sexta-feira, 10 de abril de 2020

O homem e suas circunstâncias



O Sr. Carlos Alberto Di Franco publicou no Estadão o artigo “Dominar as circunstâncias, dilema de Bolsonaro”, onde, sem deixar o tom crítico que caracteriza os analistas que primam pela isenção intelectual, trata das virtudes do presidente que de, certa forma, amparam as razões dos eleitores em elegê-lo mandatário do Brasil.
Em meio a dezenas de matérias enviesadas, parciais e demonstradoras de uma oposição inconsequente da mídia em geral — e também em meio à severidade com que o Sr. Di Franco condena a interação entre o presidente e seus filhos —  destaco os pontos positivos enxergados pelo colunista e tento agregar minha modesta visão ao tema palpitante da atualidade: a conjuntura política brasileira.
Assim, o colunista assevera: 
“Não sou daqueles que enxergam Bolsonaro pelo filtro da crítica corrosiva e de um antagonismo ideológico visceral. Esforço-me para olhar os fatos. Essa deve ser, creio, a atitude dos jornalistas e formadores de opinião. Reconheço que o presidente da República soube montar uma excelente equipe. Muito superior às da era petista.”
E acrescenta: 
“Jair Bolsonaro, com suas virtudes, seus defeitos e seu estilo ‘presidente mesa de bar’, soube captar o pulsar profundo da sociedade. Sua mensagem — na política, na economia, na segurança pública, na defesa dos valores — foi ao encontro de um sentimento latente na alma nacional. Soube falar com o Brasil profundo”.
Entendo que a compreensão do ‘pulsar profundo da sociedade’ e do ‘Brasil profundo’ são referências brilhantes e inequivocamente corretas para o que ocorre em nosso maltratado País.
Nesse contexto, enviei a mensagem apresentada a seguir para o articulista.

Prezado senhor,
O artigo “Dominar as circunstâncias, dilema de Bolsonaro” se constitui em uma das mais equilibradas e realistas análises do que se passa no Palácio do Planalto.
Permita-me acrescentar alguns pontos:
(i) a opinião da maioria dos políticos, intelectuais, jornalistas e artistas (desde antes da eleição de outubro/2018, até o presente) é diferente da que foi expressa pelo ilustre articulista;
(ii) na assertiva anterior, encontramos uma razão primacial por que Bolsonaro foi eleito presidente;
(iii) similarmente, aí está a razão pela qual Bolsonaro vai acabar se saindo bem da crise do coronavírus, o que significa grande possibilidade de renovar seu mandato em 2022;
(iv) esse universo que pensa diferente do colunista não percebe que o mundo mudou e que o Bolsonaro enxerga isso anos antes dos demais;
(v)  há também as pesquisas de opinião — nas quais, não raro, são construídos resultados que não correspondem à realidade, isto é, antes contra o candidato e agora contra o presidente — o que significa que, do ponto de vista dele, o DataFolha, por exemplo, é um aliado, uma vez que tudo o que divulga deve ser lido ao contrário;
(vi) por último e essencial, ele usa as circunstâncias descritas, agindo como age, como estratégia de seguir em frente — muitos não concordam com isso, mas tem funcionado de forma eficaz.
Desculpe pela forma simples, simplória e limitada de interpretar. Porém, a forma complexa e sofisticada dos sábios tem falhado redondamente.
Atenciosamente 
ARS

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Nota 1. A distinção
O Sr. Di Franco acusou o recebimento da mensagem e agradeceu.

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Nota 2. O Restaurante Metropol
O Sr. Di Franco começou o artigo “Dominar as circunstâncias, dilema de Bolsonaro” mencionando o livro “Um cavalheiro em Moscou”, de Amor Towles, no qual com humor e leveza é
“apresentado um elogio aos valores e tradições deixados para trás pelo avanço da História”. 
O personagem principal do livro é o nobre Aleksandr Ilitch Rostov, ‘o Conde’, que é condenado a prisão domiciliar no sótão do hotel Metropol. Nesse contexto:
“Com a personalidade cativante e otimista, aliada à gentileza típica de suas origens, o Conde soube lidar com a sua nova condição — e com sua experiência de vida carregada de sabedoria, comenta com um de seus interlocutores: 
‘Se um homem não dominar suas circunstâncias, ele é dominado por elas’ ”
De passagem, Di Franco comentou que o Hotel Metropol era o destino predileto
“de estrelas de cinema, aristocratas, militares, diplomatas, bon-vivants e jornalistas, além de ser um importante palco de disputas que marcariam a História mundial”. 

Bom, mas essas coisas a respeito do Metropol, eu não sabia. O que eu sei é que em 25 de dezembro de 2001, na boca da noite, Isabel e eu tomamos um avião Ilyushin — ou de outro fabricante, imerso e obscuro na memória; desses um tanto antigos e que sacodem os bancos de forma desconfortável — e fomos de Teerã para Moscou. A ideia era conhecer o inverno que derrotou o General Napoleão e o cabo Adolfo. Não apenas isso, lógico! As passagens, estadias e outras despesas essenciais são bem menores no inverno. 
Em 27 de dezembro, fomos ao Teatro Bolshoi assistir ao balé ‘Quebra Nozes’ [#1]. Para quem — aos sete anos de idade, por estar sem sapato, apenas com uma “alpercata” de pneu fabricada pelo criativo Oscar — foi impedido de entrar na sala de aula, lá em Rochedo, à margem do rio Aquidauana, na fímbria do pantanal sul-mato-grossense, foi vivenciada uma tarde-noite épica. 
Então, combinamos que celebraríamos adequadamente. Ao avistar o Hotel Metropol, decidimos jantar em seu restaurante principal [#2]. Começamos com champanhe e caviar (meio branco, diferente do que conhecêramos em Teerã, originário do Mar Cáspio); e seguimos indiferentes aos valores que despenderíamos. Afinal, tínhamos uns bons dias à frente para passar com sanduíche e água; esta porque era até mais barata do que coca-cola. 
Em seguida, seguimos para São Petersburgo. Era preciso saber porque no século XVIII, um nobre russo, Pedro, deixara de seguir para os salões nobres de Paris, onde a realeza mundial se esfalfava; e fora trabalhar nos estaleiros da Holanda para assimilar as lições de tecnologia e gestão para aplicar na Rússia imperial — e de quebra, construíra a cidade com o seu nome, para as futuras gerações (e também para abrigar o Museu Hermitage, tanto quanto se queira, comparável ao Museu do Louvre). 
Na cidade de Pedro, fomos ao Teatro Philharmonia assistir ao concerto nº 2 de Rachmaninoff, interpretado por Lang Lang e pela Orquestra Filarmônica de São Petersburgo.
E finalmente fomos para Viena passar o Ano Novo em uma das mais belas metrópoles históricas da Europa. A opção do réveillon foi uma taverna nos arredores da cidade — a região de Grinzing [#4], considerada uma velha cidade do vinho; e notabilizada por ter sido destruída pelos turcos no século XVI e por Napoleão no século XIX. Enfim, por causa desse relato, minhas filhas diriam que ‘estou me achando’. Não é bem isso. A lembrança do Metropol foi a motivação e registrá-la não faz mal.
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Nota 3. Um futuro melhor
A propósito da obra de Pedro, o Grande, retiro reminiscências adicionais dos porões da imaginação ... 
Em 2008, estive na Rússia, com o objetivo de comparecer à maior exposição russa de material bélico, a REA – Russian Expo Arms [#5], acompanhado de dois engenheiros do Centro Tecnológico do Exército, CTEx, (Maj Beniamin e Cap Moutinho) e do Adido do Exército em Moscou, coronel Descon. O evento é realizado periodicamente na cidade de Tagil, na fronteira ocidental da Sibéria, a cerca de 200 quilômetros depois de Ecaterimburgo. Passamos cinco dias na região. 
Dessas lembranças, agrada-me começar pelo epílogo. Quando cheguei de volta ao Rio de Janeiro, era indagado se tinha aproveitado o inverno siberiano. Minha efusiva resposta é que chegara da Sibéria para saborear o inverno carioca, com surpreendentes 15º C. Em Tagil, lá por perto de onde andou Dr. Jivago, passei o dia mais quente do verão siberiano, com 31º C — um calor seco, com um conforto tal que jovens e também os mais velhos andavam na rua sem camisa, com a inseparável garrafa de vodca na mão, e o aspecto de que estavam na hora final de uma quarta feira de cinzas.
Mas reiniciando do prólogo, devo mencionar uma curiosidade: na Segunda Guerra Mundial, quando os alemães invadiram Moscou, Stalin determinou a transferência do complexo industrial soviético terrestre, que se localizava na circunvizinhança de Moscou, para Leste, para as proximidades da região de Tagil, fora portanto do alcance das forças armadas germânicas.
A exposição militar REA foi uma das mais interessantes que visitei, no período em que chefiava o Centro Tecnológico do Exército. Tive a oportunidade de conhecer uma parcela significativa de material bélico de última geração, de fabricação russa e de seus vizinhos e parceiros próximos. As únicas presenças ocidentais identificadas no evento era a comitiva brasileira visitante e um escritório italiano de empresa que produzia artefatos de interesse comum. Eu, os dois engenheiros do CTEx e o Adido do Exército em Moscou éramos os únicos latino-americanos presentes na exposição. Dentre os europeus, claro, deveria haver outros, além dos italianos, mas estavam convenientemente discretos, a ponto de não termos cruzado com eles. A grande massa (pessoas e empresas) era composta de russos, ucranianos, demais eslavos e asiáticos das proximidades fronteiriças.
Na volta, optamos por uma noite em Ecaterimburgo. Era imperioso que o fizéssemos. Disso, registro com ênfase os seguintes aspectos marcantes:
(i)  A visita à Igreja de Todos os Santos, concluída em 2005, em homenagem aos Romanov [#6] [#7], que foram sacrificados pelos hediondos comunistas em 1918;
(ii) A visita aos restos históricos da primeira metalúrgica implantada na Rússia [#8] por Pedro I, o Grande, construtor de São Petersburgo. Além da marinha imperial, dos avanços arquitetônicos e culturais, o Pedro deles colocou a Rússia, no século XVIII, no caminho da Revolução Industrial. Está justifica portanto a alcunha de Pedro, o Grande; e
(iii) O encontro que tivemos a sorte de evitar, por uma diferença de 12 horas, na partida do aeroporto de Ecaterimburgo [#9], na volta da viagem, com o então Presidente da República e agora convicto presidiário Lula, cuja comitiva fez escala naquela cidade em direção à China.
Na volta da Rússia, por opção, porque ninguém é de ferro, fizemos escala na França. Entre visita a lugares históricos e a restaurantes [#10], foi possível não perder a noção de que entre Rochedo e Tagil, há Paris. E nessa trajetória, enquanto seres humanos — ante as fronteiras da humildade e da presunção; do enfrentamento da subjetividade e da razão; e da posse da verdade absoluta em oposição à flexibilidade diante da falível condição humana — colocamo-nos diante dos desafios permanentes de fazer o presente melhor do que o passado, e o futuro tão melhor quando permitam  os sonhos que sonhamos.

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[#1] Teatro Bolshoi, Moscou
A fachada deslumbrante do Teatro Bolshoi.


Cena inesquecível do balé Quebra Nozes.


Lustre tão lindo quanto o do cenário do Fantasma da Ópera, que a Cecília tanto gosta.

O Teatro Bolshoi é um edifício histórico da cidade de Moscou, capital da Federação Russa. Foi desenhado pelo arquiteto Joseph Bové  para abrigar espetáculos de ópera e balé. É sede da Academia Estatal de Coreografia de Moscou, também conhecida simplesmente como Balé Bolshoi, sendo uma das mais antigas e prestigiosas companhias de dança do mundo.

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[#2] Restaurante Metropol, Moscou
Sala lateral do Restaurante Metropol.

Ter nascido em Rochedo e chegado até aqui é uma trajetória digna de ser trilhada.

Isabel e ma lembrança tão marcante quanto se queira imaginar.
  
Salão principal do Restaurante Metropol, situado no hotel homônimo, na rua Teatral'nyy Proyezd, quase em frente ao Teatro Bolshoi.
O prédio do hotel foi construído entre 1899 e1907, em estilo Art Nouveau, com a colaboração dos arquitetos William Walcot, Lev Kekushev, Vladimir Shukhov e dos artistas Mikhail Vrubel, Alexander Golovin e Nikolai Andreev.

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[#3] Teatro Philharmonia, São Petersburgo
Apresentação do Concerto nº 2 de Rachmaninoff, com Lang Lang e a orquestra Filarmônica de São Petersburgo, no Grand Hall do Teatro Philharmonia.

Muito tempo depois, foi surpreendente saber que o Concerto nº 2 do Rachmaninoff é um dos mais difíceis de ser tocado e que Lang Lang o fazia nas fronteiras da perfeição. Sendo chinês e no alvorecer de seus 19 anos, após uma performance épica, foi aplaudido por russos durante cerca de 5 minutos — um indicador inexcedível.


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[#4] Grinzing, Viena
Um taberna típica de Grinzing.  
Simplicidade e elegância em Grinzing.
Celebração de Ano Novo de 2001, em taberna, no bairro Grinzing, local histórico nos arredores de Viena, na companhia de turistas britânicos, canadentes e de outros origens.

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[#5] Tagil, oeste da Sibéria
          (a ≈200 Km de Ecaterimburgo)
Russian Expo Arms (REA)
  
Russian Expo Arms – Tanque blindado T-74
Russian Expo Arms – Helicóptero Não Tripulado
                                               
Tagil – Teatro de Drama

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[#6] Família imperial russa Romanov 

O Imperador Nichollas II, a esposa Imperadora Alexandra e seus cinco filhos, Olga, Tatiana, Maria, Anastasia e Alexei, foram fuzilados e atravessados por baioneta pelos revolucionários comunistas sob o comando de Yakov Yurovsky em Ecaterimburgo na noite de 16 para 17 de Julho de 1918. F
oram também mortos naquela noite os acompanhantes da família: Eugene Botkin, Anna Demidova, Alexei Trupp e Ivan Kharitonov.
Todos os corpos foram levados para a floresta Koptyaki, onde foram despidos e mutilados.

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[#7] Igreja de Todos os Santos, Ecaterimburgo
A Igreja de Sangue em Honra de Todos os Santos Resplandescentes na Terra Russa é uma igreja ortodoxa russa construída no pátio da Casa Ipatiev, em Ecaterimburgo, onde Nichollas II, sua família e acompanhantes foram assassinados pelos bolcheviques na Revolução Comunista de 1917.
A igreja foi construída e inaugurada em 2004 para homenagear a família imperial Romanov. Trata-se de uma obra arquitetônica e artística para não deixar dúvida da 
perene dívida dos russos com os Romanov.

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[#8] Primeira metalúrgica russa, Ecaterimburgo

Esta metalúrgica foi implantada em Ecaterimburgo por Pedro I, o Grande, que reinou na Rússia de 1682 a 1721, e passou para a história como empreendedor da ocidentalização e modernização da Rússia.
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 [#9] Aeroporto de Ecaterimburgo
Aeroporto Internacional de Ecaterimburgo-Koltsovo

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[#10] Paris, a cidade Luz


Aeroporto Charles De Gaulle 
Catedral de Notre Dame, 1163 a 1345 – Jean de Chefes, Pierre de Montruil et al.
Estilo gótico — Île de la Cité, rodeada pelo rio Sena.  

[Esclarecimento posterior: em 15 de abril de 2019, a catedral foi atingida por um violento incêndio, que causou danos ao teto, pináculo e rosáceas. Com tristeza e consternação, durante algumas horas, pela TV, assistimos a essa tragédia bem como o insano trabalho do Corpo de Bombeiros de Paris para debelar o fogo].

Túmulo de Napoleão
Subsolo do Hôtel Invalides – Monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus.
Restaurante Le Bistro Marbeuf
21 rue Clement Marbeuf, a 400 m da Av. Champs Élysées.

Restaurante Brasserie Le Fourquet
99 avenue des Champs Élysées.

    
Restaurante La Terrasse (Maj Beniamin e Cap Moutinho)
2 place de l'École Militaire.

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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Recusa em transmitir o uso da hidroxicloroquina


O Sr. David Uip é um cientista que ocupa o cargo de responsável pelo enfrentamento da crise do coronavírus junto ao governador do Estado de São Paulo. Ele foi infectado pelo Covid-19 e fez tratamento com a hidroxicloroquina mas lamentavelmente negou-se a revelar o processo que o levou à cura da terrível moléstia que está causando mortes no mundo inteiro.

Como médico, o Sr. David Uip pode ter o direito de negar o tratamento a que se submeteu para se curar do Covid19. Como homem público e como cidadão, o Sr. Uip negar aos demais cidadãos essa possibilidade, coloca-o na condição de Sr. CovUip — um ser humano à altura dos canalhas mais desprezíveis.

Falem o que estou escrevendo: o Sr. Uip pode ser cogitado para candidato a cargo eletivo nas próximas eleições. Então, para alcançar a notoriedade requerida, ele precisa continuar negando aos demais cidadãos a forma de tratar-se da moléstia causada pelo Covid-19.
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[Mensagens divulgadas no Estadão online de 9/Abr/2020]
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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Catatonia, sabotagem e o futuro

Mais uma vez, a senhora Vera Magalhães mostrou seu compromisso com o passado (já que está ligada emotiva e politicamente ao PSDB e à negada e mal disfarçada associação dessa agremiação com o PT) e descompromisso com o futuro ao tratar da falsa catatonia do Ministério da Economia em relação à Renda Básica Emergencial, da atribuída sabotagem ao corrupto ministro da Saúde oriundo de Campo Grande e do impossível isolamento social.


Atualização em 12/01/2021.

Passados cerca de 10 meses, volto a essa questão para confirmar o que fora propalado. A Renda Básica Emergencial foi concedida com oportunidade e constituiu-se em insuperável apoio aos mais de 40 milhões de brasileiros necessitados. O ministro da Saúde Mandetta foi demitido e a imagem que prevaleceu for resultante dos desmandos que, no passado, ele praticou na gestão da Santa Casa de Campo Grande e na Secretaria de Saúde daquela cidade. O tão cantado isolamento social se provou impossível para uma metade do povo brasileiro, por causa das condições de moradia e possibilidades financeiras. 

 

Os formadores de opinião precisam vencer a catatonia e perceber que o Brasil mudou. Precisam parar de sabotar o povo brasileiro e oferecer informações dentro dos parâmetros da liberdade e da ética. Precisam deixar de falar do que entendem, por intermédio da mais deplorável campanha contra quem foi eleito na democracia. O País pode sair da crise fortalecido pelo desafio de adotar soluções cujas consequências para as futuras gerações sejam melhores do que se possa imaginar. Porém, para isso, precisa neutralizar os que consideram que “não está tão ruim que não se possa piorar um pouco mais”.

 

[Leitores replicaram]. Fico apenas com a parte da mensagem de um leitor que não contém ofensas. Benesses? Os condenados que o coronavírus e outros libertaram dos cárceres de Curitiba são os responsáveis pela cultura das benesses. Os beneficiários, os adePTos e os admiradores conhecem esse assunto muito bem. Estejam à vontade para o pós-doutorado no tema. Só que não voltarão. Já passaram! Gostou? Não é mera coincidência.

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[Comentários divulgados no Estadão online de 6/Abr/2020]

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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Dimensão da crise do coronavírus


Em face da explosão de informações e narrativas elaboradas em detrimento do interesse da coletividade, é imperioso analisar a crise da pandemia do Covid19, de uma perspectiva histórica e de uma contextualização cuidadosa, para que não haja o mergulho no pessimismo não raro dominante.
A reflexão imprescindível precisa levar em conta o histórico das demais pandemias no mundo, os fatos que potencializam a crise em curso e as tragédias oriundas da implantação de sistemas políticos e ideológicos autoritários.

Tomemos pois algumas dentre as pandemias ou doenças cujo impacto transcendeu fronteiras para afetar uma parcela expressiva da humanidade. Nesse sentido, podemos citar a seguinte amostra de estatística de mortes no mundo: 
– tuberculose – entre 200 e 400 milhões ao longo da história (conforme a OMS, 1,4 milhões de mortes em 2018);
– varíola – 300 milhões; 
– gripe espanhola – 50 milhões; e
– HIV – 22 milhões.
Sem incluir os dados resultantes das mortes causadas pelas guerras empreendidas pelo comunismo e nazismo, esses sistemas políticos foram causadores dos seguintes assassinatos no mundo: 
– comunismo – cerca de 100 milhões; 
– nazismo – mais de 6 milhões. 
Em relação ao coronavírus, é previsível que o número de mortes no mundo será menor do que um milhão de pessoas. 
Quais são as diferenças entre a crise do coronavírus e as crises das demais pandemias?
(i) a velocidade de propagação e de letalidade do Covid19, e a necessidade de isolamento social;
(ii) a ansiedade pela prevalência e o personalismo na atividade de comunicação social, no âmbito da imprensa falada, escrita e televisada; e
(iii) a utilização da crise por adversários políticos para aproveitamento da oportunidade, em que ressaltam aqueles que já se envolveram em malfeitos em apuração na Justiça. 
E a diferença entre o nazismo e o comunismo? 
Para perpetrar sua obra macabra, o nazismo utilizou as câmaras de gás e o comunismo utilizou todos os meios disponíveis. 
E as semelhanças entre os dois sistemas? 
Nazismo e comunismo:
(i) tem inspiração inicial em Thomas Hobbes; 
(ii) preconizam a prevalência do estado; 
(iii) suprimem as liberdades; 
(iv) falseiam a verdade; e 
(v) aproveitam-se da ingenuidade, da canalhice e das deficiências humanas na faculdade de pensar.

Do que foi exposto, é razoável que os governantes tratem com igual relevância os procedimentos para salvar vidas, bem como os procedimentos para que na etapa subsequente, a crise avassaladora — incontrolável e até mesmo mais prejudicial do que a doença do terrível Covid19 — seja reduzida à sua menor dimensão possível.
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[Divulgado no Estadão e no Globo online de 3/Abr/2020]
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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Já passaram! Não voltarão!


O artigo “Aliado fiel de Bolsonaro concentra poder na Anvisa”, publicado pelo Estadão, sobre o assessoramento do almirante médico da ANVISA ao Presidente da República, contém uma sequência de conjecturas e informações desencontradas, com a clara intensão de macular o trabalho em andamento para o enfrentamento da crise da pandemia do coronavírus.
Não há novidades. Há sim a continuidade da abordagem prevalente desde a campanha eleitoral, quando o objetivo era evitar a eleição do candidato que se opunha à mixórdia caracterizada por um universo de gente que se intitula político, “intelectual”, jornalista ou artista — gente que deveria transformar informações e fatos em conhecimento e sabedoria, mas ao contrário, transformam-nos na preservação de costumes e ações degradantes que lhes apraz. 
Agora, o objetivo é evitar que as promessas aprovadas pela maioria dos cidadãos sejam cumpridas e, nesse sentido, as decisões e ações do governo federal são distorcidas e, não raro, informadas em sentido contrário.
No caso do artigo nominado, vários leitores divulgaram mensagens apoiando o autor, com referências desairosas ao trabalho em curso para a contenção da pandemia. A rigor, não há argumentos; apenas jargões expressando inconformismo.
Enfim, mantenho a percepção e disposição de acreditar na construção de um mundo melhor e mais adequado para todos os brasileiros. Daí resulta a mensagem postada no Estadão.
Como é difícil conviver com um governo que não pratica a corrupção dos corruPTos e dos PaTifes! O País foi recebido em frangalhos. Uma boa parcela dos corruPTos foi colocada na cadeia por um dos expoentes do novo governo. 
E aí vem o coronavírus para fazer a alegria dessa corruPTela. Várias mensagens, artigos, áudios e vídeos demonstram o estado de satisfação em que se encontram.
É incrível mas o lema dessa turma é simples: "não tem coronavírus que piore o suficiente; nós PreTendemos, queremos e podemos piorar um pouco mais". 
Mesmo assim, não voltarão! Já passaram!
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[Mensagem divulgada no Estadão online de 2/Abr/2020]
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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Respostas a uma campanha implacável


Enquanto organização de mídia, as empresas Globo estão ultrapassando todos os limites razoáveis de fazer oposição. A maioria dos jornalistas está orientada para bater de forma implacável no governo federal — talvez a expressão mais adequado fosse “de forma sórdida”, porém deixo de utilizá-la para não cair na sordidez dos responsáveis pela campanha inaceitável.
Hoje, postei no jornal Globo, comentários sobre as matérias dos jornalistas Merval Pereira, Lauro Jardim e Bernardo Mello Franco. Minha condição de cidadão, eleitor e cliente (do jornal) permite que a indignação seja oferecida com clareza e objetividade. Eles se permitem escrever o que seus patrões querem. Eu me permito avaliá-los com o rigor consentâneo com minha escala de valores.
Sobre o artigo do Merval Pereira
As aleivosias do Sr. Merval tem uma causa: deixou de ganhar dinheiro fácil, com palestras pagas pelo governo. Ele não combatia os governos corruPTos por essa razão. É bom se acostumar, Sr. Merval. O problema não é o atual Presidente. É a mudança de paradigma, pelo povo brasileiro, que não aceita mais o que o senhor aprovava e admirava.

Comentário do leitor Edilberto Souza sobre o artigo do Merval Pereira
Porque não se fala da marcha das famílias em 1964? Porque não se fala dos milhões de mortos pelas ditaduras comunistas como Cuba, URSS e outras? Por que não falam que a China está comprando os pontos estratégicos do planeta? O sistema comunista só mudou de roupagem, comportamento. As mentalidade deles continuam a mesma. Novas técnicas.
 Sobre o comentário do leitor Edilberto Souza
Ora 100 milhões de mortos no mundo? Por isso que os mortos em Cuba (algumas dezenas de milhares) e na Venezuela (algumas centenas ou milhares) não importam. Eles não se importam pelas razões pelas quais os sinos dobram, desde que quem os faça dobrar sejam os hediondos comunistas ou nazistas (são similares).

Sobre o artigo do Bernardo Mello Franco
Há tormento e desespero entre os empregados das Organizações Globo. A perda dos bilhões fáceis dos tempos anteriores leva os respectivos patrões a perderem o bom senso, a lógica, a razão e qualquer coisa resultante da faculdade de pensar. Jornalista e intelectual ganha a vida pensando e produzindo conhecimento. Empregados ganham a vida fazendo o que os patrões determinam. São eficazes.

Sobre o artigo do Lauro Jardim
Os comentários aqui postados hoje estão coerentes com a atitude do empregado da Globo. Com a atitude dessa organização, não se pode esperar grandeza de seus empregados nem dos respectivos leitores. Todos acham que crise é oportunidade e portanto, devem aproveitar ao máximo o que a pandemia oferece. Se coragem, apreço à liberdade, à ética e à verdade houvesse, qualquer comentário crítico seria acompanhado da informação de que o Brasil é um dos países com melhor reação governamental à tragédia do coronavírus.

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[Mensagens divulgadas no Globo online de 31/Mar/2020]
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Do Sapiens Cro-Magnon para o Sapiens atual


No artigo “31 de março/1º de abril”, publicado no Estadão, a jornalista Vera Magalhães destilou seus sentimentos de forma eficaz e apropriada para os objetivos daqueles que, além da legítima oposição ao governo do Presidente Bolsonaro, propõem-se a participar de campanha para inviabilizá-lo ou até mesmo apeá-lo do poder.
A Sra. Magalhães valeu-se do Contragolpe de 1964, da pandemia do coronavírus e do Dia da Mentira para arquitetar seu inconformismo, especialmente potencializado por suas ligações afetivas. Ela não se deu conta de que o paralelismo de seu pensamento com o dia da celebração de brincadeiras — mas também, por alguns, de ações sórdidas — não é mera coincidência. É o produto de intenção deliberada para engendrar a luta pelo poder político ou pela recuperação de privilégios financeiros perdidos.
Tanto ódio expresso por essa senhora é caso típico de psicoterapia. E tem que começar logo. Isso não costuma terminar bem. 

Indicação de rejeição? Dificuldade de gestão emotiva? Bipolaridade de gênero, consciente mas não aceita? 

Ou ela é absolutamente normal, mas tem vocação para ser do jeito que é; ou seja, trata-se apenas de um defeito de fabricação — os genes do cromossomo responsável pela ausência de canalhice tem uma alteração desconhecida (às vezes, resquício da passagem do Sapiens Cro-Magnon para o Sapiens atual)? 

Enfim, uma, algumas ou todas as possibilidades? Sem ofensas.
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[Mensagem divulgada no Estadão online de 1º/Abr/2020]
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