terça-feira, 9 de abril de 2019

Marxismo cultural e disrupção cognitiva


A folha de São Paulo publicou o artigo "O que é o marxismo cultural, que o novo ministro da Educação quer combater?", do jornalista Fábio Zanini. Numa tentativa de viés imparcial, citando uma plêiade de intelectuais, o articulista não resiste à ideia de se posicionar contra a tendência transformadora implantada com a eleição de Bolsonaro para a presidência da República. Houve centenas de manifestações de leitores. Algumas indignas de leitura. Outras válidas para o bom debate e sobretudo para a prevalência da verdade. 

Dentre os leitores que escreveram com linguajar adequado porém com visão equivocada e plena de sandices está aquele que assevera que "em resumo, moinhos de vento ... Ou uma nova justificativa para promover os expurgos e perseguições. Aliás com base em conceitos parecidos, a Academia brasileira foi destruída em 1964 e nos anos seguintes". Ademais, esse hiperplásico leitor (não sei o que isso significa, mas pela sonoridade conspurcada é aplicável ao caboclo) atribui mérito aos "cientistas esquerdistas, para não dizer comunistas" no sucesso dos americanos na construção da bomba atômica em 1945.

Ora, não é preciso expurgo e/ou perseguições por razões ideológicas. Basta expurgar os responsáveis pela classificação 740, na melhor universidade brasileira no ranking de produtividade científico-tecnológica, TOP 10, da Universidade de Leiden. Ou expurgar os responsáveis pela classificação 200 a 400, das cinco melhores universidades brasileiras em rankings, também sérios, mas [com critérios] menos rigorosos. Enfim, expurgar não é exatamente o termo adequado. Entretanto, os responsáveis pela péssima gestão das 69 universidades públicas federais precisam ser chamados às falas. Lembro que o Brasil tem êxitos em nível mundial, devidos às universidades, na Agricultura, em Medicina, em Defesa e vários outros campos. Portanto, é possível transformar essas ilhas de excelência em arquipélagos e até mesmo continentes de excelência. É preciso ação séria, qualificada e rigorosa na gestão das universidades, bem como de suas faculdades, departamentos e professores.

O grande papel dos "cientistas esquerdistas" no Projeto Manhattan foi levar a cópia dos projetos para a União Soviética e depois para a China. Para comprovar a verdade do que afirmei, recomendo a leitura dos seguintes documentos: "The Making of the Atomic Bomb", de Richard Rhodes; "Robert Oppeinheimer", de Ray Monk; e "Nuclear Express", de Thomas C. Reed e Danny B. Stillmann. Evidentemente, que os americanos falharam ao permitir que os cientistas espiões participassem do projeto. Os gênios honestos bastavam para completar a obra.

Livros com documentos oficiais da pesquisa & desenvolvimento e produção da bomba atômica.

Outra leitora com disrupção cognitiva trata do "medo que a direita (se é que existe uma direita que mereça este qualificativo ...) tem do 'marxismo cultural' só pode ser explicado pelo medo de perder, ela própria, a hegemonia 'cultural' que exerce há 500 anos".  Ela aduz que "é capaz de o povo descobrir que o que se vende por aqui como 'direita' e 'conservadorismo' é só ignorância preconceito e violência mesmo."

Não se trata de medo! O problema é que, no Brasil, o marxismo, o socialismo, o esquerdismo ou qualquer coisa parecida, podem ser caracterizados pela prisão de Curitiba, pelos bilhões que foram retirados do povo brasileiro para financiar outros países de mesmo viés, pelos 11 milhões de brasileiros que passam fome, pelos 13 milhões de desempregados, pelos desfalques na Petrobras e no BNDES, pelo clima de ódio implantado no inconsciente coletivo dos cidadãos e pelo clima de confronto que parlamentares da causa utilizam no Parlamento. Isso não é "ignorância, preconceito e violência"; é a verdade, a liberdade, a coragem e a ética que as esquerdas temem, assustam-se e sofrem. Alguns aprendem. Outros jamais!

Enfim, essa turma precisa ser combatida pelo bom combate, em terra, no mar e no ar; de dia e de noite; em qualquer circunstância e com todos os meios; e especialmente em seu próprio ambiente de luta.

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[Mensagens divulgadas em 'Comentários', na Folha de São Paulo online, de 9/Abr/2019  (Espaço disponível para cada mensagem: 600 caracteres)]
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