sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A passagem de comando

No artigo “A passagem de comando” (Correio Braziliense de 11 de janeiro), citando ministro do STF — que, postando-se no primeiro degrau da anarquia, votou pela liberdade de bandido condenado por corrupção e outros malfeitos —, o Sr Luiz Carlos Azedo caracteriza como ovo da serpente ações de líderes militares, no contexto da estabilidade, da legalidade e da legitimidade, bem como a presença influente dos oriundos da caserna no governo recém empossado. 
É forçoso enfatizar  a consciência de que o ovo da cascavel está na atuação de políticos e empresários que praticaram a corrupção em nível jamais visto na história da humanidade, e dessa forma contribuíram para que milhões de crianças, idosos e outros cidadãos deixassem de receber o necessário para viver com dignidade; e está na mente e na ação de analistas e integrantes da instância judiciária que, por omissão ou má fé, deixaram que aqueles agissem a seu bel prazer. 
A presença de militares no atual governo corresponde a uma mudança ansiada e desencadeada pela maioria dos cidadãos que chegaram à fronteira do insuportável e viraram a arquitetura política brasileira de pernas para o ar. É lícito sugerir ao notável Sr. Azedo que trate dessa questão sem o viés do inconformismo e com a certeza de que a transformação é permanente, necessária e causadora do possível atingimento da paz e da harmonia, objetivo primacial de quem tem a virtude de pensar.

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