencionou o fim da ditadura e a consequente democracia, como condicionantes para a possibilidade do voto. Agreguei um terceiro comentário para caracterizar de forma mais ampla o significado da democracia.


Precisamos aprender e evoluir muito. Nos países onde a democracia prevalece, há igualdade de oportunidades, não há desequilíbrios sociais e econômicos absurdos, a justiça funciona com eficácia, a corrupção e demais crimes identificados são punidos severamente, nos debates prevalecem as ideias, crenças e princípios em contraposição às ofensas, o nacional socialismo e o socialismo real jamais triunfam e há direito ao voto secreto e universal. E condenados vão para a penitenciária.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online de 9 e 10/Out/2020]

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