Seguindo precedentes históricos, psicossociais e estratégicos, o Irã tem tentado ocupar o topo dentre as potências do Oriente Médio e, nesse contexto, tem desenvolvido esforços para desenvolver ambicioso programa nuclear, cujo meta fundamental é a obtenção da bomba atômica. Destarte, o Irã se propõe a sobrepujar o Iraque e a Arábia Saudita e, especialmente, Israel — devendo ser ressaltado que há iranianos que defendem a destruição desse país vizinho.
Israel, por seu turno, tem realizado ingentes esforços para evitar que o Irã obtenha a arma atômica. Nos últimos 10 anos, Israel não obteve apoio total dos EUA para destruir o programa nuclear iraniano (até porque sem esse apoio, eles não atingem o objetivo). Então o que eles fizeram?
Os israelenses usaram programa de computador para detonar o sistema computacional do principal centro de pesquisa & desenvolvimento de enriquecimento de urânio; assassinaram meia dúzia de cientistas nucleares iranianos; e, por último, assassinaram o cientista pai do projeto de construção da bomba atômica do Irã. Vale dizer, sem destruir o programa nuclear, eles o atrasaram continuamente.
Mudando um pouco o foco. Como consequência da estupidez dos terroristas do Hamas — que perpetraram o covarde ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023, com a morte de mais de 1200 cidadãos judeus e a obtenção de cerca de 200 reféns — os israelenses empreenderam destruidor ataque contra o próprio Hamas na Faixa de Gaza; reagiram e detonaram o Hezbolah na Síria e no Líbano; e arrebentaram o governo sírio. Ou seja, eles acabaram com os proxies no Irã, em volta de Israel. Devendo ser ressaltado que o Irã investiu centenas de bilhões de dólares nesses proxies. Claro, restaram os Houthis que continuam lançando mísseis contra Israel e contra navios ocidentais no Mar Vermelho.
Em abril de 2024, o Irã tentou atingir Israel com mísseis e drones. Foi um completo fiasco, que de resto originou ataques parciais israelenses, que destruíram uma parcela importante da infraestrutura militar iraniana.
Resta ao Irã enfraquecido, persistir na tentativa de produzir a arma atômica. Se analistas externos contemplam essa possibilidade, os israelenses não a ignoram em nenhum hipótese.
Infere-se, pois, que alguma coisa vai acontecer. Até porque a tentativa recente do presidente Trump, dos Estados Unidos, de negociar as questões nucleares com os iranianos dificilmente vai motivá-los. Eles são movidos pelos citados precedentes históricos e de outra natureza; e, portanto, jamais deixarão de seguir o que consideram o destino grandioso de seu país — continuarão com o programa nuclear, declarando que seus fins são pacíficos.
É imperioso que haja atenção para as circunstâncias em que a política e a estratégia do Oriente Médio estarão mergulhadas — o que farão os israelenses? De forma mais intensa do que para quaisquer outros povos, a história é mestra da vida, tanto para iranianos quanto para israelenses.
Aguardar é preciso!
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