quinta-feira, 1 de junho de 2023

Nulidade, desonra e injustiça

 

Neste primeiro dia de junho de 2023, foi noticiado que o presidente Luís Lula da Silva está indicando seu advogado, Sr. Cristiano Zanin Martins, para preencher a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O Sr. Zanin defendeu o presidente Lula nos vários processos que resultaram em sua condenação e encarceramento, durante mais de 500 dias, por crimes de corrupção e assemelhados. 

Como é de conhecimento público, por filigranas jurídicas, o Sr. Lula foi ‘descondenado’, a despeito de inequívocas provas constantes dos processos a que se submeteu. 

Conquanto o Sr. Zanin seja advogado de elevada qualificação, de acordo com o jurista Ives Gandra Martins, falta-lhe titulação acadêmica, o que lhe retira a condição de notório saber jurídico, exigido pela Constituição para investidura de ministro do STF.

 

 

SE os processos de nomeação de ministro da Suprema Corte adotados por Stalin, Hitler, Pol Pot, Fidel Castro e Hugo Chaves (ex-presidiários que alçaram ao Poder) fossem semelhantes ao do Brasil, ENTÃO cada um deles nomearia o respectivo advogado para a conspurcada Egrégia Corte de seu país. 

Coincidência no mérito, lógica insuperável e coerência inexcedível.

Diante do desastre e da vergonha, Aristóteles, Tomás de Aquino e Rui Barbosa estão se revolvendo no túmulo e pleiteando a mudança de seus nomes.

 

Aristóteles: 

“Aquele que não conhece nem justiça nem leis é o pior de todos os homens.”

“A virtude moral é uma consequência do hábito. Nós nos tornamos o que fazemos repetidamente. Ou seja: nós nos tornamos justos ao praticarmos atos justos, controlados ao praticarmos atos de autocontrole, corajosos ao praticarmos atos de bravura.”

Podemos inferir que um cidadão é corrupto quando pratica ato condizente com sua vocação, é condenado quando submetido a um processo justo, é preso quando enfrenta a efetividade da Justiça e é 'descondenado' quando há a negação da ética e moral e a opção dos juízes por covardia. 

 

Tomás de Aquino:

Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la.”

“Para aquele que tem fé, não é necessária uma explicação. Mas para aquele sem fé, não existe explicação possível.” 

Podemos inferir que para aquele cuja opção é a virtude moral, não é necessária uma explicação. Porém, para aquele cuja vocação é a corrupção — com certeza, admirador e defensor do socialismo e outras ‘distopias’ (como o nacional-socialismo e o socialismo real) — não existe explicação possível.

 

Rui Barbosa: 

“... Ao lado da vergonha de mim, tenho pena, tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto!” 

Por óbvio, inferência não é preciso!

 


[Divulgado no Estadão online de 1º/Jun/2023] 

 




 [Divulgado no Correio Brasiliense online de 1º/Jun/2023] 

 


  [Divulgado no Facebook da Folha de São Paulo em 1º/Jun/2023] 

 

 

 

 

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