Foi amplamente divulgado na mídia nacional e estrangeira que o presidente da França Emmanuel Macron deu declaração em que propala a necessidade de ação internacional atinente às falhas do Brasil na condução das questões amazônicas.
Ele publicou no Twitter a seguinte mensagem:
“Our house is burning. Literally. The Amazon rain forest – the lungs which produces 20% of our planet’s oxygen – is on fire. It is an international crisis. Members of the G7 Summit, let’s discuss this emergency first order in two days!” #ActForTheAmazon pic.twitter.com/dogOJj9big
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 22, 2019
Essa atitude resulta das seguintes razões:
– a conveniência de que empresas multinacionais tenham acesso às enormes riquezas da Amazônia;
– a recorrente visão de líderes estrangeiros no sentido de que seus países têm interesse na Amazônia — Henry Ford, François Miterrand, Bill Clinton, Geroge W. Bush Margaret Thatcher, Michail Gorbachev e outros já se manifestaram nessa direção (para detalhes dessa cobiça, acessar
https://arsacloz.blogspot.com/2021/01/a-cobica-internacional-sobre-amazonia.html); e
– uma resposta ao público francês que tem demonstrado insatisfação com o governo Macron.
Reagi postando comentários na imprensa nacional (conforme apresentado a seguir) e internacional (cujos detalhes podem ser vistos em
https://arsacloz.blogspot.com/2019/08/general-de-gaulle-general-petain-e-sr.html)
Como o Estadão publicou um artigo com o título "Espero que os brasileiros tenham um presidente que se comporte à altura, diz Macron", repliquei com linguagem similar.
Como a Folha de São Paulo também divulgou o vitupério do Sr. Macron, meu comentário seguiu a linha do anterior.
Espero que a França tenha um presidente que não minta sobre assuntos da esfera internacional, como fez Macron quando usou uma foto de 19 anos atrás, atribuindo a responsabilidade do incêndio ao governo brasileiro atual.
Espero que a França tenha um presidente que explique melhor para os franceses suas preferências da esfera pessoal; que explique melhor as causas da demissão do dirigente da Rádio França; que explique melhor porque, antes, se entendia muito bem e, de uma hora para outra, passou a ter problema com aquela autoridade demitida.
Enfim, mais De Gaulle e menos Pétain.
Tudo indica que ocorreu o contrário do que está mencionado na matéria. O Sr. Macron mentiu, usando uma foto de 19 anos atrás para apontar incêndio na Amazônia. Ele tem 77% de desaprovação dos franceses. Trump, Merkel, Johnson e outros integrantes do G7 se posicionaram contra o Sr. Macron. Ou seja, ele está mais para Pétain do que para De Gaulle.
Há brasileiros como o Sr. Macron, que não tem compromisso com a liberdade, verdade e ética. A questão é simples, 2022 vem aí e vai repetir 2018. Intelectuais, políticos, artistas e jornalistas insistem nisso. “Só a mudança é permanente” e veio para ficar.
O Brasil é um país grande e soberano e não pode ter um presidente com a altura do Macron e, por extensão, de Pétain. Não pode ter um presidente que mente como o Macron, ao usar uma foto de 18 anos atrás, afirmando que é incêndio de responsabilidade do presidente brasileiro. Não pode ter um presidente desautorizado pelos integrantes do G7 como o Macron. O Brasil precisa de gente como Clóvis, De Gaulle, Miterrand e outros. O Macron precisa de outra abordagem para superar os 77% de rejeição na França.
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[Divulgado no Estadão online de 24 e 25/Ago/2019]
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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 25/Ago/2019]
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