No artigo “Na querela da vacina, positivistas mentiram, conspiraram e fizeram gol”, de Vinicius Mota (Folha de São Paulo de 24 de dezembro), é apresentada uma análise da questão da vacinação, com foco nas lições de 1904, onde teria prevalecido a opinião de Rui Barbosa sobre essa questão delicada e complexa.
O articulista sintetiza sua abordagem, asseverando “que as lições do episódio de 1904 foram emolduradas como paradigma e que a visão de Rui e de muitos positivistas neste aspecto prevaleceu: o corpo é inviolável; a dignidade humana, inexpugnável. O que o Estado pode fazer para estimular a vacinação é criar constrangimentos indiretos, aprovados em lei, contra quem decidir não se imunizar.”
Com preocupação e até constrangimento, opino. A perda recente de um amigo e de seu filho, bem como a contração da doença pela esposa desse amigo e de sua filha (ambas atualmente em estado de recuperação) traz a inevitável reflexão sobre o que somos, para onde vamos e o que fazer para prosseguir na caminhada sem as ameaças e riscos resultantes do pavoroso coronavírus.
Então, a vacina deve ser obrigatória.
Para ser obrigatória, a vacina deve ser aprovada pelos principais órgãos com a devida responsabilidade no mundo e, especialmente, pela brasileira ANVISA.
A vacina obrigatória não pode ser objeto da sanha hedionda de interesses econômico-financeiros e de países interessados em subordinar os demais.
A vacina obrigatória não pode ser objeto da estupidez dos políticos desonestos.
É tudo muito simples.
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[Comentário divulgado na Folha de São Paulo online de 25/Dez/2020]
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