quinta-feira, 31 de julho de 2025

Homo Sovieticus, Homo Brasiliensis e AustraloPTecus

O governo dos Estados Unidos anunciou ontem a decisão de sancionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com base na Lei Global Magnitsky, por abusos reiterados contra o Estado Democrático de Direito.

 

A propósito do Homo Sovieticus, de Zinoviev, do Homo Brasiliensis, de Trigo, e da aplicação da Lei Global Magnitsky a brasileiro, trabalhadores dialogam:

- Cumpadi, existe uma espécie ancestral nossa que a maior parte da literatura ignora. Trata-se da espécie dos CorruPTus, cuja subespécie destaque é a AustraloPTecus CorruPTus.

- Ah Cumpadi, isso não é tudo! Nenhum intelectual se apercebeu da existência de uma espécie ancestral anterior aos CorruPTus. A rigor, ainda hoje existe a espécie dos Estrumerius, integrada pelas seguintes subespécies: a NaziPTecus Estrumerius, a KomunoPTecus Estrumerius e a FasciPTecus Estrumerius.

- Eh Cumpadi! Nós ganhamos eleição com a urna elePTrônica corruPTa. Bom, a conta que está sendo paga por expressiva parcela de brasileiros, está chegando também para os CorruPTus e para os Estrumerius, por intermédio da Lei Global Magnitsky!

 

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Conforme Luciano Trigo, no artigo Do Homo Sovieticus ao Homo Brasiliensis“citado outro dia, em uma live, por Rodrigo Constantino, o livrinho ‘Homo Sovieticus’, lançado em 1982 pelo escritor e sociólogo dissidente Aleksandr Zinoviev (1922-2006), é uma leitura impressionante. O autor investiga como viver em uma ditadura afeta as atitudes, os valores e o comportamento do cidadão comum, por meio de um processo gradual (e, até certo ponto, inconsciente) de adaptação psicológica à ideologia, à burocracia e à estrutura política dominantes.”

Trigo acrescenta que “como o Homo Sovieticus, o Homo Brasiliensis é cético em relação ao governo, à política e às instituições. Após décadas de escândalos de corrupção e ineficiência, ele concluiu que o sistema raramente funciona em benefício da população. Isso gerou cinismo e descrença – por exemplo, em relação ao sistema judicial, percebido como politicamente parcial e complacente com os ricos e poderosos.

 

 


 

terça-feira, 29 de julho de 2025

Carta para a Prof. Márcia Lemos Fonseca Barbosa

Prezada Professora Márcia,

O objetivo desta mensagem é transmitir para a senhora um agradecimento...

Recebi seu livro “Passagem do Agreste”, mas inicialmente tive que deixá-lo de lado. O tempo passou e, agora, cumpri a meta pretendida, avancei célere por suas páginas plenas de criatividade e, mais rápido do que imaginava, concluí a leitura.

Convém mencionar que há mais de sete décadas, nasci na campanha, não tão longe da fímbria do pantanal sul-mato-grossense. Aos 7 anos, deixei a casa dos pais e realizei o curso primário na cidadezinha de Rochedo que, naquela época, tinha cerca de 2.000 habitantes. Depois, fui para Campo Grande, onde fiz o curso ginasial. Em seguida, desloquei-me para as alterosas para fazer o ensino médio — assim, entrei em contato com a realidade mineira, na inesquecível Barbacena.

Nesse sentido, as descrições contidas em seu livro guardam uma certa parecença com a realidade geográfica e procedural que vivenciei na infância e na adolescência, o que se justifica pelas semelhanças entre as várias regiões de nosso ‘Brasilzão’ e, por óbvio, por algumas semelhanças entre as regiões onde se situam Campo Grande e Três Corações do Rio Verde, respectivamente. E, também, porque o personagem principal, o Zequinha Fartura — que evoluiu da infância até a velhice em Três Corações ou em suas proximidades — andou pelas veredas mato-grossenses, de onde eu próprio saí para o encontro com meu destino.

Na evolução da estória, a construção do modo de falar das pessoas do interior, daqueles cuja origem está nos sertões, especialmente, onde prevalece a mineiridade, empurra o livro para a vanguarda de outras grandes obras de nossa literatura. Trata-se do reconhecimento de nossa riqueza social, independentemente, do grau de escolaridade dos cidadãos interioranos.

A condução das vivências dos personagens — de forma intencional ou não! — se constitui em metáfora das conjunturas de nosso grandioso País. Uma grande extensão geográfica, uma avultada população e inexcedíveis riquezas naturais são contrapostas por indigência no setor educacional; por insuficiência na infraestrutura sanitária; por insuperável desigualdade de renda e por inaceitável disparidade de oportunidades para os cidadãos. A aludida metáfora se potencializa quando buscamos a caracterização dos agentes políticos, judiciais e empresariais, bem como da pobreza de suas respectivas atuações na gestão pública. 

E, nesse contexto, as lideranças brasileiras podem até perceber, saber e conhecer, mas ignoram o pensamento do poeta John Donne, quando, no século XVII, indagou:

“— Por quem os sinos dobram?”

E respondeu:

“— Eles dobram por ti!”

Essas lideranças jamais aduziriam:

“— De fato, eles dobram por nós, até porque quando alguém se vai um pouco de cada um de nós segue junto!”

Ademais, entendo que a magnífica construção de seu livro daria um filme monumental, desses que só Akira Kurosawa poderia conceber. Vale lembrar que o mestre japonês tinha cogitado de acabar com a própria vida; mas tinha que encerrar sua já iniciada obra cinematográfica "Dersu Uzala", sobre um explorador da Sibéria. Ao concluir, o resultado ficou tão bom que ele inferiu ser a vida valiosa, e decidiu continuar vivendo. Afinal, ele concebeu Dersu, um velho camponês que ajudava o personagem explorador; e que, ao descansar, junto à comitiva, em uma casinhola abandonada no meio do deserto siberiano, colocava fósforo e gravetos no alto da parede, para que quando outros, que ele jamais conheceria, ao passarem no inverno, tivessem aumentada a possibilidade de sobrevivência. 

Enfim, as citadas lideranças nacionais ignoram a universalidade da obra da professora Márcia, o questionamento de John Donne, bem como a igualmente virtuosa obra de Kurosawa. Então, é imperioso destacar que, metaforicamente, “Passagem do Agreste” identifica o modus faciendi de nossas lideranças, tanto em épocas passadas quanto na atualidade.

Bom, perdi-me em divagações... Devo enviá-las para a gentil mestra? Talvez, sim; talvez, não!... Talvez sim! Os professores devem dar atenção para os melhores alunos; mas devem sobretudo cuidar daqueles que, por limitações resultantes da condição humana, desconectam-se do contexto, como fiz agora.

Então, digníssima professora Márcia, estou enviando estes mal traçados garranchos com o inarredável objetivo de lhe transmitir o agradecimento pelo privilégio que me concedeu ao me enviar sua admirável obra-prima.

Com votos de sucesso e com admiração,

Aléssio Ribeiro Souto

Brasília, 29 de julho de 2025

 

domingo, 27 de julho de 2025

Aritmética para corrupção

Na plataforma X, o personagem identificado como ‘Na Mira do Repórter’ (uma forma de anonimato para expressar o que quer, independentemente da verdade?), divulgou uma foto com a expressão: “700 MIL MORTOS – ESSE É O GRANDE FEITO DO GOVERNO BOLSONARO”.

 

Nos Estados Unidos (a partir do governo Biden), com 339 milhões de habitantes, ocorreram mais de 900.000 mortes por Covid. 

No conjunto de países formados por Alemanha, França e Inglaterra, com cerca de 230 milhões de habitantes, a quantidade de mortes por Covid chegou a 650.000. 

No conjunto de países formados por México, Colômbia e Argentina, com mais de 220 milhões de habitantes, a cifra de mortes por Covid atingiu da ordem de 600.000.

Infere-se, pois, que atribuir ao governo Bolsonaro, as 700.000 mortes por Covid no Brasil é demonstração de canalhice e consequente falta de compromisso com a verdade — a marca registrada dos socialistas petistas brasileiros.

Vale dizer, AustraloPTecus CorruPTus só utiliza aritmética correta para corrupção.

 


 

 

Mapa da Corrupção dos AustraloPTecus CorruPTus

Na plataforma X, um alto figurão do Partido dos Trabalhadores postou um comentário com o título “Brasil já reúne indicadores para sair do Mapa da Fome da ONU”, proclamando que “3,5 milhões de pessoas retiradas da pobreza somente este ano. ...”; e outras idiotices que, por conveniência, convém não reproduzir.

Por óbvio, essa afirmação é condizente com a inexcedível ausência de compromisso com a verdade nas hostes petistas. Basta lembrar que, no passado, o ex-presidiário afirmara em entrevista para a mídia europeia que, “no Brasil, existiam cerca de 25 milhões de crianças nas ruas.” O próprio personagem — nefasto personagem! — relatou esse fato, dando-lhe a conotação de piada.

 

A partir de 2003, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e entrou no Mapa da Corrupção dos AustraloPTecus CorruPTus — estes apoiados e defendidos pelos AustraloPTecus Estrumerius.

Continuam ancestrais, porém, doutores na arte de enganar os cidadãos e levar a conjuntura para a anomia.

 

 

 

 

sábado, 26 de julho de 2025

Bons e maus modos de presidentes da República

De forma cautelosa, tento caracterizar as atitudes e procedimentos de quatro presidentes do grande país a que pertencemos, nas últimas três décadas. Essa avaliação permite uma melhor percepção das mazelas encontradas na atual conjuntura brasileira.

Um utilizava bons modos para convencer os canalhas a aprovarem a reeleição, para não aprovarem o impedimento do sucessor e para exercer a empatia pelo Foro de São Paulo. 

O outro se valia de bons modos para praticar a corrupção em favor dos amigos e dos familiares e para criar o Foro de São Paulo — vale dizer, para fazer a apologia do que afronta os valores civilizacionais. 

A outra utilizava os bons modos contra servidores e ministros para aprovar a corrupção desbragada, anterior e contemporânea. 

O seguinte praticava maus modos em favor de seu próprio clã e contra a canalhice dos oponentes na mídia, na intelectualidade e na política. Por isso, está usando tornozeleira eletrônica.

Em síntese, testemunhamos os bons modos em favor da canalhice; os bons modos em favor da canalhice e da própria indigência; os bons modos e a canalhice em favor da coerência da biografia; e os maus modos em favor de si próprio e da família e contra a canalhice e a corrupção, desafortunadamente, com o consequente custo jurídico de uma tornozeleira eletrônica.

As simpatias e preferências pelos personagens caracterizados são livres de acordo com a opção e vocação de cada um. Vale o preço a ser pago pela prática do ideário da liberdade. Contudo, é terrível constatar que as mazelas de nosso país — que impactam a totalidade dos cidadãos — são consentâneas com a apreciação cabível de seus mandatários.

E daí? Que as perspectivas futuras se submetam ao aprendizado das lições desse nefasto passado e que as próximas gerações sejam impactadas pelas correções a serem desencadeadas na difícil arte da gestão pública que pode se iniciar em 2026.


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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Carta para Eloy

Meu caro amigo,

 

Tive a satisfação de receber seu livro “Exército (Para quê?), Revolução de 1964 (Por quê?), Amazônia (Para quem?)”. Abri o pacote na hora. O título e a capa já falam muito! São instigantes! Li as primeiras páginas e folheei algumas parcelas do conjunto. 

A primeira impressão é que se trata de uma fonte valiosa como, não raro, ocorre com bons livros. Adicionalmente, fiquei com a percepção de que se assemelha a um curso de História, dado que tem uma enorme quantidade de informações e dados concatenados, muito bem referenciados e com lúcidas análises sobre a realidade brasileira, com grande impacto na atual conjuntura.

Para mim, para minha trajetória, o livro é especial, por três razões. Exponho-as.

Passei mais de 40 anos na vida militar ativa, então a resposta à indagação “Para quê?”, relativa ao Exército, é essencial. É imperioso refletir sobre a resposta, confirmar as virtudes de nossa valorosa e inexcedível Instituição — o Exército, conforme Eloy (permita-me o privilégio de citá-lo!), “nascido em 19 de abril de 1648, ... quando, pela primeira vez, lutaram juntos, em defesa da pátria comum, negros (Henrique Dias), brancos mazombos (como eram chamados os portugueses nascidos no Brasil) e índios (Felipe Camarão), na Batalha de Guararapes”.

Em relação ao “Por quê?”, atinente à Revolução de 1964, devo lhe confidenciar parte da evolução de minha família. Papai deixou a roça, na modesta fazenda do sogro, para viver em Rochedo, com seus 2000 habitantes, no antigo Mato Grosso, agora Mato Grosso do Sul, com o objetivo de possibilitar escola para meus quatro irmãos e irmãs mais novos — antes dessa mudança, eu morava em pensão nessa cidadezinha, na qual fiz o curso primário.

Papai comprou uma pequena casa comercial, em estado falimentar, e a transformou em um mercado bem-sucedido, que vendia secos e molhados, ferragens, tecidos, confecções e armarinhos; enfim, essa coisa que existe em quase todas as vilas e pequenas cidades de nosso interiorzão. Pois bem, por volta de 1963 para 1964, integrantes de um famigerado “Grupo dos 11” faziam proselitismo comunista, e transmitiam a mensagem de que, com a vitória da revolução, eles iriam tomar o comércio de meu pai, para distribuição dos bens para o povo, e lanhariam as costas do ‘velho’, em público, sob a alegação de que, como comerciante, ele explorava o povo. 

Eu morava em pensão em Campo Grande, para prosseguir os estudos. Meu pai mandou me dizer que eu fosse para Rochedo em um final de semana. Aí ele me assegurou que se houvesse o triunfo do “Grupo dos 11”, ele reagiria (era valente, tinha armas e era excelente atirador) e havia a possibilidade de ele ser morto, mas antes ele levaria uma parcela do grupo hediondo. Aí, ele me fez prometer que, em caso de tragédia fatal, em meus 13 anos de idade, eu deveria largar os estudos, voltar para Rochedo, para ajudar mamãe a criar os irmãos e irmãs. Felizmente, houve a Contrarrevolução de 1964; e a modesta estória de minha humilde família e a rica história do País tomaram o rumo alicerçado em valores civilizacionais adequados e que alguns ainda insistem em conspurcar. É imperioso destacar que, de acordo com Eloy, “no dia 31 de março de 1964, as Forças Armadas tiveram de sair às ruas para, apoiada por toda a sociedade brasileira, pôr fim à escalada do Brasil rumo ao comunismo.”

No que concerne ao questionamento “Para quem?”, sobre a Amazônia, ... bom, acho que você sabe que, em 1981, após terminar a graduação em Engenharia elétrica no IME, fui para a Amazônia e servi, durante 4 anos, na Comissão Regional de Obras da 11ª. Região Militar, em Manaus-AM. Naquela época, tive a oportunidade de realizar obras, por administração direta — isto é, na forma presencial — nos Pelotões de Fronteira situados nas seguintes localidades: Marco BV-8, na fronteira com a Venezuela; Japurá e Ipiranga, na fronteira com a Colômbia; e Palmeira e Estirão do Equador (ambos às margens do rio Javari), na fronteira com o Peru. Acrescento uma curiosidade! Em 2022, o jornalista Dom Phillips foi covardemente assassinado nas proximidades do rio Javari, onde trabalhei, há 40 anos. É oportuno registrar minha interação com esse caboclo, dado que, em 2018, fui entrevistado por ele e tive citação em um de seus artigos no prestigioso jornal britânico The Guardian

De toda sorte, como bem coligido de outrem, “Amazônia é Brasil”; e, segundo Eloy, “temos a obrigação de, quando se tratar da defesa de nosso país, levantar a voz para impedir as decisões impatrióticas (ou que escondam interesses inconfessáveis) prejudiquem nosso país.”

Enfim, meu estimado amigo, sua magistral obra trata de questões que me dizem respeito e me fascinam. É grande a curiosidade sobre as tratativas nela contidas.

Considero-me, pois, privilegiado e honrado por ter acesso à sua visão de uma temática — a rigor, um rico conjunto de três temas palpitantes — não apenas de meu interesse (mercê até de um certo egoísmo), mas de interesse geral para todos os brasileiros.

Permita-me encerrar estes garranchos com os efusivos cumprimentos pela obra-prima e com um muitíssimo obrigado, pela consideração e amizade.

Forte e fraterno abraço,

ARS

 

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Combate à pior das ditaduras


Em nova decisão do Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares propostas pelo ministro Alexandre de Moraes, tais como: uso de tornozeleira eletrônica, veto ao uso de redes sociais e falar com outros investigados.

Ademais, o ex-presidente foi alvo de operação da Polícia Federal, em sua residência e no escritório do Partido Liberal, do qual ele é presidente de honra.

 

Quatro juízes alemães foram condenados em 1946, em Nuremberg, na Alemanha, pela acusação de legalizar atrocidades cometidas pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. 

Dois juízes iranianos foram assassinados em 2023 por terem condenado à morte e a outras sentenças, milhares de opositores à ditadura islâmica prevalente no Irã. 

Então, para combater a “pior das ditaduras, a do Poder Judiciário”, mencionada por Rui Barbosa, qual dentre as soluções cogitadas a seguir é mais eficaz e razoável para que os cidadãos recobrem a confiança nas instituições:

– o restabelecimento da democracia e a submissão dos magistrados a julgamento, como em Nuremberg; ou

– a adoção da prática constatada no país substituto da antiga Pérsia?

Para que não se considere um questionamento absurdo, jamais deve ser ignorado que a conquista da democracia resultou de traumas com pesadas perdas humanas e materiais, tais como a Revolução Francesa e a Revolução Americana.

 

Um leitor do Estadão decidiu mencionar que minha “comparação é idiota, inoportuna e totalmente desproporcional.”. Trepliquei.

 

Os ‘autraloptecus estrumerius’, apoiam os ‘australoptecus corruptus’, cuja faculdade de pensar não chega ao patamar da relevância. 

Integrantes dessas espécies não são capazes de entender:

– a arte de vencer, de Sun Tzu; 

– os fundamentos da política e ética, de Aristóteles; 

– a interação entre ciência e religião, de Tomás de Aquino; 

– a opção pelo doentio autoritarismo, de Hobbes; 

– as virtudes do liberalismo, de Locke; 

– as luzes da economia moderna de Adam Smith; 

– a vontade livre e autônoma, de Leibnitz; 

– as mazelas do socialismo, de Marx; e 

– a adesão ao autoritarismo, para chegar aos fins, de Heidegger!

 

Sem grosseria ou ofensa, até porque enfrentamento só na forma presencial, frente a frente, olhos nos olhos, de tal sorte a evitar a covardia do anonimato. Apenas com a arte de pensar. 

Com simplicidade – bem fácil mesmo – para permitir a compreensão. Bom, tem gente que demora um pouco; já outros há que jamais entenderão.


A rigor, tive êxito em postar o primeiro comentário nos seguintes destinatários: Facebook da BBC, do Estadão, da Folha de São Paulo e da Gazeta do Povo; bem como em ‘posts’ do Sidnei e do Tadeu. Os testemunhos destas postagens são apresentados nesta matéria.

 

 






 














 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Eu me envergonho José

Uma magistrada determinou o arquivamento do processo que tratava da utilização indevida de aeronave da Força Aérea Brasileira pela primeira-dama e pelos filhos do presidente da República.

Os procedimentos da Justiça não se aplicam a altas autoridades do País e a seus apaniguados. Então, reproduzo antigo texto que evidencia o sentimento de ampla maioria da população brasileira em relação à atuação do Poder Judiciário.

 

Eu me envergonho, José, da cúpula do sistema judicial brasileiro.

Eu me envergonho, José, da opção judicial de quem foi investido na devida responsabilidade em razão dos laços genéticos com o respectivo investidor.

Eu me envergonho, José, do uso do espinho da rosa para a prevalência do mal.

Eu me envergonho, José, do abandono da previsão constitucional, por ocasião de imprescindível ponto de inflexão da República.

Eu me envergonho, José, da decisão judicial de quem não raro é associado com negócios revestidos de polêmica.

Eu me envergonho, José, da consciência de que aqueles que envergonham também envelhecem e permanecem.

Eu me envergonho José, da gestão judicial daquele que não logrou êxito em concurso para a função judicante.

Eu me envergonho José, da distorção da concepção de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Eu me envergonho, José, da interpretação da Constituição — diferente do que é praticado em mais de 150 países do mundo, inclusive em todos desenvolvidos e com elevado grau de respeito pelas conquistas civilizacionais — de tal forma a permitir que, no Brasil, a criminalidade institucional prossiga com a sensação de impunidade com a qual historicamente convive.

Eu me envergonho, José, da metáfora admitida por largas parcelas da sociedade para o sistema judicial brasileiro: vergonha.

E agora José?

Eu invejo o poeta porque mesmo tendo ido tarde — e embora tendo sido adepto de ideologia da qual discordo frontalmente —, ele seguiu a tempo de não se envergonhar do atual estado de coisas da justiça.

Eu o invejo, José, meu irmão, porque você se foi tão cedo, tão precocemente, e da mesma forma que o poeta, não precisa se envergonhar.

 



 

 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Mensagem para a empresa Varilux

Varilux

Prezado Sr. ou Sra.,

Estou tentando entrar em contato com a Varilux para obter orientação técnica na compra de lentes Varilux.

Nas várias óticas consultadas, o preço de uma mesma lente varia de forma anormal, para não dizer absurda! Estou tentando contato com um representante da Varilux em Brasília. Já tentei contato umas 10 vezes por intermédio dos telefones 08007272007 e 4000-2925.

Insucesso em todas as ocasiões. Então, o atendimento ao cliente tem se mostrado péssimo!

1] Vocês atendem mal sempre ou é apenas uma exceção?

2] Existe confiabilidade nessa empresa ou não; e o desrespeito com o cliente é a regra?

3] É possível acreditar nos produtos de vocês com esse tipo de desconsideração com o cidadão?

Atenciosamente,

ARS

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Varilux

Dear Sir or Madam,

I'm trying to contact Varilux for technical advice on buying Varilux lenses.

In the several optical shops I've consulted, the price for the same lens varies in an abnormal, not to say absurd, way! I'm trying to contact a Varilux representative in Brasilia-Brazil. I've already tried about 10 times by calling 0800-727-2007 and 4000-2925.

I have been unsuccessful on every occasion. So, customer service has been terrible!

1] Do you always provide poor service, or is it just an exception?

2] Is there trust in this company or not? And is disrespect for the customer the rule?

3] Is it possible to believe in your products with this kind of disregard for the citizen?

Best regards,

ARS

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As possibilidades de Tarcísio em 2026

Com o sugestivo título “O Teorema de Tarcísio”, o Estadão apresentou editorial com análise dos posicionamentos do governador de São Paulo, em relação a suas possibilidades de se candidatar a presidente da República no pleito de 2026. 

Nesse sentido, o jornal tenta apontar a conveniência de Tarcísio se afastar do clã Bolsonaro, com uma ênfase incomum e exagerada, à luz de afirmações tais como: “Trata-se de uma regra lógica: quem se entrega a Bolsonaro se emporcalha de golpismo e não ganha do ex-presidente nada além de desprezo. Mas Tarcísio tem alternativa: esconjurar Bolsonaro”

A matéria conduziu muitos leitores a postarem comentários;  alguns, com um nível de grosseria compatível com a sentença verborrágica ora mencionada.

Destaco, a seguir, aspectos do comentário postado por um leitor, escolhido dentre aqueles com conteúdo razoável.

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O editorial quer conduzir o Tarcísio, por questões higiênicas, a se associar a uma espécie de PSDB da política, para que assim se torne um limpinho com chances, no futuro, de almejar um mandato na presidência.

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1) Tarcísio é o candidato da direita para 2026. Sujeito preparado para o cargo e cercado de políticos experientes para o jogo de Brasília. 

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5) Bolsonaro será preso. 

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10) Ninguém aguenta mais 4 anos de PT no governo e ninguém quer como presidente um cara "limpinho" como o Dória que até carta de desculpas mandou para o Lula.

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Em face de várias incoerências contidas em outras opiniões de leitores, postei minha visão sobre essa questão crucial para o futuro político do país.

 

Uma coisa é certa: a despeito de Bolsonaro ter cometido erros — com certeza os cometeu — a ele deve ser atribuída uma grande virtude: balançou a hedionda estrutura política brasileira, que é responsável por um dos piores sistemas educacionais dos países mais importantes do mundo; e é responsável por 100 milhões de pessoas sem esgoto sanitário. Em contraposição à enorme extensão territorial, à grande população e a inexcedíveis riquezas naturais. 

A citada virtude se alicerça no inequívoco combate à praga da corrupção. 

Isso num país onde faltam traumas, intelectuais e estadistas não é desprezível. 

Que prevaleçam a liberdade, a verdade, a coragem e a ética. É melhor para todos!

 

Ademais, deve ser enfatizado: Tarcísio e outros ex-ministros foram lançados no cenário nacional por Bolsonaro. Trata-se de um enorme ganho, num país com políticos e magistrados que envergonham Rio Branco, Caxias, Rui Barbosa, Jucelino e outros poucos grandes nossa História.

 

Postei um comentário adicional, em resposta a uma leitora que discorda da visão de que Tarcísio seja democrata, apenas “porque ele teria dividido o mesmo palanque, pregando golpe de Estado com o marginal Bolsonaro.”

 

Tem gente que apoia o sistema dos ‘australoptecus corruptus’. São da espécie dos ‘autraloptecus estrumerius’, cuja faculdade de pensar não chegou ao patamar da relevância. 

Integrantes dessas espécies não são capazes de entender os seguintes ensinamentos: 

– a arte de vencer, de Sun Tzu; 

– os fundamentos da política e ética, de Platão e Aristóteles; 

– a interação entre ciência e religião, de Tomás de Aquino; 

– a opção pelo doentio autoritarismo, de Hobbes; 

– as virtudes do liberalismo, de Locke; 

– as luzes da economia moderna de Adam Smith; 

– a vontade livre e autônoma, de Leibnitz;

– as mazelas do socialismo, de Marx; e 

– a adesão ao autoritarismo, para chegar aos fins, de Heidegger!|

 

Aconteça o que acontecer, o governador Tarcísio é candidato a impactar o futuro do Brasil e, especialmente, o futuro das próximas gerações, seja como governador reeleito em São Paulo, em 2026, seja como presidente da República, eleito em 2026 ou 2030.