domingo, 1 de março de 2020

Juristas e outros – Parceiros imprescindíveis


Neste domingo, dei uma olhada no Correio Braziliense e li três matérias: “O Mito e seu lugar de fala”, do jornalista Luiz Carlos Azedo; “5 Teses sobre a Eleição nos EUA”, do politico Paulo Delgado; e “Não devemos ter nenhuma saudade do regime militar”, que é a entrevista de quatro jornalistas com o Ministro Gilmar Mendes. 
Os artigos dos senhores Azedo e Delgado tratam de aspectos do governo Bolsonaro e da campanha eleitoral do partido Democrata nos Estados Unidos, respectivamente, cuidando do acessório em detrimento do essencial. 
Na entrevista do Ministro do STF, constata-se que a autoridade entrevistada apresenta uma visão da atual conjuntura em desconexão com sua prática como magistrado e sua contumaz leniência com os cidadãos processados pela acusação de crimes diversos. 
Nesse sentido, os formadores de opinião continuam na contramão do fluxo político da atualidade. Contraponho-me aos ilustres cidadãos.

Sobre juristas e outros ... Em sua respeitável coluna, o senhor Luiz Carlos Azedo assevera que “na tragédia, como na sua campanha eleitoral, o mito se forma pela peripécia e o reconhecimento; na comédia, porém, acaba desconstruído”. No artigo “5 Teses sobre a Eleição nos EUA”, o senhor Paulo Delgado tenta mostrar as possibilidades dos democratas no vizinho do norte, amparado em teses complexas e sofisticadas. O senhor Gilmar Mendes tem expedido egrégias ordens de soltura de acusados. No período que antecedeu as últimas eleições presidenciais americana e brasileira, juristas, políticos, intelectuais, jornalistas e artistas emendaram processos, azedaram o metabolismo dos eleitores, adelgaçaram-lhes (aguçaram-lhes) o intelecto, de tal sorte a garantir a vitória de Trump e Bolsonaro. A resiliência do senhores Azedo, Delgado e Mendes é inexcedível e eles são pertinazes na meta de, à semelhança das eleições de 2016 e 2018, conferir a vitória e reeleger os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil. Trumpistas e bolsonaristas aliviados sussurram: ainda bem! São parceiros imprescindíveis!
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  [Digulgado no Correio Braziliense online de 1º /Mar/2020]
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