terça-feira, 9 de abril de 2024

Entrevista concedida ao Major Miranda

"O lavrador perspicaz conhece o caminho do arado."
Homenagem a Oscar Barboza Souto, antigo lavrador e comerciante.
In Memoriam.

O Maj Fábio Miranda Cordovil está fazendo mestrado na Fundação Getúlio Vargas com o objetivo de analisar o que Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação da cadeia da Base Industrial de Defesa podem fazer para promover a inovação e a implementação de modelos de negócios inovadores. 

Para a obtenção de subsídios para a elaboração da dissertação, o mestrando adotou a abordagem de entrevistar ex-Chefes do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) sobre os seguintes temas: trajetória profissional; Exército e a Inovação no Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército; Base Industrial de Defesa e Pesquisa & Desenvolvimento no Exército; e proposta para modelo de negócios.

A seguir, é apresentada a entrevista que o Major Miranda realizou comigo, General de Divisão Veterano Aléssio Ribeiro Souto, ex-Chefe do CTEx, no período de 2006 a 2009.

 

 

Trajetória profissional


1)   Qual o seu nome, idade e formação acadêmica?

– Nome: Aléssio Ribeiro Souto

– Idade: 75 anos

– Formação Acadêmica: 

§  graduação em Ciências Militares, especialidade Material Bélico, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Rio de Janeiro; 

§  graduação em Engenharia Elétrica no Instituto Militar de Engenharia (IME), Rio de Janeiro; 

§  mestrado em Engenharia de Sistemas e Informática, no IME, Rio de Janeiro; 

§  pós-graduação em gestão de Engenharia (Curso de Direção para Engenheiros Militares), carga horária de 900 horas, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), Rio de Janeiro; 

§  pós-graduação em gestão (Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército – CPEAEx), carga horária de 900 horas, na ECEME, Rio de Janeiro.

 

2)   Em quantas e quais Organizações Militares já trabalhou? E quantas comandou?

– Estudei em 4 Escolas Militares e servi em 11 Organizações Militares:

§  Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAr), Barbacena-MG;

§  Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Resende-RJ;

§  Instituto Militar de Engenharia (IME), Rio de Janeiro-RJ –– em duas ocasiões;

        §  Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), 
            Rio de Janeiro-RJ — em duas ocasiões;

§  4ª. Companhia Média de Manutenção (4ª. Cia Me Mnt), Campo Grande-MS;

§  20º. Batalhão Logístico Paraquedista (20º. B Log Pqdt), Rio de Janeiro-RJ;

§  Comissão Regional de Obras da 12ª.  RM (CRO/12), Manaus-AM;

§  Diretoria de Obras Militares (DOM), Brasília-DF — em três ocasiões;

§  Departamento de Engenharia e Construção (DEC), Brasília-DF – em duas ocasiões;

§  Comissão Regional de Obras da 11ª. RM (CRO/11), Brasília-DF;

§  Aditância de Defesa junto à Embaixada do Brasil, em Teerã-Irã;

§  Campo de Provas da Marambaia (CPrM), Rio de Janeiro-RJ;

§  Centro de Avaliações do Exército (CAEx), Rio de Janeiro-RJ;

§  Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Rio de Janeiro-RJ; e

§  Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), Brasília-DF

 

3)   Por quanto tempo comandou o CTEx

Comandei o CTEx durante 3 anos e 10 dias (de 18/04/2006 a 28/04/2009)

 

Exército e Inovação no Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército


1)   Pelo tempo de trajetória dentro do Exército o Sr já vivenciou diversas mudanças ocorridas em sua estrutura. A que o Sr atribui o direcionamento de transformação do Exército nos últimos anos?

      A transformação do Exército resulta de três condicionantes: 

– adaptação à dinâmica da evolução mundial, de tal sorte a reduzir o hiato operacional e tecnológico que separa o Brasil das principais potências; 

– manutenção da condição de País mais relevante da América do Sul e garantia da inviolabilidade de seu território, dado que o Brasil abriga a condição única e desafiante de fazer fronteira com 10 países do subcontinente, havendo apenas duas exceções entre todos os países sul-americanos: Chile e Equador; e

– oferta ao Estado nacional do Poder Militar minimamente adequado para suporte da defesa dos interesses brasileiros no cenário internacional.

 

2)   Dentro do Sistema de Ciência e Tecnologia do Exército, quais foram as principais mudanças ocorridas?

A principal mudança no período em que servi no Sistema de Ciência e Tecnologia foi a criação do Departamento de Ciência e Tecnologia, em substituição à Secretaria de Ciência e Tecnologia, bem como a adoção de Planos de Pesquisa, Desenvolvimento e Fabricação de Produtos de Defesa convenientemente estruturados e adequados à realidade de demanda do Exército.

 

3)   O Sr visualizou algum tipo de relação entre o exército, a academia e as indústrias? Como se deu essa relação?

A indagação eu a respondo, com base no período em que comandei o Centro Tecnológico do Exército. Inicialmente, convém ressaltar que de 2006 a 2009, o CTEx entregou para a Força Terrestre 6 Produtos de Defesa que jamais tinham sido pesquisados, desenvolvidos e produzidos por pessoal, empresa e recursos financeiros nacionais no Hemisfério Sul. Eles são: 

– Radar SABER M60 (para sistema de Defesa Antiaérea); 

– Simulador SHEFE (para treinamento de pilotos de helicóptero Esquilo e Fennec);

– Sistema MAGE-COM Veicular e Módulo Portátil para Guerra Eletrônica;

– Módulo de Telemática Operacional (MTO) para Comando e Controle em Combate; 

– Reparo de Metralhadora Automatizado X (REMAX) para a viatura Guarany; e 

– Viatura Chivunk (viatura com estrutura tubular, com suspensão independente nas 4 rodas e lançável de paraquedas.

Esses Produtos de Defesa foram projetados por Engenheiros Militares do CTEx, com a participação eventual e pontual de engenheiros de universidades federais, com a UNICAMP, USP e UFRJ; e foram fabricados, mediante encomenda, por empresas da Base Industrial de Defesa.

Nesse sentido, é imperioso mencionar que a interação entre o Sistema de Ciência e Tecnologia, a academia e a indústria é fundamental para que se obtenha os Produtos de Defesa requeridos pelo Exército. 

 

4)   Qual a sua percepção quanto a abertura (ou não) de troca ideias do exército e o mundo fora das fronteiras do exército?

Não há alternativa de solução sem a interação entre o Exército e o mundo externo, até porque a missão do CTEx, o principal órgão do Sistemas de Ciência e Tecnologia do Exército, é a pesquisa aplicada, o desenvolvimento experimental e a prestação de serviços tecnológicos. De um lado, o CTEx não se ocupa de produção industrial e, de outro, a gama de engenheiros do efetivo da organização não é suficiente para a ampla e complexa missão. Na meta de obtenção de Produtos de Defesa, o mundo além fronteira engloba a academia e a indústria, e deve ser enfatizado que os exemplos de sucesso já mencionados alicerçam com correção e precisão a proposição em tela.

 

Base Industrial de Defesa e Pesquisa &Desenvolvimento no Exército


1)   Como o Sr enxerga a relação entre a BID e o Exército Brasileiro?

A BID tem o objetivo fundamental de garantir os meios para que o Exército possa ter o poder militar adequado para a realidade conjuntural de um País que está entre os maiores do mundo, considerando os indicadores população, área geográfica e potencial de recursos naturais. É impensável imaginar que o Exército possa ter a missão de fabricar seus Produtos de Defesa ou de resto qualquer material requerido por sua missão operacional e administrativa.

 

2)   Como o Sr enxerga as atividades de P&D do Exército para a BID?

As atividades de Pesquisa & Desenvolvimento devem estar a cargo do Exército por intermédio do seu Sistema de Ciência e Tecnologia. Duas razões primordiais devem ser levadas em conta: como em outros Exércitos consagrados no mundo, a definição do tipo e das características dos Produtos de Defesa é estabelecida por aqueles que associam a formação operacional com a formação acadêmica, característica basilar de engenheiros militares do Sistemas de Ciência e Tecnologia; os montantes financeiros a serem empregados em P&D para uma produção limitada, como de grande parte de Produtos de Defesa, torna pouco viável que essa atividade seja feita no âmbito das indústrias civis.

 

3)    Com relação à P&D do Exército, como se dava a relação entre o Exército e as empresas no passado? E Hoje?

Considerando o passado circunscrito aos últimos 30 anos, anteriores à formulação da Estratégia Nacional de Defesa (END), a forma habitual era a contratação de empresas para a produção de Produtos de Defesa cuja P&D já tinha chegado a um protótipo ou estava na fase que antecede imediatamente a obtenção do protótipo.

Com a adoção da Estratégia Nacional de Defesa, empresas estrangeiras se interessaram pela instalação em território brasileiro e algumas empresas brasileiras foram adquiridas por essas empresas. Dessa forma, normalmente, essas empresas estrangeiras já possuem Produtos de Defesa, cuja P&D foi feita em seus países de origem. Em uma parcela expressiva de casos, esse cenário se tornou desvantajoso para os interesses nacionais com o sacrifício do objetivo de independência tecnológica.

 

4)    Qual o papel das Indústrias de Defesa (ID) no contexto da BID? Qual a sua percepção de como as ID enxergam a atividade de P&D do Exército? Há empresas que usufruem ou já usufruíram direta ou indiretamente de alguma inovação ou produto da P&D do Exército? Saberia citar algumas delas?

O papel das Indústrias de Defesa seria possibilitar a existência de uma Base Industrial de Defesa com razoável grau de autonomia e independência tecnológica — o que deve ser objetivo nacional relevante e permanente para garantir a inserção do País na amostra de potências globais.

No que se refere à forma como as Indústrias de Defesa enxergam a atividade de P&D do Exército, minha vivência me permite mencionar o período em que estive no serviço ativo. Nesse contexto, havia uma grande credibilidade das atividades de Pesquisa & Desenvolvimento do Exército perante os executivos e demais profissionais das Indústrias de Defesa. Conforme já foi ressaltado, os Produtos de Defesa entregues para a Força Terrestre que jamais foram desenvolvimentos no Hemisfério Sul, tiveram a inovação conquistada pelos engenheiros militares do CTEx e, portanto, até hoje há empresas usufruindo dos respectivos benefícios. Como exemplo, citaria as empresas Orbisat (fabricante de radar), Mectron (fabricante de míssil) e Ares (fabricante de sistema automatizado para metralhadora de viatura blindada). 

 

Proposta para modelo de negócios


1)   Enquanto Chefe do CTEx o Sr possuía uma visão sistêmica do Centro. Quais eram e quais são hoje os principais atores que se relacionam com o CTEx? Qual a relação desses atores com o resultado das atividades do CTEx?

O CTEX era e é subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT). No âmbito militar, por intermédio do DCT e com a devida autorização desse Departamento, o CTEx se ligava e interagia com o Estado-Maior do Exército e com o Ministério da Defesa, para tratar de questões ligadas à Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos de Defesa de interesse desses escalões superiores do Exército.

Em face da existência de materiais requeridos pela Força Aérea e pela Marinha, que essas forças também realizavam a P&D, o CTEx interagia com o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), do Comando da Aeronáutica, e com o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), na troca de conquistas tecnológicas e outros aspectos de interesse comum.

Como já mencionado, o CTEx interagia com a área acadêmica, podendo ser citados, como exemplos, as seguintes universidades e respectivas áreas:

– UNICAMP, na P&D do radar SABER M60;

– USP, na área de qualidade na gestão de projetos; e 

– UFRJ, no desenvolvimento de fibra carbono, a partir de rejeitos da indústria petrolífera.

Os êxitos de alguns projetos do CTEx tiveram contribuição pontual de engenheiros da UNICAMP e da USP. No caso da UFRJ, houve nessa universidade, a formação de quatro doutores, com teses fundamentais para a Pesquisa & Desenvolvimento de fibra carbono, um objetivo que poucos países do mundo conseguiram.

Por último, ainda nas interações externas, o CTEx interagiu com o Ministério da Ciência e Tecnologia e com a FINEP.

 

2) Não há como falar de P&D sem falar em recursos orçamentários. Como se dava a questão de obtenção recursos para as atividades de P&D? Havia algum tipo de parceria? É possível caracterizar as principais fontes de recursos e a porcentagem desses recursos? Havia alguma expectativa das atividades de P&D se tornarem mais sustentáveis por meio de algum tipo de receita?

Os recursos para o cumprimento da missão do CTEx eram oriundos do orçamento do Exército, mediante alocação realizado pelo Estado-Maior do Exército, com a intermediação do Departamento de Ciência e Tecnologia. Como exceção, havia recursos oriundos do orçamento do Ministério da Defesa e até do Gabinete Civil da Presidência da República, alocados para o Exército, para emprego pelo CTEx.

Outra fonte fundamental para Pesquisa & Desenvolvimento de Produtos de Defesa era o Ministério da Ciência e Tecnologia e sua empresa vinculada, a FINEP. Em alguns casos, como o Radar SABER M60, os recursos oriundos da FINEP ultrapassaram 75% do montante total empregado nessa crucial conquista para o Sistema de Defesa Antiaérea do Exército. Nesse sentido, a interação com a FINEP se mostrou necessária e eficaz. A busca da sustentabilidade nem sempre é possível, porém é desejável uma vez que se constitui em fator de êxito.

 

3)   A quem se destina o produto das atividades do CTEx? Quais são as principais entregas do CTEx para a sociedade? De que forma elas chegam até os clientes finais? Há algum tipo de feedback? Quais são os principais recursos necessários para viabilizar essas entregas?

O beneficiário final das atividades do CTEx é a Força Terrestre. Dentre as entregas pelo CTEx, além dos 6 Produtos de Defesa já mencionados, podem ser citados também, os seguintes Produtos de Defesa iniciados em gestões anteriores ao período de minha Chefia no CTEx ou iniciados em minha gestão e não totalmente concluídos:

– Simulador TIRO PST (Treinador Informatizado com Requisita Operacional para Pistola);

– ALAC (Arma Leve Anticarro);

– Míssil MSS 1.2 AC (Míssil Superfície-Superfície 1.2 Anticarro) — estava paralisado há quase 10 anos e, em 2007, o projeto com a empresa europeia foi rescindido e recontratado à empresa brasileira Mectron, de São José dos Campo que, anteriormente, participava do desenvolvimento internacional conjunto;

– VANT VT15 (Veículo Aéreo Não Tripulado, alcance de 15 km) – esse VANT voou, mas o Exército mostrou desinteresse na continuação e aperfeiçoamento;

– Viatura VLEGA Gaúcho – Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportável, em parceria com o Exército Argentino — tem similaridades com a Viatura Chivunk;

– Viatura Especial de Patrulhamento (VESPA-01) — desenvolvida em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro;

– Estágio de Resposta a Emergências Químicas, Bacteriológicas, Radioativas e Nucleares;

– Luneta e Monóculo Diurno/Noturno;

– Morteiros 120, 81 e 60 mm (os dois últimos, armas da 1ª Guerra Mundial, que o Brasil já tinha, porém não dominava a tecnologia para produção);

– Munição Pré-Raiada com Propulsão Adicional (PRPA), artefato pioneiro para morteiro 120 mm;

– Transceptor TRC VHF 1193 — Rádio Mallet; e

– Fibra Carbono, pesquisada e produzida a partir de rejeitos da indústria petrolífera.

O entendimento deste entrevistado é que as quase duas dezenas de Produtos de Defesa já mencionados, entregues para o Exército constituem-se em entregas para a sociedade. Afinal, o Exército se constitui em organização, mecanismo e instrumento de todos os cidadãos, objetivando a garantia da segurança, da sobrevivência individual e coletiva e da prevalência do Estado e da Nação. O Exército não é senão um braço da sociedade. O feedback pode ser constatado pelas seguintes ilustrações: 

– a economia de recursos financeiros na formação pilotos no Comando de Aviação do Exército, resultante da utilização do Simulador de Treinamento de Pilotos; 

– o habitual emprego do Radar SABER M60 em atividades de Artilharia Antiaérea; 

– o recente desenvolvimento de Radar SABER M200, para emprego amplo em distância 3 vezes maiores do que a distância do pioneiro M60; e 

– a recente transferência do míssil MSS 1.2 para emprego da segurança na fronteira com a Venezuela e Guiana; 

Ao se tratar de recursos necessários para entregas, devem ser enfatizadas as demandas do Exército e a disponibilidade orçamentária; em suma, quer-se ressaltar a encomenda. Os seguintes aspectos devem ser considerados:

– a percepção das lideranças do País sobre possíveis ameaças — há ameaças para o Brasil, embora não explícitas nem declaradas;

– o interesse do Estado brasileiro nos fóruns internacionais — dúvida não há dúvida sobre a necessidade de Poder Militar para a garantia dos interesses; e

– a consciência dos cidadãos sobre a relevância da Defesa nacional para um País com as dimensões continentais do Brasil, grande população e recursos naturais amplos e fundamentais — a rigor, não há uma consciência plena da imprescindibilidade do poder de defesa.

 

4)   Sobre potencial capacidade de uso dual de produtos resultantes da P&D do Exército, o Sr enxerga uma viabilidade desses produtos ultrapassarem as fronteiras do Exército Brasileiro? Que tipo de benefícios o Exército poderia obter com a oferta desses produtos, além dos limites do uso pelo próprio Exército?

Sobre a capacidade dual, uma parcela não tão expressiva pode ter emprego dual, de tal sorte que o fomento de empresas da Base Industrial de Defesa pode ocasionar o fomento paralelo. Contudo, a maior vantagem do fomento de empresas da Base Industrial de Defesa é a criação da possibilidade da exportação de Produtos de Defesa. No passado, as exportações dos veículos Urutu e Cascavel são os exemplos mais expressivos. No presente, eventuais exportações de aeronaves militares e possíveis exportações de viaturas blindadas constituem a reafirmação da proposição ora exposta. O Brasil, o Exército e os brasileiros são beneficiários incontestes do fomento e evolução da Base Industrial de Defesa.

 

 


 


 

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