Em face do artigo “Clube Militar desafia posição do Comandante do Exército e agenda comemorações do 31 de março de 1964”, de 12/Mar/2023, uma senhora chamada Rita de Cássia postou comentário grosseiro e ofensivo contra as instituições castrenses em geral e em particular contra seus integrantes, os militares.
Com seu posicionamento, ela agrediu a memória de seus pais, que devem ter lhe dado o nome em homenagem à Santa Rita de Cássia, nascida no século XIV e cuja evolução pessoal e profissional ocorreu sob a égide do amor e da caridade.
Ademais, agrediu o bom senso, a lógica e a razão ao se caracterizar como apoiadora do ex-honesto, ex-corrupto, ex-condenado e ex-presidiário e contribuinte para sua vitória no pleito presidencial.
A seguir, é apresentada a resposta de um humilde soldado a essa senhora vocacionada para a grosseria e para a agressão (apenas uma síntese foi apresentada à malfadada interlocutora). Por óbvio, não valeria a pena dialogar, debater e interagir com gente como ela, porém, é conveniente fazer ver aos demais leitores — aqueles cuja atuação e vivência se direcionem para a busca de um mundo melhor e mais adequado — uma visão contraditória, destituída dos sentimentos ofensivos com que ela se comporta em questões públicas.
Quem bebe, cheira e perde o rumo, deveria se abster de postar comentário. O melhor seria esperar a recuperação e fazer um programa de leitura. Poderia alinhavar: Sun Tzu, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, Hobbes, Locke, Adam Smith, Leibnitz, Marx e Heidegger, como ponto de partida para o início do processo de aprendizado da faculdade primordial do ser humano: a faculdade de pensar.
Com Sun Tzu, aprenderia a arte de lutar e, com sabedoria, vencer.
Com Platão e Aristóteles, assimilaria os fundamentos da política, da moral e da ética.
Com Tomás de Aquino, adquiriria a visão sobre a interação construtiva entre ciência e religião.
Com Hobbes, visualizaria a vocação pelo autoritarismo, com ênfase para os doentios nacional-socialismo e socialismo real (vale dizer, os doentios nazismo e comunismo), que se inspiraram no ideário 'hobbesiano'.
Com Locke, vislumbraria as virtudes do liberalismo e seus alicerces, isto é, a liberdade e a propriedade privada.
Com Adam Smith, iluminar-se-ia com as luzes da economia moderna, sob o manto do liberalismo econômico e da inovação tecnológica.
Com Leibnitz, conscientizar-se-ia de que a vontade do homem é livre e autônoma, não violando as leis naturais, seguindo, portanto, um determinismo universal.
Com Marx, conheceria as incoerências do socialismo, metaforizadas pelos dramas de sua evolução familiar (dos 7 filhos com a esposa Jenny, devido às más condições de vida, em Londres, apenas 3 sobreviveram à idade adulta: Eleanor, Laura e Caroline, sendo que as duas primeiras cometeram suicídio; em relação ao filho Frederick, nascido com a empregada Helena, Marx solicitou que Engels assumisse a paternidade).
E com Heidegger, contrariando-o (pois aderiu ao nazismo para se tornar reitor de universidade alemã), vislumbraria a ideia de que ninguém deve aderir ao autoritarismo para chegar a seus fins.
Dessa forma, a senhora Rita de Cássia descortinaria a diferença entre a evolução cerebral que trouxe os animais à condição humana; e a que os levou de volta à condição animalesca de associação com a corrupção e com a rapinagem, com todos os retrocessos que a sociedade acometida por esses males enfrenta.
Bem simples, sem agressão, ofensas e grosserias.
E não se preocupe: o aprendizado da cortesia e da elegância é longo e acidentado.
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