sábado, 20 de junho de 2020

Substituição de Ministro da Educação


Em 1º de janeiro de 2019, por ocasião da posse do presidente eleito, foi nomeado o escritor Ricardo Velez Rodriguez para o cargo de Ministro da Educação. Sua curta gestão foi um desastre.
Passados três meses e uns poucos dias, o colombiano foi substituído pelo economista Abraham Weintraub. Ele durou um ano e dois meses na Pasta. Constatou-se a repetição do desacerto. 
Por ocasião do processo de substituição de Weintraub, um amigo generoso mencionou meu nome para o cargo. Respondi de forma simples e objetiva.

Caro amigo,
Agradeço a lembrança de meu nome. Mas não estou cogitado para essa honrosa missão. 
Devo asseverar que há a expectativa de que possa ser investido alguém — dentre pelo menos quatro candidatos sugeridos ao Governo para o cargo — com inexcedível qualificação, isto é: 
(i)   sólida formação acadêmica; 
(ii)   experiência em magistério superior (incluindo doutorado e respectiva orientação de teses); 
(iii) autoria de livros; 
(iv) robusta experiência em gestão pública;
(v)   crença na força do trabalho, na prevalência do mérito e na imperiosa necessidade de resultados em detrimento da disputa ideológica;
(vi) inequívoco reconhecimento nacional e internacional atinente ao perfil ora delineado; e 
(vii) capacitação e facilidade em comunicação com os principais segmentos com interesse em Educação (Parlamento, Governos estaduais e municipais, comunidade acadêmica, comunidade empresarial, mídia e outros setores). 
Eu e amigos com quem divido a curiosidade sobre questões educacionais apresentamos sugestões e estamos esperançosos de que, nessa terceira tentativa do Governo, a decisão será consentânea com esta mensagem. 
Se assim for, as próximas gerações serão beneficiadas. 
Um abraço.
Obviamente, é difícil conseguir alguém que preencha todos os requisitos. Nesse contexto, o candidato deve preencher a maioria desses paradigmas. É imperioso considerar que o requisito (vii) é obrigatório. 
A capacidade de interação com o conjunto de interessados na seara educacional é obrigatória. É preciso distensão, tranquilidade, convencimento, alívio de tensões e criação de um ambiente de diálogo permanente e produtivo. Só assim, há possibilidade de êxito na emblemática e estratégica Pasta da Educação.
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