sábado, 25 de outubro de 2025

Entrevista sobre a Contrarrevolução de 1964

Apresento a seguir a entrevista concedida para o jornalista JC. Deixo de identificar o profissional e a respectiva data, uma vez que o assunto se insere na universalidade humana e temporal e, portanto, prescinde dessas informações.

 

 

JC – O que você acha do regime militar de 1964?

ARS – Preliminarmente, devo contextualizar. Em 1945, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, da ordem de 25.000 militares brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutaram na Itália, contribuindo para vencer na Europa o nacional-socialismo (nazismo). Nas operações militares, 461 guerreiros brasileiros deixaram a vida em solo italiano; e embora não esteja documentado, pode-se supor que mais de 500 alemães tenham sido mortos. 

A partir da década de 1960, os militares brasileiros empreenderam a difícil missão de combater, no Brasil, o socialismo real (comunismo), por intermédio da Contrarrevolução de 1964, impedindo a instalação desse regime no Brasil. O sucesso na empreitada ocorreu com o sacrifício de 126 militares e civis brasileiros; e dentre os oponentes que pretendiam implantar no Brasil a ditadura do proletariado, houve a morte de mais de 400 brasileiros (a Comissão Nacional da Verdade, CNV, em seu relatório final, reconheceu 434 mortes e desaparecimentos políticos, sendo a maioria no período do regime militar). 

Então, quaisquer que sejam os vícios do regime oriundo da Contrarrevolução de 1964, não se pode ignorar que, à semelhança de 1945, quando os militares contribuíram para varrer o nazismo da Europa, a partir de 1964, os militares brasileiros impediram a implantação do comunismo no Brasil.

JC – Como você acha que a população encara o regime militar de 1964?

ARS – Convém analisar os impactos da Contrarrevolução de 1964. Em primeiro lugar, no início de 1964, o Brasil se posicionava como a 42ª. economia do mundo. Em meados de 1985, quando o poder foi assumido por liderança civil, o Brasil havia se tornado a 8ª. economia do mundo — foi um salto inequivocamente gigantesco. 

Ademais, o regime militar criou uma série de instituições que beneficiaram e beneficiam a totalidade do povo brasileiro. Podem ser citados: BC, BNDES, FUNRURAL, EMBRAPA, CNPQ, FINEP, EMBRATEL, TELEBRAS, INSS, PIS e PASEP. 

Além disso, o regime militar construiu as maiores hidrelétricas brasileiras; elevou a produção de petróleo de 75.000 para 750.000 barris diários de petróleo; criou a EMBRAER, uma das maiores empresas produtoras de aviões do mundo; asfaltou 43.000 quilômetros de estrada; criou 15 universidades; passou de 200 mil universitários para quase 2 milhões. 

É inquestionável admitir que nenhum cidadão ouve, fala, lê, dorme, acorda, come, desloca-se, vive ou sonha, sem uma contribuição fundamental desse regime que alguns teimam em vilipendiar. A despeito das conquistas, todos os ex-presidentes militares morreram pobres. Os êxitos, os benefícios e as virtudes do regime militar são imperdoáveis. A verdade dói, incomoda, machuca. Ainda bem que apenas os mentirosos sentem essa dor.

JC – Como todos sabemos, a intelectualidade tem uma visão negativa sobre o regime militar. Como explicar esse suposto paradoxo?

ARS – Tomemos os integrantes da intelectualidade no meio artístico. Há uma enorme parcela de artistas que vociferam contra o regime militar e fazem a apologia do socialismo, com ênfase para Cuba e Venezuela, no entanto, esses personagens fazem sua base de apoio no exterior, em cidades como Nova Iorque, Paris e Londres, inclusive comprando apartamento nessas cidades. Eles jamais se dirigem para Havana, Caracas, Pequim e Pyongyang. 

Esse paradoxo pode ser explicado por falha de caráter, com o objetivo inarredável de satisfazer a interesses pessoais; ou, simplesmente, por doença ideológica resultante de indigência da faculdade de pensar.

JC – E a tortura praticada pelos militares?

ARS – A tortura é uma ação hedionda. Os nazistas praticaram a tortura muitas vezes e assassinaram cerca de 10 milhões de cidadãos na Alemanha (entre os quais, são computados 6 milhões de judeus, ciganos e outras etnias). Já os comunistas praticaram a tortura em inúmeras oportunidades e assassinaram da ordem de 100 milhões de cidadãos no mundo (em países como: Rússia, sob Stalin; China, sob Mao Tse Tung; países da Europa Oriental, sob seus respectivos ditadores; Camboja, sob Pol Pot; Cuba, sob Fidel Castro; e em outros países onde vicejou o comunismo).

Cabe uma indagação crucial: os brasileiros que praticaram a tortura no regime militar eram movidos por maldade similar aos nazistas e comunistas ou o fizeram, simplesmente, pela consciência de que a tortura era uma demanda obrigatória para impedir a implantação do comunismo?

[Complementar com dois assuntos: 

(i) orientação para quem fosse preso declarar, após a libertação, que fora torturado, independentemente do que tenha acontecido — para explicitar que uma parcela das acusações de tortura é falsa; 

(ii) citação de declarações do espião da KGB e do filósofo Bertold Brecht sobre verdade e falsidade.]

É admissível que os boatos ou suspeitas de tortura possam ser verdadeiros nas ações ou investigações realizadas por militares, relativas aos seguintes eventos desencadeados pelos comunistas: 

(i) atentado no aeroporto dos Guararapes, em Recife, em 1966, com a explosão de uma bomba no saguão do aeroporto, que causou a morte de duas pessoas e feriu outras 17; 

(iv) morte, em 1968, do soldado Mário Kozel Filho — jovem que estava prestando o serviço militar obrigatório — causada pelo lançamento de um veículo com bombas, por integrantes da VPR, nas proximidades do quartel-general do IIº. Exército, em São Paulo; é oportuno mencionar que, no ano seguinte, a VPR se fundiu com o Comando de Libertação Nacional (COLINA), de que participava a ex-presidente Dilma Rousseff (PT);

(vi) sequestros, em ocasiões diversas, entre 1969 e 1970, das seguintes personalidades: embaixador americano Charles Elbrick, cônsul japonês Nobuo Okushi, embaixador alemão Ehrenfried Anton von Holleben, embaixador suíço Giovanni Bucher e o industrial norueguês Henning Boilsen.

(iii) assassinato, por integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do tenente Alberto Mendes Junior, em 1970, em Registro, no interior de São Paulo, quando esse militar se ofereceu para permanecer em lugar de dois companheiros feridos e que foram presos pela VPR — o tenente Mendes Junior foi morto a coronhadas após se oferecer em troca de seus homens; 

(v) reação de dois integrantes da VPR, com o consequente tiroteio que causou a morte, por militares do regime, do líder da VPR, Carlos Lamarca, em 1971, na Bahia;

(ii) esquartejamento e morte de um adolescente na frente dos pais no sul do Pará, em 1973, pelos ativistas que iniciaram as atividades de guerrilha naquela região, sob a acusação de que o jovem ajudara aos militares que tentavam combatê-los (esse evento é negado por esquerdistas daquela época e atuais); 

Independentemente de qual seja a resposta ao questionamento feito, é forçoso estatuir que a guerra — e, também, a guerrilha — não é brincadeirinha de crianças; não é para ingênuos, frouxos e covardes. A guerra é para bravos; é para ser vencida pelos meios possíveis. A guerra é para quem chora, mas não reclama. A guerra é para quem se dispõe a oferecer a própria vida em defesa da Verdade, da Liberdade, da Coragem e da Ética.

JC – Você não acha que os brasileiros que tiveram entes torturados ou mortos, permanecem com uma chaga insanável?

ARS – A esse respeito, vale reproduzir o testemunho do embaixador colombiano Ramiro, com quem dialoguei em Teerã, quando lá estive em 1999 e 2000. Ele é historiador e conhece a história do Brasil como poucos estrangeiros. 

Ele asseverou que “se os colombianos tivessem repetido o que os brasileiros fizeram em Xambioá, na Amazônia — eliminando o foco de guerrilha em seu início — as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC) não teriam ocasionado o terrível trauma na Colômbia, com mais de 50.000 perdas de vidas humanas. Com menos de uma centena de mortos, várias dezenas de milhares de brasileiros foram salvos; e o próprio País não sucumbiu diante da barbárie sistemática.”

 

De minha parte, complemento a declaração do embaixador colombiano, acrescentando que os militares brasileiros debelaram a guerrilha nascente, em Xambioá, no sul do Pará, ao custo da morte de cerca de 60 guerrilheiros, evitando o prosseguimento do conflito e, talvez, até mesmo uma possível divisão do território continental brasileiro. 

Ademais, registre-se que em 2023 (ou em 2024?), foi divulgado que a quantidade de mortos causados pela guerra revolucionária desencadeada pelas FARC, na Colômbia, chegou ao patamar de 200.000 pessoas.

 

Dúvidas não há, uma minoria contrária aos valores fundamentais da humanidade pagou, no Brasil, um preço elevado — e porque não dizer: adequado — para que essa dívida não atingisse uma parcela expressiva do povo brasileiro ou até mesmo a integralidade da população. Prevaleceu, pois, a tentativa de busca de paz e harmonia, objetivo fundamental do ser humano. 

 

  

Esta entrevista é uma simulação, já formulada no passado. É repetida com argumentos e fatos adicionais.

Qual a razão? Na atualidade, encontra-se à frente do Poder Executivo, o cidadão Luís Lula da Silva, que foi acusado, julgado, condenado em três instâncias da Justiça e sentenciado, pela prática de corrupção e outros crimes. 

Foi libertado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), numa afronta aos mandamentos da decência, da justiça e da Carta Magna, e se elegeu presidente da República (desta feita, pela terceira vez). 

Antes deste último mandato, ao lado dos ditadores Hugo Chaves, da Venezuela e Fidel Castro, de Cuba, o Sr. Lula fundou o Foro de São Paulo, com o objetivo de implantar o socialismo em países da América Latina.

Com o atual governo, está prevalecendo o apoio — ou, no mínimo, a deslavada omissão — para os seguintes absurdos: 

– apologia do comunismo; 

– associação com ditaduras na América, África e Ásia; 

– nomeação de corruptos para cargos da gestão pública; 

– invasão de terra, no campo e de moradias, na cidade; 

– investidura de cidadãos desqualificados para os tribunais superiores; 

– desvalorização da família;

– perseguição a atividades religiosas;

– abandono das noções de civismo e patriotismo;

– tráfico de drogas; 

– diálogo com integrantes de organizações criminosas; e 

– prática da criminalidade em geral.

Então, é oportuno e imperioso relembrar fatos históricos relevantes que, ao lado das malsinadas ações governamentais do presente, poderão impactar o futuro das próximas gerações.

Que venha o pleito presidencial de 2026 e a possibilidade de transformar esse estado de coisas em perspectivas animadoras, otimistas e plenas de consonância com a construção de um mundo melhor.

Que a maioria dos cidadãos brasileiros proceda de forma virtuosa na eleição vindoura e eleja um mandatário que possa desencadear sua administração de forma consentânea com a grandeza populacional, territorial e de recursos nacionais do Brasil, daí resultando a prioridade da Educação em detrimento de todos os demais campos da gestão pública, a requerida e esperada eliminação ou drástica redução das disparidades de renda e a oferta de igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.

 

 

 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Arte e sabedoria — “Fazer por merecer”

Um ser humano notável escreveu um curto texto alertando-nos sobre o que é essencial na vida de cada um de nós. Gostaria de saber-lhe o nome para conceder o crédito. Ele não se identificou, mas autodenominou-se “Samurai Estoico”. Então, como estou divulgando seus ensinamentos neste blog, permita-me atribuir o crédito devido: a lição foi formulada pelo “Sábio Samurai Estoico”.

 

 

É imperioso relembrar as últimas palavras ditas pelo capitão Miller no fim do filme “O Resgate do Soldado Ryan” [*]. Um pedido simples, mas que carrega um peso existencial profundo. Ele não disse "viva feliz", "aproveite a vida" ou "nunca esqueça o que fiz por você". Disse apenas: "Faça por merecer."

No estoicismo, o valor da vida não se mede em tempo ou sorte, mas em virtude — a capacidade de agir com sabedoria, coragem, justiça e disciplina, mesmo diante do inevitável.

Ryan, ao ser salvo por tantos que deram suas vidas, passou a carregar — se já não carregava antes ... — o mesmo fardo que cada um de nós carrega: o dever de viver de modo digno daquilo que nos foi dado.

Epicteto nos lembra que não controlamos o destino, apenas nossas ações. Assim como Ryan, não escolhemos os sacrifícios que nos cercam, mas podemos escolher como honrá-los. "Fazer por merecer" é viver com consciência, lembrando que cada manhã é uma segunda chance que outros talvez não tiveram.

Não se trata de culpa, mas de propósito.

De usar cada dia para ser melhor, mais justo, mais íntegro.

De viver como alguém que compreende o preço da liberdade e o valor da virtude.

No silêncio, após a batalha, quando tudo parece ter sido perdido, o estoico se pergunta:

"Estou vivendo de modo a merecer o que o destino me concedeu?"

E é nessa pergunta que começa a verdadeira vitória — a de viver com honra, mesmo quando ninguém está olhando.

— Samurai Estoico

 


[*]

O Resgate do Soldado Ryan

 

O histórico e a premiação, apresentados a seguir, foram obtidos na seguinte fonte:

“O Resgate do Soldado Ryan”.      https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Resgate_do_Soldado_Ryan 


1.   Histórico

Durante a Segunda Guerra Mundial, o capitão John Miller leva seus homens para trás das linhas inimigas para encontrar o soldado James Ryan, cujos três irmãos foram mortos em combate. Cercados pela brutal realidade da guerra, cada homem embarca em uma jornada pessoal e descobre sua própria força para triunfar sobre um futuro incerto com honra, decência e coragem.

Data de lançamento: 5 de março de 1999 (Brasil)

Diretor: Steven Spielberg

Orçamento: 70 milhões de USD

Duração: 2h 50m

 

2.   Premiação

 Oscar de Melhor Direção - 1999

 Prêmio do Sindicato de Produtores da América - Melhor Filme - 1999

 Prêmio Globo de Ouro: Melhor Filme Dramático - 1999

 Oscar de Melhor Fotografia - 1999

 Oscar de Melhor Montagem - 1999

 Oscar de Melhor Mixagem de Som - 1999

 Prêmio Globo de Ouro: Melhor Diretor - 1999

 Oscar de Melhor Edição de Som - 1999

 Empire Award: Melhor Diretor - 1999

 Prêmio BAFTA de Cinema: Melhores Efeitos Visuais - 1999

 Empire Award: Melhor Ator - 1999

 Critics' Choice Awards: Melhor Filme - 1999

 Prêmio BAFTA de Cinema: Melhor Som - 1999

 New York Film Critics Circle Award de Melhor Filme - 1998

 Directors Guild of America Award - Melhor Diretor de Filme - 1999

 Satellite Award de Melhor Edição - 1999

 Los Angeles Film Critics Association Award de Melhor Diretor - 1998

 Crítics' Choice Award: Melhor Diretor - 1999

 Los Angeles Film Critics Association Award de Melhor Filme - 1998

 Critics' Choice Award: Melhor Compositor - 1999

 Online Film Critics Society Award de Melhor Elenco - 1999

 Toronto Film Critics Association Award for Best Director - 1998

 Toronto Film Critics Association Award de Melhor Filme - 1998

 Czech Lion Award: Melhor Filme Estrangeiro - 1999

 Blockbuster Entertainment Award para Ator Favorito - Drama - 1999

 London Film Critics Circle de Melhor Filme do Ano - 1998

 Czech Lion Cinema Magazine Readers Award - 1999

 


Nota.

Divulguei essas informações para Isabel e queridas filhas, em nossa rede WhatsApp, com o comentário transcrito a seguir, inspirado no texto do “Sábio Samurai Estoico”.