ESTADÃO — 14/Ago/2018
Em seu principal editorial, o jornal Estadão faz a análise do cenário eleitoral, delineia a situação dos presidenciáveis em melhor colocação e ao se referir ao candidato Bolsonaro caracteriza-lhe de forma não condizente com o desempenho histórico do candidato.
RESPOSTA DESTE (E)LEITOR
No editorial “Um voto irracional” (Estadão A3, de 14 de agosto) consta a seguinte asserção: “… um rematado ignorante dos principais problemas econômicos do País, Bolsonaro criaria tal confusão e tensão que o ambiente de negócios, já muito difícil, se tornaria totalmente hostil”.
De fato, Bolsonaro não é nenhuma mistura de Caxias com Rio Branco, de Rui Barbosa com Castelo Branco; ou então não é nenhum Ben Gurion, Deng Xiao Ping ou Churchill. Mas com certeza, é melhor do que a fusão de Sarney com Color ou do que a junção de Lula com Dilma, cuja herança se traduz no maltratado Brasil que clama por mudança.
A questão essencial que os analistas insistem em ignorar é o efeito das transformações tecnológicas em todos os aspectos da vida humana e em especial na política. Estão vendados também para os efeitos quase miraculosos da revolução que a Operação Lava Jato está operando nas consciências e mentes dos brasileiros.
E por último, simples e óbvio, o fenômeno Bolsonaro tem o condão de continuar em ascensão diante da saraivada de ataques às vezes ferozes — mas não raro, produtos de miopia — de políticos, intelectuais, jornalistas e artistas contra sua pessoa. Ao agir assim, esses sábios se encarregaram de oferecer-lhe, de forma reversa, a plataforma, o meio e a estrutura que ele não dispõe, porque difere dos demais e o sistema lhe nega.
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