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O artigo “O bicho-papão do comunismo”, do Sr. Sérgio Fausto, presidente do Instituto FHC, se enquadra nessa impossibilidade. Contudo, formulei meu texto crítico associado a duas matérias (a outra com o título “Paulo Câmara [governador de Pernambuco]: ‘Não podemos admitir politização das nossas polícias’ ”) e assim incluí meu juízo de valor sobre o ‘bicho-papão’.
Relembro que o Sr. Sérgio Fausto é filho de Bóris Fausto, o autor de um livro que eu e Alessandra encontramos, traduzido para o francês, quando bisbilhotávamos uma livraria em Paris, por ocasião da visita à Sorbonne. Menciono esse evento porque o livro do Fausto, pai, foi levado ao mercado internacional, mais por seu acesso a fontes financeiras do governo do que pelo mérito da obra.
Enfim, segue minha reação ao que considero uma distorção política e ideológica.
A politização das polícias é corrigível. E a “politização” dos intelectuais? Claro, Aristóteles está se revolvendo na cova com esta indagação.
No artigo “O bicho-papão do comunismo”, o Sr. Sérgio Fausto decreta a inexistência de risco causado pelo sistema que assassinou mais de 100 milhões de seres humanos.
Nem uma palavra do sábio articulista sobre as ameaças do Foro de São Paulo e sobre as interações do ex-honesto, ex-corrupto e ex-presidiário com as gangues que prevalecem em Cuba e na Venezuela, e ameaça a Argentina; e sobre as interações do cabra com os demais intelectuais distópicos.
Quando há a politização das polícias, a população reage com descrédito. Com a “politização” dos intelectuais, há o falseamento da verdade, uma parcela dos cidadãos se prostitui e adere à “falsocracia”.
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[Divulgado no Estadão online de 19/Jun/2021]
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