Uma "opinião sobre pesquisas" que deve pautar o debate crucial sobre as eleições de 2022. É bem provável que o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva não lance sua candidatura à presidência em 2022. Há duas razões prevalentes. A primeira razão: ele não pode sair às ruas pois é chamado pelos adjetivos e substantivos que caracterizam os cidadãos que são condenados em três instâncias da Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro. A outra razão: nas pesquisas de opinião, ele tem 95% dos votos dos petistas, 90% dos votos dos presidiários, 98% dos votos das autoridades judiciais que libertam condenados em três instâncias e um percentual razoável de votos dos demais cidadãos que têm bandido favorito.
Ainda "opinando sobre pesquisas", convém ir além. Dentre os eleitores contrários à corrupção e favoráveis ao encarceramento imediato dos malfeitores após a condenação em segunda instância, ele tem 3,5% de votos. No que concerne aos eleitores que se opõem às ditaduras da América Latina, da África e da Ásia, ele chega a 4,5% de preferência. Em relação aos eleitores que apoiam a Operação Lava Jato, ele estaciona em 1,5% de votos. Como ele é inteligente (mais muito mesmo, em algumas questões!), ele está refletindo e chegando à conclusão que o melhor é desistir.
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Posfácio 1. Passados seis meses da divulgação desse comentário no Correio Braziliense, constato que ocorreu o lançamento da pré-candidatura do ex-presidiário Lula a presidência da República, invalidando o vaticínio formulado em 2021, quando asseverei que seria bem provável que ele não lançasse sua candidatura para as eleições presidenciais de 2022. Resta agora aguardar cinco meses para verificar se um segundo vaticínio que ora formulo se confirmará, isto é, o Sr. Lula será fragorosamente derrotado naquele futuro pleito.
Posfácio 2. Passada a eleição presidencial de 2022, o segundo vaticínio formulado provou-se incorreto. O ex-presidiário ganhou a eleição e tornou-se presidente da República. Ele igualou-se a outros cidadãos que saíram da prisão e acabaram mandatários de seus respectivos países — Adolf Hitler, Joseph Stalin, Pol Pot, Hugo Chaves e Fidel Castro. Arrisco um terceiro vaticínio: o Brasil sofrerá um dos maiores retrocessos de sua história, por conta da desastrosa administração cujo prenúncio é inexcedível.
O risco de errar este terceiro vaticínio não tem relevância. Encaro essa possibilidade para que a história julgue minha visão política e estratégica sobre os vícios ou as virtudes a que o povo brasileiro está submetido.
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