quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Queda da escada – 2 —— [10 a 31/Ago/2023]

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado!"
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador, comerciante, tabelião e juiz de paz.
In Memoriam.
10/Ago/2023 (5ª. F)


Visita do Maj Dr. Salgado e Dr. Gabriel. Perguntou como estava. Respondi que doeu muito durante a noite e dormi muito pouco, contudo, nesse início de manhã, a dor sumiu. Questionei como foi a cirurgia e o Dr. Salgado informou que a instalação de 4 parafusos não é tarefa fácil, mas transcorreu dentro da normalidade. Solicitei os documentos da internação e cirurgia e ele prometeu que os providenciaria algumas horas depois.

A indagação essencial: quando seria a alta. Ele respondeu que eu estava livre, a partir do término dos medicamentos que estavam sendo inoculados na veia.

A partir daí, acho que, pela primeira vez, desde o primeiro dia de internação, fiquei ansioso — a volta para casa era a causa.

Eles saíram, a auxiliar de enfermagem entrou e colocou o antibiótico Cefazolina e o analgésico Tramadol no mecanismo de acesso, com o remédio diluído em soro, o que significava pingar lentamente, durante cerca de meia hora. Que pena que a inoculação não foi com seringa de injeção, vale dizer, direta e rápida.

Isabel tratou de arrumar as coisas e foi levando para o carro, em etapas.

Por volta de 10:00 h, comunicamos para as meninas a saída e pedimos o maqueiro. Apareceu o soldado Freitas com uma cadeira de rodas. Passamos pelo ambulatório de Ortopedia, marcamos a consulta de retorno, conforme orientação médica, para o dia 16 de agosto, às 15:00 h.

Eu entrei no carro com alguma dificuldade e seguimos. Isabel procurou dirigir cuidadosa e lentamente. Qualquer quebra-molas ou pequenos obstáculos no asfalto, causava dor no pé.

Chegamos em casa, Cecília nos recebeu com a cadeira de rodas motorizada e eu me transferi para ela. Causando surpresa, dei umas voltas na garagem e entrei em casa pilotando-a de forma eficaz. Segui para o quarto e cheguei à porta do banheiro. Aí, me transferi para a cadeira de banho e fui para debaixo do chuveiro. A CB é mais complicada de dirigir do que a CRM. Enfim, consegui rapidamente a adaptação para o novo cenário: viver os próximos 30 dias na suíte do térreo da casa, usando muletas, CRM e CB.

Alessandra e Laura (que estava no UniCEUB) chegaram por volta de 11:40 h. Alegria em estado puro, seguida de um quase trauma.

O pé começou a doer e tive a maior crise desde a queda em 31 de julho. Tomei Lisador e Alessandra saiu para comprar Novotram (Tramadol usado no HFA é seu genérico).

A dor era tamanha que chamei Cecília para segurar minha mão. Depois de 40 minutos de quase estado de choque, Alessandra chegou com o Novotram. Tomei-o imediatamente. Passados uns 30 minutos, os remédios começaram a fazer efeito e pude me dirigir para a mesa, onde Isabel e as meninas já estavam almoçando. Em uma primeira abordagem, com a dor intensa, eu não almoçaria. Aliviada a dor, eu me reuni a elas para degustar uma comida deliciosa, o que não fazia há dias.

 

Trato agora das perspectivas subsequentes: 

– dia 16 de agosto (4ª. F) – retorno ao HFA, para consulta, possivelmente, com o ortopedista, Dr. Crapis;

– próximos 30 dias – não apoiar o pé direito no chão; vale dizer, os deslocamentos devem ser com muletas, em cadeira de rodas ou, no caso de banho, em cadeira de banho;

– próximos 6 meses – adaptação ao pé ‘biônico’ e preparação para, se possível, voltar a caminhar de manhã, após 6 meses, durante 60 minutos, 5 vezes por semana; e

– doravante, em qualquer tempo, refletir, pensar e agir à luz de calma e paciência; e avaliação cuidadosa do que fazer e falar.

Assim, está encerrada uma primeira parte do relato de minha lamentável queda da escada e respectiva recuperação.

 

 

Daqui por diante, o relato não será mais diário. Apenas no dia em que houver algum fato relevante, farei o devido registro.

 

 

11/Ago/2023 (6ª. F)

Ontem, passados os momentos de intensa dor, iniciei o processo de adaptação a essa circunstância inédita, que incluía, entre outras as seguintes atividades: morar na suíte térrea (que pelo fato de abrigar os três computadores das meninas, elas apelidaram-na de ‘lan-house’); deslocar-me para o banheiro com muletas, fazer a higiene sentado no banco de plástico e utilizar o chuveiro em cadeira de banho; dirigir-me para a sala em cadeira de rodas motorizada; assistir TV uma boa parte do tempo, atendo-me a programas esportivos e a filmes (estes, quase sempre, vistos parcialmente); e, de quando em vez, telefonar para os irmãos Agton, Aloizio e Angeliqui e cunhado Delaor, para o cunhado Pedro e para amigos diletos. 

Continuo não conseguindo assistir aos noticiários de TV, abordagem que incorporei depois que, a partir das eleições presidenciais de 2022, o governo federal voltou para as mãos das quadrilhas mergulhadas na corrupção, lavagem de dinheiro e conspurcação da gestão pública, que vicejaram na política brasileira de 2003 a 2016.

O apoio de Isabel e das queridas filhas Alessandra, Laura e Cecília tem sido imprescindível. Por vezes, fico constrangido de estar dando a elas tanto trabalho; por outro, confirmo a imprescindibilidade da família, que, não raro, personagens da política e da intelectualidade, envenenados por doença ideológica, querem denegrir e até eliminar.

 

16/Ago/2023 (4ª. F)

Com ansiedade, fiquei aguardando o momento de retornar ao HFA, para a primeira avaliação médica subsequente à alta hospitalar de 10 de agosto.

Isabel e Alessandra me acompanharam. Na recepção do hospital, informaram que não havia cadeira de rodas disponíveis, porém, alguns minutos depois apareceu o soldado maqueiro. Ele me transportou para o ambulatório de ortopedia numa cadeira de rodas que não tinha os suportes para pés; para substituí-los, havia uma improvisada corda. 

Não foi necessário esperar muito tempo. Para minha surpresa, fui recebido pelo Maj Dr. Crapis e pela médica residente. A consulta foi agradável, dado que o Dr. Crapis se mostrou gentil e alegre. Relatei o desconforto dessa primeira semana, as dificuldades para dormir, a retirada paulatina, a partir de domingo, dos remédios analgésicos e outros aspectos. Ele determinou a troca do curativo e, após a retirada cuidadosa pela enfermeira, das bandagens, examinou os dois ferimentos localizados abaixo do tornozelo — o primeiro do lado esquerdo, resultante da primeira cirurgia; e o segundo do lado direito, resultante da segunda cirurgia. Embora, para olhos leigos, parecessem horríveis, o Dr. Crapis considerou-os em estado de normalidade e indicadores do êxito das cirurgias. Ainda bem! 

Evolução da cirurgia ortopédica no lado externo do pé direito
(sedação, anestesia, correção de ligamentos e tecidos do calcanhar, correção do calcâneo multifragmentado com a inserção de 4 parafusos e sutura).
Retorno ao HFA – Brasília – 16/Ago/2023.

Por fim, o Dr. Crapis informou que o retorno seria em duas semanas, isto é, no dia 30 de agosto; e orientou que agendássemos a consulta, com a apresentação de uma radiografia, a ser providenciada na mesma data dessa consulta. Ademais, ele sugeriu a troca da imobilização, que seria feita sobre os curativos, antes da saída do hospital, por bota ortopédica, também chamada bota ‘robofoot’. Disse que dispúnhamos dessa bota, já que Laura ganhou a da avó Maria Helena quando ela sofreu entorse no futebol e imobilizou o pé.

Com uma certa dose de alívio, com o apoio de Isabel, agendamos a radiografia e a consulta e retornamos para casa.

Tão logo cheguei em casa, verifiquei que o inchaço se ampliou e a imobilização estava apertando muito a perna e o pé, sobretudo nos locais dos ferimentos. Então, decidi fazer a substituição pela bota ‘robofoot’.


19/Ago/2023 (Sáb.)

Em casa, constatei que a bota ‘robofoot’ herdada da Laura estava pressionando em demasia os dois ferimentos. Fomos a uma loja e compramos uma bota Mercur, cujos suportes flexíveis eram movíveis, e ao serem retirados aliviavam a pressão sobre os dois ferimentos. Essas botas pesem mais de 1 kg. É incompreensível que não utilizem material resistente e leve, de tal sorte que se construa uma bota na faixa de 400 g.

A rotina da primeira semana após a alta hospitalar se repete de forma entediante e desconfortável. Dormir tem sido a arte da superação. A alimentação está sendo irregular e o metabolismo alimentar apresentou problema; durante três ingeri comprimidos de Floratil. Há a perspectiva de precisar consultar um médico (gastroenterologista ou nutrólogo? A ver!).

Um objetivo para esse período seria a leitura. Não estou conseguindo tranquilidade para ler; parei no terceiro capítulo de Oppenheimer. Preciso força e energia para continuar. Andei escrevendo uns poucos garranchos. Transcrevo-os a seguir.

 

Não desistir jamais

 

Quando você estiver triste, lembre-se que a alegria é um sentimento que também está dentro de você!

Quando você for derrotado, não esqueça de que você já teve vitórias e muitas outras serão possíveis!

Quando você estiver cansado, trate de descansar pois sua energia torna-lo-á pronto para o próximo embate!

Quando você se sentir só, lembre-se que a solidão é passageira e sempre há alguém que pode ampará-lo!

Quando você estiver desanimado, não esqueça que a coragem o estimula a prosseguir.

Quando você tiver a sensação de que está retrocedendo, lembre-se de firmar o pé e motivar a mente para seguir adiante.

Quando você estiver diante de um obstáculo, desborde-o e siga para a vanguarda.

Quando a solução não existe, invente-a.

Quando não encontrar a trajetória, construa-a.

Quando você estiver desesperado, lembre-se que a calma, a paciência e a fé equivalem à brisa suave que alivia e ao sorriso de uma criança que enternece.

Quando a raiva ficar evidente, use a razão e a lógica, acalme-se e faça o bom senso prevalecer.

E por último e primordialmente relevante, lembre-se de tentar sempre, desistir jamais e vencer sempre que possível — assim, as vitórias serão majoritárias nas sendas de sua trajetória.

 

 

E assim o tempo vai passando.

 

 

Nesses dias complexos da recuperação das duas cirurgias resultantes da fratura múltipla e exposta do calcâneo, passo o tempo entre a suíte térrea, o banheiro e a sala, deslocando-me com muletas, com cadeira de rodas motorizado ou cadeira de banho; e em uma boa parte do tempo, aferro-me ao celular, ao computador e à TV.

Bisbilhotando músicas para inserir no aplicativo Apple Music, encontrei um vídeo da obra-prima de Joaquin Rodrigo, o Concierto de Aranjuez, interpretado pela Orquestra Sinfônica Nacional Dinamarquesa, sob a condução de Rafael Frühbeck de Burgos, e tendo no violão o magistral Pepe Romero.

Diria que vale a pena assistir ao vídeo centenas de vezes, até porque a música está entre as dez melhores músicas já compostas pelo ente humano; e também porque o magistral 2º. Movimento, Rodrigo o criou em uma madrugada em que vivenciava a tragédia da perda de um filho por sua amada esposa.

Ao ouvir o Concierto, lembrei-me de que, com mais de 50 anos, já doente e próximo do final da vida, Steve Jobs recebeu a visita de Yo Yo Ma. O músico compensava a promessa não cumprida, por fato imprevisto, de comparecer ao casamento do amigo e interpretar sua música favorita. Nessa ocasião, Yo Yo Ma levou seu violoncelo Stradivarius e interpretou a Serenata de Schubert. Aí Jobs mencionou sua descrença em Deus, ressalvada pela impossibilidade de o violoncelista tocar daquela forma sem a ajuda Dele.

No campo de comentários do vídeo excepcionalmente bem-feito da obra de Rodrigo, acrescentei a seguinte paródia da expressão de Jobs:

 

 

If he didn’t say it, surely Steve Jobs would say: “I even thought I didn’t believe in God, but after I heard this song, there was no doubt, the composer could not have created it without His help!”

 

 


20/Ago/2023 (Dom.)

Isabel decidiu que, hoje, o almoço fosse churrasco, feito pela Laura que, não raro, me ajudava em ocasiões anteriores. Ela me pediu para que eu a apoiasse. Foram necessárias poucas intervenções: uso do dispositivo elétrico para acender o carvão, espessura do corte da picanha e colocação da carne no espeto (é preciso cuidado para não espetar o dedo); enfim coisas simples que deram segurança à querida filha, iniciante na arte de preparo do churrasco. 

Valeu a pena! O churrasco ficou muito bom e os deslocamentos na varanda dos fundos da casa me tiraram de rotina entediante. Ademais, fiquei motivado para não me limitar ao trânsito entre o quarto, o banheiro e a sala. Assim, no dia seguinte, resolvi me deslocar para a varanda e dar uma volta na orla da piscina.

Esse passeio no quintal se mostrou desejável e promissor. 

 

22/Ago/2023 (3ª. F)

Hoje é a celebração de 110 anos de nascimento de papai Oscar. O entardecer está magnífico. Registrei-o com uma boa sequência de fotos. Elas são apresentadas a seguir.

 








Imagens do crepúsculo vespertino, obtidas em passeio na cadeira de rodas motorizada, 
na orla da piscina da Casa em Cima do Mundo – Brasília – 22/08/2023.

 

26/Ago/2023 (Sáb.)

A sogra Maria Helena, preocupada com minhas atuais limitações, enviou-me mensagem sugerindo que visse o vídeo Dirt 17, atinente a 17 paraquedistas, insubordinados, mas heroicos, que atuaram na Segunda Guerra Mundial. Enviei-lhe a resposta transcrita a seguir.

 

 

Maria Helena, bom dia,

Procurei Dirt 17 no canal Discovery Science e também no Discovery History, mas não encontrei.

Acabei descobrindo o filme Dirty Dozen com um elenco estelar, sobre um tema similar — participação de gente complicada na Segunda Guerra Mundial. Se não existir em algum canal ‘streaming’, vou comprar o DVD, ao lado de Deserto dos Tártaros. Este baseado em livro do Lino Buzatti (considerado o maior escritor italiano do século XX. Será que é mesmo?).

Antes da fratura, adquiri os seguintes DVDs de filme sobre Beethoven:

O Segredo de Beethoven; e 

A Amada Imortal.

O primeiro vi ontem. É bom mas pesado e complexo. Parece que o outro, é melhor.

Já que, por enquanto, não posso ver um filme que está na crista da onda nos cinemas, peguei dois livros correlatos que tinha há alguns anos e comecei a ler. São eles: 'Oppenheimer – Uma Biografia'  e  'Making the Atomic Bomb', ambos enormes calhamaços. Não consegui passar dos primeiros capítulos.

Enfim, esperava ler muito, mas o desconforto ainda é grande.

Escrevi para as meninas um diário sobre a passagem pelo hospital e os dias subsequentes. Ficou um pouco longo e por isso posso ter prejudicado o interesse de parte delas.

Bom, essa mensagem ficou longa. É um ‘passa-hora’ de quem não pode fazer nada, além de pilotar as muletas, a cadeira de rodas, a cadeira de banho e o controle da TV.

Um bom fina de semana.

Bjs

 

 

30/Ago/2023 (4ª. F)

Conforme previsto, compareci ao HFA, para radiografia, avaliação, troca de curativo, com a retirada dos pontos, e orientação das próximas etapas.

Tomei a decisão de levar a cadeira de rodas motorizada. Valendo-se da experiência vivenciada com seu pai, a funcionária doméstica Aline ajudou Isabel na preparação da cadeira de rodas (retirada da bateria, que pesa cerca de 8 kg; e dobragem). Em realidade, a dobragem mostrou-se inconveniente e então, bastou a retirada da bateria. O funcionário jardineiro Hélio colocou a cadeira de rodas e a bateria no chevrolet Spin. Isabel dirigiu o carro e me levou ao HFA.

Chegamos no hospital 11:15 h. Pilotando a cadeira de rodas, fomos para o laboratório tirar o raio X. Depois, voltamos para a recepção e Isabel foi à lanchonete e comprou sanduíches e coca-cola para o almoço. Evitamos alimentarmo-nos na recepção, porque havia muita gente aguardando atendimento. Fomos almoçar no carro, que ficou estacionado nas proximidades.

Radiografia do Pé Direito – Aléssio Ribeiro Souto.
HFA – Brasília – 30/Ago/2023.

Por volta de 12:40 h, fomos para o ambulatório, onde aguardamos cerca de meia hora.

Fomos recebidos pelo Maj Dr. Crapis e pela médica residente, Dra. Carolina. Relatei o desconforto em qualquer movimento, a dor leve no terceiro ferimento (parte posterior do calcanhar), a dificuldade em dormir, os problemas com o metabolismo alimentar e a sensação de melhoria lenta. Na avaliação do Dr. Crapis, ficou evidenciada a normalidade da evolução. Porém, para mim, ocorreu uma surpresa: ele mencionou que o quarto parafuso (o maior deles) seria retirado. Como a consulta foi demorada, acabei por não obter os esclarecimentos requeridos. Qual a razão? Seria pela instalação com a cabeça fora do osso?

Ele transmitiu a seguinte orientação:

– até 9 de setembro – manter a imobilização;

– a partir de 10 de setembro – iniciar a mobilização do tornozelo — significa movimentar o tornozelo, sem apoiar o pé no chão;

– a partir de 10 de setembro – permanecer sem imobilização enquanto estiver em casa, e para sair recolocar a bota ‘robofoot’;

– 18 de outubro – realização de raio X;

– 18 de outubro – retorno em ambulatório;

– 09 de novembro – previsão para iniciar a andar.

Por óbvio, ficou evidenciado que serão pelo menos 3 meses de utilização de muletas, cadeira de rodas e cadeira de banho.

Ele determinou que fosse substituído o curativo, com a retirada dos pontos. Alguns pontos do ferimento da cirurgia ortopédica deixaram de ser retirados porque o local estava muito dolorido e ligeiramente inflamado. Então, o Dr. Crapis preferiu que a retirada dos pontos fosse concluída dentro de uma semana — retorno adicional em 6 de setembro.

Após a conclusão do novo curativo, voltamos para casa.


31/Ago/2023 (5ª. F)

Ao tomar conhecimento de meu problema no calcanhar, o amigo Paulo Roberto sugeriu um contato com o Dr. Gildásio Daltro, em Salvador.

O Dr. Gildásio é médico, professor, doutor e livre docente da Universidade Federal da Bahia (UFBa).

Fez aperfeiçoamento em cirurgia no pé e no tornozelo (480 h), no hospital San Rafael, na Espanha.

Fez aperfeiçoamento em cirurgia no quadril (240 h), no hospital Raymond Poincaré, na França.

É membro da International Society for Stem Cell Research (ISSCR).

É membro Conselheiro da Revista Current Stem Cell Research and Therapy (2016)

É membro de Honra da Société Française de Chirurgie Orthopédique et Traumatologique (SOFCOT).

O Dr. Gildásio é especialista em Medicina Regenerativa Óssea com célula-tronco, que normalmente pode ser utilizada em lugar de Cirurgia Ortopédica com prótese. Contabiliza mais de 600 intervenções com célula-tronco.

Atualmente, o Dr. Gildásio é rico e idoso (76 anos), e trabalha no Hospital Universitário da UFBa, com o vigor similar ao de médicos mais jovens.

Em 2022, o Paulo Roberto deixou Brasília, onde lhe tinham proposto cirurgia ortopédica com prótese metálica na bacia, foi para Salvador, e se submeteu ao tratamento do Dr. Gildásio —regeneração do osso traumatizado com célula-tronco.

É imperioso asseverar que o Dr. Gildásio está tentando emplacar um projeto governamental no Ministério da Saúde, atinente ao tratamento ósseo com célula-tronco, que vai beneficiar, sobretudo, as camadas mais carentes da população.

No início da tarde deste 31 de agosto, o Paulo Roberto acertou um contato meu com a Dra. Valéria, assessora do Dr. Gildásio. Às 16:10 h, telefonei; ela estava no trânsito, dirigindo e me disse que retornaria a ligação mais tarde. Às 18:40 h, o próprio Dr. Gildásio me telefonou e solicitou um relato do problema. Transmiti uma síntese do que ocorreu e disse que poderia enviar cópias de raio X e de tomografia (que eu tinha preparado adredemente); ele concordou e desligamos. 

Em meia hora, o Dr. Gildásio me telefonou de volta e deu uma aula sobre o tratamento e recuperação de fratura multifragmentar e exposta do calcâneo. Ele me impressionou pela simplicidade pessoal, e por objetividade e precisão profissionais.

Afora, a tranquilidade e segurança transmitidas em relação ao tratamento correto, recebido no HFA, pela equipe dirigida pelo Dr. Alessandro Crapis, o Dr. Gildásio aduziu que o parafuso grande deverá ser retirado depois que as partes traumatizadas estiverem reconstituídas, o que deve ocorrer a partir de 3 meses da cirurgia ortopédica. De qualquer sorte, ele confirmou que a recuperação é trabalhosa, demorada, requer cuidados especiais e cumprimento rigoroso da orientação recebida.

É imperioso enfatizar que, do conhecimento da existência do médico, ao diagnóstico, em comunicação online, transcorreram menos de cinco horas.

 

Registro essa sequência de informações, motivado pela consciência de que seres humanos há que vivem no limite do que é possível, para cuidar do bem-estar de seus semelhantes e para construir-lhes um mundo melhor.

Enfim, minha admiração, respeito e homenagem ao amigo Paulo Roberto, ao Dr. Alessandro Crapis e ao Dr. Gildásio Daltro, integrantes do universo daqueles que vivem virtuosamente, lançando luzes pelas sendas percorridas.

 

 



O apoio dos amigos - II

Dessa feita, transcrevo a troca de mensagem, a partir de 25/Ago/2023, via Facebook, com familiares distantes e com alguns amigos da Turma Marechal Mascarenhas de Moraes. De forma similar à interação por WhatsApp, recebi intenso apoio e solidariedade da turma aficionada do Facebook.






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