O Estadão reuniu uma plêiade de intelectuais para analisar o ato que reuniu cerca de cem mil manifestantes na Av. Paulista, para junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, protestarem contra o governo federal e pleitearem a aprovação no Parlamento da anistia para os patriotas presos nas manifestações de 8 de janeiro de 2023.
A dimensão do evento é potencializada pela presença solidária de sete governadores dos mais expressivos estados da Federação (entre outros, Tarcísio de Freitas, de São Paulo; Romeu Zema, de Minas Gerais; Ronaldo Caiado, de Goiás; e Ratinho Jr., do Paraná), bem como pela presença de dezenas de deputados federais e senadores.
Lamentavelmente, quem deveria, no bojo de suas análises, ditar os rumos da evolução do país nessa conjuntura conturbada, desperdiçou uma excelente oportunidade para cumprir o papel que suas elevadas responsabilidades impõem.
E a coragem e a ética de afirmar que a quebradeira nos palácios foi executada por canalhas infiltrados entre os manifestantes (estes querendo democraticamente demonstrar ao governo e aos políticos em geral sua insatisfação)?
E a renúncia à covardia para afirmar que a quebradeira nos palácios foi similar àquelas realizadas em governos anteriores, quando não houve quaisquer consequências policiais e jurídicas?
E a grandeza de afirmar que a frase "perdeu, mané" foi dita por um ministro do STF, repetindo o que os criminosos dizem quando cometem assaltos?
Colunista, covardia, coragem, canalhice — essas palavras precisam ser devidamente explicitadas.
Por óbvio, faltam traumas, intelectuais e estadistas. Os traumas levariam a propostas, por intelectuais; e estas à devida execução por estadistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário