No artigo “Ministério terá mais militares do que em 1964”, as jornalistas Ana Beatriz Assam, Marianna Holanda e Marcelo Godoy (O Estado de S. Paulo, de 16 Dezembro 2018) tecem uma mixórdia de considerações baseadas em dados históricos parciais e em citações de intelectuais tupiniquins e até de um americano, provavelmente, desqualificado para ter sucesso em sua própria realidade.
Do americano, as sábias jornalistas citam a seguinte asserção: “... Ele [Bolsonaro] quer que o prestígio dos generais reflita numa melhora de sua imagem. Em outras palavras, o papel deles [dos militares] no governo é prover uma estatura que o próprio presidente não tem."
As sábias jornalistas poderiam informar que os governos de 1964 a 1985, com expressiva quantidade de ministros militares, elevaram o Brasil de 42ª para 8ª economia do mundo; elevaram a produção de petróleo de 75.000 para 750.000 barris diários; criaram o Banco Central, o BNDES, a EMBRAPA, a FINEP, o FGTS, ... e dezenas de outros órgãos essenciais; e construíram as maiores hidrelétricas do Brasil (e que estão entre as maiores do mundo). Há outras realizações, mas pode-se parar por aí.
Elas poderiam informar também que os militares brasileiros ajudaram os Aliados a varrer o nazismo da face da terra; e impediram que o cumunismo triunfasse no Brasil.
Adicionalmente, cabe uma sequência de perguntas às jornalistas. Bem que elas poderiam responder. Há algum problema em ter militares no governo? Há algum problema em alavancar o Brasil? Há algum problema em derrotar o nazismo e o cumunismo, os sistemas que mais assassinatos e torturas cometeram no mundo?
Essas sábias estão repetindo o que um sábio alicerçado na estupidez e no histórico desprezo nutrido por alguns estrangeiros contra o estado de coisas que permeia uma parcela de circunstâncias de nosso maltratado País. Estão repetindo o que intelectuais, jornalistas, políticos e artistas fizeram — especialmente de janeiro a outubro de 2018 —, que foi diminuir, ofender e insultar a figura do Bolsonaro. Essas sábias andam, pensam e escrevem com a face traseira voltada para a frente e se esquecem que há a impossibilidade de enxergar com as extremidades e cavidades glúteas.
Ora, o caboclo venceu a eleição a despeito dos mencionados intelectuais, políticos, jornalistas e artistas. Venceu combatendo a criminalidade, a corrupção; posicionou-se contra o maior escândalo político da história da humanidade; virou o cenário e o contexto político brasileiro de pernas pro ar e as sábias decidem caracterizar com estranheza a presença de militares no governo. Por que não usar a excelsa sabedoria para analisar a qualificação de cada militar que foi indicado para o governo e, por exemplo, compará-los com os ex-terroristas, com aqueles que estão no xadrez, com aqueles que estão sendo processados por corrupção; e que fizeram parte dos governos dos últimos 20 anos?
Repito o que já mencionei em outra amostra de “garranchos” — o que um lavrador semianalfabeto, que me semialfabetizou na infância chamava de “mal traçadas linhas” — isto é, faltam no Brasil, traumas, intelectuais e estadistas. Traumas como gênese de processos depuradores; intelectuais para apontar as sendas e os caminhos para a superação dos traumas; e estadistas para seguir os ensinamentos dos intelectuais, e desencadear e empreender o processo transformador. As notórias sábias poderiam preencher uma parcela do vazio e contribuir para quem está tentando preencher outra parcela e assim ajustar as contas com a grandeza tão mal aproveitada por milhões de desassistidos — mais de 50 milhões, para, utilizando um dado recente, ser preciso com a estratosférica dimensão das demandas.
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