quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

A epopeia de Pelé – 2

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A epopeia de Pelé - 1

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No dia em que o Rei Pelé deixa esse mundo para ingressar na eternidade, é razoável relembrá-lo por intermédio de declarações de seu súditos — chefes de Estado, banqueiros, embaixadores, dramaturgos, cineastas, pintores, and last but not the least, jogadores de futebol.

 

“Filho, Deus lhe deu o dom de jogar futebol. Então, você tem a obrigação de treinar mais do que os outros.”

Dondinho, pai de Pelé, aconselhando o filho, ainda pequeno.

 

“A perfeição não existe, mas quem chegou mais perto dela foi o Pelé.”

Zito, volante do Santos, campeão mundial em 1958 e 1962, na Suécia e no Chile, ao lado de Pelé.

 

“Pelé é um dos poucos craques que contrariaram minha tese.

Em vez de 15 minutos de fama, terá 15 séculos.”

Andy Warhol, artista americano criador da Pop Art.

 

“Na cabeça de muito jogador não passa nada no momento de fazer uma jogada. Na cabeça de Pelé passa um longa metragem.”

Nilton Santos, zagueiro esquerdo do Botafogo, campeão mundial de 1958 e 1962, na Suécia e no Chile, ao lado de Pelé.

 

“Pelé é a figura suprema do futebol. Como Garbo e Picasso, basta-lhe um só nome.”

Jornal britânico Daily Express.

 

“Pelé entrava em campo com corpo, genialidade, alma e coração. Ele desequilibrou o mundo.”

Gilmar, goleiro do Santos, campeão mundial de 1958 e 1962, na Suécia e no Chile, ao lado de Pelé.

 

“Pelé nunca será superado, porque é impossível haver algo melhor que a perfeição. Ele teve tudo: físico, habilidade, controle de bola, velocidade, poder, espírito, inteligência, instinto, sagacidade…”

Jornal britânico Sunday Mirror.

 

“Pelé não é um rei por hereditariedade. Seu reinado não é de força nem de leis. Não foi eleito nem designado, mas reconhecido como Monarca dessa democracia ideal e universal que constitui o futebol.”

Revista France Football.

 

“Qual a diferença entre mim e Pelé? É simples. Eu fui craque e ele, gênio.”

Leônidas da Silva, o maior atacante do futebol brasileiro, na época anterior a Pelé.

 

“No momento que a bola chega aos pés de Pelé, o futebol se transforma em poesia.”

Pier Paolo Pasolini, cineasta italiano.

 

“Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé.

Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica.”

Johan Cruyff, um dos maiores atacantes do futebol de seu país (a Holanda) e do Barcelona, em todos os tempos.

 

“Após o quinto gol, eu queria era aplaudi-lo.”

Sigge Parling, zagueiro encarregado de marcar Pelé na final da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, na qual o Brasil sagrou-se campeão derrotando a seleção sueca por 5 x 2.

 

“Eu pensei: ‘Ele é feito de carne e osso, como eu.’ Eu me enganei.”

Tarciso Burnigch, zagueiro italiano que marcou Pelé na final da Copa do Mundo de 1970, no México.

 

“Muito prazer, sou o presidente dos Estados Unidos. Você não precisa se apresentar, porque Pelé todo mundo sabe quem é.”

Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, ao receber Pelé na Casa Branca.

 

“O maior jogador de futebol do mundo foi Di Stefano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele está acima de tudo.”

Ferenc Puskas, um dos maiores atacantes do futebol de seu país (a Hungria) e do Real Madrid, em todos os tempos.

 

“Subimos juntos, fora do tempo, para cabecear uma bola. Eu era mais alto e tinha mais impulsão. Quando desci ao chão, olhei pra cima, perplexo. Pelé ainda estava lá, no alto, cabeceando a bola. Parecia que podia ficar no ar o tempo que quisesse.”

Fachetti, zagueiro e capitão da seleção italiana na Copa do Mundo em 1970, no México, na qual a Itália perdeu a final para o Brasil por 4 x 1.

 

“Jogava com grande objetividade. Seu futebol não admitia excessos, enfeites nem faltas. Ele quase não fazia embaixadas, não driblava para os lados, mas sempre em direção ao gol. Quando tentavam derrubá-lo, não caía, devido à sua estupenda massa muscular e equilíbrio.”

Tostão, atacante do Cruzeiro, campeão do mundo em 1970, no México, ao lado de Pelé.

 

“Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.”

Nélson Rodrigues, dramaturgo e cronista esportivo.

 

“Senti medo, um terrível medo quando vi aqueles olhos. Pareciam olhos de um animal selvagem, olhos que soltavam fogo.”

Overath, jogador alemão nas Copas de 1966 a 74.

 

“Maradona só será um novo Pelé quando ele ganhar três Copas do Mundo e marcar mais de mil gols.”

Cesar Luis Menotti, técnico campeão mundial pela Argentina em 1978.

 

“O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé.”

Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro.

 

“Em alguns países as pessoas queriam tocá-lo, em outros queriam beijá-lo. Em outros até beijaram o chão que ele pisava. Eu achava tudo isso maravilhoso, simplesmente maravilhoso.”

Clodoaldo, volante do Santos, campeão do mundo em 1970, no México, ao lado de Pelé.

 

“Cheguei com a esperança de parar um grande jogador, mas fui embora convencido de que havia sido atropelado por alguém que não nasceu no mesmo planeta que nós.”

Costa Pereira, goleiro do Benfica, sobre a derrota por 5 a 2 para o Santos na final do Mundial de clubes de 1962.

 

“Quando vi o Pelé jogar, fiquei com a sensação de que eu deveria pendurar as chuteiras.”

Just Fontaine, maior atacante da seleção francesa na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, na qual o Brasil derrotou a França na semifinal por 5 x 2.

 

“Você pode estar certo, mas não sabe nada de futebol e eu vi o Pelé jogar.”

Vicente Feola, técnico da Seleção Brasileira, ao psicólogo que afirmou que Pelé era jovem demais para jogar na Copa de 1958.

 

“O Pelé estava muito determinado a levantar a taça Jules Rimet pela terceira vez. Era como se ele soubesse que esse era o seu destino. Ele parecia uma criança esperando pelo Natal.”

Mário Américo, massagista da Seleção Brasileira, sobre o Mundial de 1970.

 

“O grande segredo dele era o improviso, aquelas coisas que ele fazia do nada. Ele tinha uma percepção extraordinária do futebol.”

Carlos Alberto Torres, lateral direito e capitão da seleção brasileira, campeão do mundo em 1958, no México, ao lado de Pelé.

 

“Às vezes fico com a sensação de que o futebol foi inventado para esse jogador fantástico.”

Sir Bobby Charlton, jogador inglês que disputou a Copa do Mundo de 1970, no México, com derrota para o Brasil por 1 x 0.

 

“Pelé jogou futebol por 22 anos e, durante aquele tempo, fez mais para promover a amizade e a fraternidade mundial do que qualquer outro embaixador.”

J. B. Pinheiro, embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas.

 

“Força e beleza. Rapidez e precisão. A elasticidade e a firmeza no gesto que poderia ser de bailarino.”

Oldemário Touguinhó, jornalista esportivo.

 

“Pelé é um jogador especial, com ele começou uma nova era no futebol.”

José Luis Garci, cineasta espanhol.

 

“Pelé é um mito. Todo jogador que ama o futebol tem que se informar sobre ele.”

Zvonimir Boban, atacante da Croácia que foi um dos melhores jogadores de todos os tempos de seu país, e que integrou a seleção croata, terceira colocada na Copa do Mundo de 1998, na França.

 

“Pelé chegou.”

Jornal chileno anunciando a chegada da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1962.

 

“Passam os anos, aparecem jogadores excelentes, mas todos sempre se lembram de Pelé.”

Fernando Torres.

 

“Comparar o Pelé com qualquer jogador é impossível. Pelé é Pelé. Ele está em um nível completamente diferente.”

Rivelino, ponta esquerda, campeão do mundo em 1970, no México, ao lado de Pelé.

 

“Pelé foi um jogador excepcional, estupendo. Nós, brasileiros, devemos dar graças a Deus por ele ter nascido aqui.”

Zico, atacante do Flamengo e um dos maiores jogadores do Brasil de todos os tempos (ao lado de Zizinho, Garrincha, Rivelino, Ronaldo Fenômeno e Neimar).

 

“Quando o Pelé chegou ao Santos, falaram que seria o melhor jogador do Brasil. Erraram, foi do mundo.”

Pepe, ponta esquerda do Santos, campeão do mundo em 1958, no México, ao lado de Pelé.

 

“Pelé é onipresente. É a referência do Brasil. Em qualquer parte do mundo em que eu esteja, ao constatarem que sou brasileiro, dizem: Pelé!”

Antônio Carlos de Almeida Braga, banqueiro brasileiro.

 

“Como se soletra Pelé? D-E-U-S.”

Jornal britânico The Sunday Times.


“Com o desaparecimento de Pelé, o futebol perde uma de suas mais belas lendas, senão a mais bela. Como todas as lendas, o Rei parecia imortal. Ele inspirou e continuou a inspirar gerações e gerações de fãs do nosso esporte. Quem não sonhou, quando criança, em ser Pelé?”

Didier Deschamps, técnico da seleção francesa de futebol.

 

“Pelé foi considerado Atleta do Século pelo jornal francês L’Équipe — um equívoco espacial e temporal: ele foi Atleta deste e do próximo  Milênio.”

Aléssio Ribeiro Souto, lateral direito 'perna-de-pau' rochedense, general de divisão do Exército e apreciador do futebol.

 

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