O
artigo “Por que repórteres não são receptadores”, do Sr. Eugênio Bucci (A2, Estadão
de 15/Ago/2019), possibilita uma sequência não criminosa de reflexões de
conteúdo criminoso e controverso amparo ético. Senão vejamos.
Cometer
crime de corrupção, retirar os recursos que deveriam ser aplicados em saúde e
ocasionar a morte de milhares de crianças e idosos pode ou não pode? Não pode!
Cometer
crime para provar que houve crime de corrupção, permitir que os recursos voltem
a ser aplicados em saúde e evitar a morte de outros milhares de crianças e
idosos pode ou não pode? Não pode!
Cometer
crime através do “hackeamento” para obter as provas de que houve crime na
comprovação de crime de corrupção pode ou não pode? Não pode!
Ganhar
muito dinheiro e notoriedade, e beneficiar criminosos contumazes e hediondos,
utilizando informações obtidas de forma criminosa para provar que houve crime na
comprovação de crime de corrupção pode ou não pode? Pode!
Claro,
o “poder” pode e deve ser amparado pelo “não poder”. Cada cidadão que cuide
melhor de suas crianças e idosos. E de quebra, que Epicuro substitua seu
paradoxo divino por um paradoxo apenas humano!
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Paradoxo
de Epicuro
O
paradoxo proposto pelo filósofo grego Epicuro (século III a. C.) analisa três
características divinas — a omnipotência, a omnisciência e a omnibenevolência. Caso
sejam verdadeiras aos pares, elas excluem a terceira. Ou seja, se duas delas
forem verdadeiras, a terceira é falsa.
·
Enquanto omnisciente e
omnipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas
não o faz. Então não é omnibenevolente.
·
Enquanto omnipotente e
omnibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é
bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe e onde o mal está. Então
ele não é omnisciente.
·
Enquanto omnisciente e
omnibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o
faz, pois não é capaz. Então ele não é omnipotente.
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