quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Máquina de destruição da corrupção, mentira e deturpação histórica

O ensaísta e professor de literatura comparada da UERJ, João Cezar de Castro Rocha, lançará até o final de agosto o livro ‘Guerra Cultural e Retórica do Ódio (Crônicas de um Brasil Pós-político)’.

Um resumo da obra indica que “o bolsonarismo, ao contrário do que dizem seus críticos, é um poderoso sistemas de crenças resultante de três fatores: a Doutrina de Segurança Nacional (DSN), um livro secreto da ditadura, o ‘Orvil’, e a pregação de Olavo de Carvalho. A combinação, diz, articula uma visão de mundo bélica, expressa numa retórica de ódio alimentada por teorias conspiratórias, que precisa ser decifrada para ser superada.”

Antes mesmo do lançamento, os adeptos da corrente de pensamento a que pertence o “professor” estão se esfalfando de satisfação e potencializando as divisões sociais que lhes apetecem. Pelo menos uma asserção tem o condão de não resvalar tanto na estultice. O autor assevera: “a esfinge bolsonarista tem devorado boa parte da melhor intelectualidade brasileira, produzindo o curioso fenômeno do desentendimento inteligente”. A primeira ressalva é que, caso exista, a melhor intelectualidade brasileira, a que o caboclo se refere, foi capaz de contribuir para gerar um país com a maior crise da história, com a corrupção quase trilionária, sem precedentes na trajetória do bípede humano — fácil é inferir que se a referência aos melhores intelectos estiver correta, a sociedade brasileira está condenada prévia e precocemente, o que é inaceitável para mentes sãs e sensatas. Ademais, para produzir algo que se possa caracterizar como inteligente, mesmo o desentendimento, é imperativo haver qualquer coisa grandiosa que ampare, o que — considerando o mencionado resultado — é uma impossibilidade lógica.

O autor do livro publicou o artigo com o título “Bolsonarismo é a mais perversa máquina de destruição de nossa história republicana” (Folha de São Paulo, de 8/Ago/2020). De uma forma ou de outra — não importando se está acometido apenas de disfunção ideológica ou de caráter — ele pode ter produzido uma pérola magnífica. De fato, ele caracterizou como perversa a máquina que é capaz de destruir a corrupção, a mentira e a deturpação da história.

Atendo-se exclusivamente ao pleito presidencial de 2018, constata-se que o “professor” da UERJ alinhavou os aspectos que considera relevantes [a DSN, o livro Orvil e o filósofo OC] porém ignorou os três fatores primaciais da derrota socialista: a corrupção (a maior da história), a mentira (concessão de esmola como panaceia de mazelas sociais) e a deturpação da história (os opositores de quem assassinou em todos os lugares onde vicejou estão errados). Com “intelectuais” desses, é difícil criar oportunidade de vida digna para todos os cidadãos. O que conta é que os eleitores acordaram e decidiram votar pela transformação.

 

Adicionalmente, não é demais registrar que a sociedade brasileira deve um agradecimento ao “professor”. Atribuir a pecha de “perversa máquina de destruição” a quem combate os adeptos dos nefastos e hediondos autores de mais de 100 milhões de assassinatos na história [o grande feito do socialismo real] é a garantia de vitória certa nos próximos embates eleitorais brasileiros. Nem é preciso a “eterna vigilância”. Aguardem 2022, 2026 e 2030.

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[Comentários divulgados na Folha de São Paulo online de 13/Ago/2020]

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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Distribuição de verbas para TV

Em longa matéria sobre recursos destinados às redes de TV, pelo governo Bolsonaro, no jornal Folha de São Paulo, os repórteres F. Fabrini e J. Wiziack tentam de todas as formas caracterizar incorreção por parte das autoridades federais responsáveis pelos critérios utilizados nessa questão. 

Evidentemente, que a redução de dinheiro público empregado nessa atividade bem como a ausência de corrupção passam ao largo e não são mencionados no artigo. Por óbvio, isso não importa para um órgão de mídia que se notabiliza por desqualificada oposição ao governo federal.

 

A distribuição de verbas publicitárias para a mídia deve ser inversamente proporcional às inverdades publicadas. Anteriormente, essa distribuição era diretamente proporcional ao apoio à corrupção. Notem que o critério atual é excelente. É regido pela proporcionalidade inversa às habituais ofensas e agressões.

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 12/Ago/2020]

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terça-feira, 11 de agosto de 2020

Ameaça à Amazônia - II

Protecting Amazon

A version of the comments published in the newspapers Globo and Estadão, dealing with the statements of Ms. Kamala Harris, candidate for vice president of the United States with Mr. Joe Biden, were welcomed and disseminated by the New York Times.

The Brazilian press reported that messages from Ms. Kamala Harris echo those from the leader of the ticket, Mr. Joe Biden, who has spoken threats to Brazil because of Amazonian issues. Several times, the "former vice president, who appears at the moment with favoritism in the polls at the White House, said that if Brazil is unable to protect the Amazon rainforest, he will take necessary measures with the international community to impose the preservation to the country. "

Whoever proposes to impose on a partner country in peace and war any threat to national sovereignty must receive the appropriate response, regardless of political, economic or military power. The sovereignty of a state is like the honor of an individual: it is priceless.

In an attempt to defeat Trump, Ms. Harris giving this importance to Brazil is surprising. Wanting to be vice president of the United States speaking untruth is also very surprising. She should be invited for two walks in the great Brazilian forest: an aerial one for her to check the immensity of her aliveness; and another long one, on foot, for her to reflect and never forget that animals live well in the Amazon, but liars do not!


 

 

Protegendo a Amazônia

Uma versão dos comentários publicados nos jornais Globo e Estadão, tratando das declarações de Kamala Harris, candidata a vice-presidente dos Estados Unidos com Joe Biden, foi acolhida e divulgada pelo New York Times.

A imprensa brasileira noticiou que as mensagens da Sra. Kamala Harris ecoam as do líder da chapa, o Sr. Joe Biden, que fez ameaças ao Brasil por causa dos problemas da Amazônia. Por diversas vezes, o “ex-vice-presidente, que aparece no momento com favoritismo nas pesquisas da Casa Branca, disse que se o Brasil não conseguir proteger a floresta amazônica, ele tomará as medidas necessárias junto à comunidade internacional para impor a preservação à o país."

Quem se propõe a impor a outro país — parceiro na paz e na guerra — qualquer ameaça à soberania nacional deve receber a resposta adequada, independentemente do poder político, econômico ou militar. A soberania de um estado é como a honra de um indivíduo: não tem preço.

Na tentativa de derrotar Trump, a Sra. Harris dando essa importância ao Brasil é surpreendente. Querer ser vice-presidente dos Estados Unidos falando inverdades também é muito surpreendente. Ela deve ser convidada para duas caminhadas na grande floresta brasileira: uma aérea para verificar a imensidão de suas aleivosias; e outra longa, a pé, para ela refletir e nunca esquecer que os animais vivem bem na Amazônia, mas os mentirosos não!

 

 

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[Comment published by the New York Times online, August 11, 2020]

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Ameaça à Amazônia - I

VER TAMBÉM
[Clique sobre a próxima expressão]


A candidata a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa do democrata Joe Biden, Sra. Kamala Harris, resolveu fazer campanha acusando, de forma recorrente e ameaçadora, o governo Federal brasileiro de negligenciar a proteção ambiental da Amazônia. 

Em um dos trechos da matéria divulgada pelo jornal Globo e também no Estadão, constata-se que “as mensagens de Harris ecoam as do líder da chapa, Joe Biden. ... [Ele] afirmou que, se o Brasil não for capaz de proteger a floresta amazônica, ele tomará medidas necessárias junto à comunidade internacional para impor a preservação ao país.”

Quem se propõe a impor a um país parceiro na paz e na guerra qualquer ameaça à soberania nacional deve receber a devida resposta, independentemente, do poder político, econômico ou bélico. A soberania de um estado é como a honra de um indivíduo: não tem preço.

Ao publicar o primeiro comentário no jornal Globo um leitor — brasileiro solidário com a nefasta política americana — usou a grosseria para se referir à minha opinião. Trepliquei.

Na tentativa de derrotar o Trump, a cabocla dar essa importância ao Brasil é surpreendente. Querer ser vice-presidente dos EUA falando tanta besteira também é muito surpreendente. Ela deveria ser convidada para dois passeios na grande floresta brasileira: um aéreo para ela verificar a imensidão de suas aleivosias; e outro longo, a pé, para ela refletir e jamais esquecer que macacos vivem bem na Amazônia, mentirosos não!

 

Quem fala mentiras sobre o Brasil, ouve ou lê verdades que não deveria nem precisaria. Quem se solidariza com mentirosos, deveria saber a inconveniência de bípede humano pular de galho em galho. Sem ofensas!

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[Divulgado no Glono online de 11/Ago/2020]

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[Divulgado no Estadão online de 11/Ago/2020]

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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Os militares e o Poder


A imprensa divulgou que, na reunião com os ministros militares, em 2 de maio, o presidente Jair Bolsonaro cogitou de enviar tropas ao Supremo Tribunal Federal pelo fato de que os magistrados estavam passando dos limites em suas decisões e achincalhando sua autoridade. 

O jornal Estadão trouxe o artigo “Financial Times discute papel de militares no Brasil sob Bolsonaro”, em que o  jornal britânico questiona “Se o líder brasileiro decidisse ignorar uma decisão do Supremo Tribunal Federal, o que fariam as Forças Armadas?”

O jornal Financial Times acentua que em “três décadas desde o fim de uma violenta ditadura militar, as Forças Armadas mantiveram suas cabeças baixas e ofereceram forte apoio às instituições democráticas do País”; e que essa situação teria mudado depois da ascensão de Bolsonaro, eleito presidente em 2018, com a nomeação de um grande número de ex-militares para cargos importantes em seu governo.

Já a Folha de São Paulo, ecoando aquela possibilidade de intervenção no STF, apresentou as versões dos participantes da mencionada reunião, crivando-as com os estigma de contraditórias. O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, teria declarado que foram discutidos "aspectos relacionados ao enfrentamento da Covid-19"; o ministro do GSI, general Augusto Heleno, teria afirmado que foi tratada "a participação das Forças Armadas no combate ao desmatamento da Amazônia"; e o ministro da Casa Civil, general Braga Neto teria asseverado que a reunião versou sobre "assuntos institucionais afetos às atribuições dos órgãos ali representados". 

É inquestionável a intenção do jornal de desvalorizar e satanizar os ministros de origem militar.

Em face das reações de vários leitores, que tentaram contradizer minha mensagem divulgada no jornal, trepliquei com dois comentários adicionais.

Transformar país subdesenvolvido em país da linha de frente em menos de 50 anos (Coreia do Sul, Formosa, Cingapura, Israel ...), transformar a 43a. economia do mundo em uma das 10 primeiras (Brasil), só com os militares à frente. A História não contempla alternativa. Ademais, Forças Armadas de Primeiro Mundo em País de Enésimo Mundo é um paradoxo insolúvel. Dói, incomoda, gera agressões, ofensas, mas não aparece um argumento, uma ideia. O macaco rumina: esse humanos são de amargar. Fazer o que?

 

Surpresa! Não houve ofensas. Argumentos, também não. No livro "Da imitação à inovação", sobre a Coreia, constata-se que, agindo em educação, em empreendimento e no combate à corrupção, na década de 1960, o chefe de Governo sul-coreano, militar, transformou aquele País. Na biografia de Ben Gurion, também militar, constata-se que a primeira medida adotada após a criação de Israel, em 1949, foi escolher meia dúzia de talentos para estudar na Europa e EUA e levar a cultura do empreendimento (especialmente em educação) para o país recém-criado. Aqui, corruptos de volta ao presídio é um bom começo.

 

Claro, a solução é a democracia. Porém, leva alguns séculos — é o que ensina a história do Reino Unido, França, Alemanha et al. E, como agravante, não pode ser empreendida por corruPTos e seus apoiadores. É por isso, que a eleição presidencial de 2022 está decidida pelo povo, que continuará não aguentando o que fizeram com o País. Para consertar os efeitos da maior crise da História, serão necessários uns 30 anos. Pensar é maior faculdade do bípede. O macaco vai ruminar: esses humanos ainda aprenderão!

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[Comentários divulgados no Estadão e na Folha de São Paulo online de 10/Ago/2020]

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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Perspectiva para 2022

Um grupo de artistas e intelectuais assinaram manifesto em apoio a candidatura de Boulos, pelo PSol, em São Paulo e com críticas a Bolsonaro e ao PSDB. Entre os signatários, estão Caetano, Chico, contumazes defensores de ditaduras, e notórios ex-petistas. A conclusão do comentário, contém um antídoto a grosserias e agressões. 

Esse apoio tem consequências importantes. Ninguém deve esquecer: apoio a corruPTos ou a seus correligionários, apoio a ditaduras hediondas, apoio a condenados por crimes contra a sociedade e contra a humanidade e outros malfeitos geram a consolidação da tendência conjuntural. Então, o reduzido número de votos de Boulos, constatado em 2020, vai diminuir mais ainda. Inquestionavelmente, em 2022, os brasileiros manterão a transformação iniciada em 2018. Observem as reações grosseiras de adePTos, que validam a tese ora exposta!

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[Comentário divulgado na Folha de São Paulo de 6/Ago/2020]

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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Vitupério e censura

Em alguma matéria da Folha de São Paulo — cujo título e assunto não me recordo e não consegui acessar e recuperar, mas que seguramente vitupera o governo atual — tentei postar um comentário severamente crítico — foi recusado pelo jornal. Tentei postar uma reclamação, que curiosamente foi acolhida. Uma leitora respondeu de forma indignada, sem contudo utilizar ofensa ou agressão. Provavelmente, ela se atribui a condição de socialista e se sentiu atingida porque caracterizei de forma igualmente nefasta o o nacional-socialismo (nazismo) e o socialismo real (comunismo). Complementei o comentário, conforme exposto a seguir.

 

A Folha de São Paulo está exercendo a censura por opinião contrária ao pensamento dominante na cachola de seus dirigentes, capangas e demais assalariados. Essa é uma atitude típica do nacional-socialismo e do socialismo real, fonte intelectual (sic) dos censores de plantão. Leram muito Hobbes, Marx, Gramsci e como não leram os contrários, alimentaram apenas uma metade do cérebro. Aí a interpretação fica prejudicada. Essa turma precisa ser treinada. Estímulo à faculdade de pensar não adianta.

 

Ah, é para pensar? Aí vem 2026 e, para alguns, 2030. O curto prazo já se foi, está resolvido. Uma estratégia é pensar no longo prazo. Para não dramatizar muito, é bom lembrar que a situação de qualquer sociedade ou País pode se aprumar num período maior do que 30 anos (prazo em que os corruPTos afundaram o País). Os chineses que sorriem muito mas não brincam preferem se planejar para 50 a 100 anos à frente. As crianças precisam muito. Essencial: cuidar da saúde! 

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[Divulgado na Folha de São Paulo online de 3/Ago/2020]

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