terça-feira, 31 de março de 2020

O discurso certo na tragédia do coronavírus


Na pandemia do coronavírus, o governo federal tem empreendido uma adequada reação à maior crise do século XXI, com atuação exemplar dos ministérios da Saúde, da Infraestrutura, da Justiça, da Economia e das Relações Exteriores. Entretanto, nesses dias tormentosos, a comunicação social da parte do presidente da República apresentou inadequação com impacto inequívoco, especialmente porque isso permitiu aos opositores a oportunidade de contra-atacar com enorme ganância e irresponsabilidade.

Neste emblemático 31 de março de 2020, o Presidente da República se superou e surpreendeu a todos, proferindo um discurso a altura da gravidade da conjuntura. Envidei esforços para bem caracterizar o acerto do Presidente Jair Bolsonaro.
O pronunciamento do Presidente da República foi excelente: 
(i) mostrou várias ações governamentais adequadas para a luta contra a pandemia; 
(ii) apontou a relevância de salvar vidas agora; 
(iii) demonstrou grande preocupação com as camadas mais pobres da população; 
(iv) caracterizou com ponderação a inequívoca necessidade de enfrentar a crise econômica que virá e impactará fortemente a vida de todos; e 
(v) não mencionou atritos e disputas com parlamentares, governadores, redes de mídia e integrantes da comunidade científica. 

Não gostaram do pronunciamento:
(i) os defensores de corruPTos favoritos; 
(ii) os que estão em estado de alegria pela liberdade dos políticos criminosos que estavam presos; 
(iii) os que preconizam que o País não está tão ruim que não possa piorar um pouco mais; 
(iv) os que pregam que o coronavírus é um bem para resolver a derrota política dos que assaltaram o País durante 14 anos; 
(v) as empresas de mídia que perderam a fonte de recursos públicos indevida; 
(vi) os intelectuais, artistas e jornalistas que perderam os ganhos fáceis; e 
(vii) os políticos inconformados como o fim do toma lá da cá. 
Esse povo está inconformado.
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(Mensagens divulgadas no Estadão online de 31/Mar/2020)
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Contragolpe de 1964


Alguns leitores do Estadão (apenas uns poucos; ainda bem!) postaram mensagens ofensivas por causa das lembranças corretas de autoridades da República sobre o Contragolpe de 1964.
Respondi de forma efusiva, lembrando as mazelas daqueles que se opõem ao movimento que nos salvou do comunismo hediondo e empreendeu a transformação do Brasil para as futuras gerações, com benefício para todos, inclusive para os que maculam a liberdade e conspurcam a verdade.
#DitaduraNuncaMais na Venezuela, em Cuba, na Alemanha nazista, na União Soviética, na Coreia do Norte, na Itália fascista. Excelente jargão! 
Vamos completar: #ForoDeSãoPauloNuncaMais, #CorrupçãoEtCorruPTosNuncaMais, #TerrorismoNuncaMais. 
De 1964 a 1985, houve problemas? Sim. De um lado, morreram 430 que queriam implantar o comunismo. Do outro, morreram 120 que impediram. 
Além disso, um resultado: a 43ª economia do mundo tornou-se a 8ª. 
E muito mais: Banco Central, FGTS, BNDES, as grandes hidrelétricas, a Telebrás, a agropecuária, de 200 mil universitários para 2 milhões e muito mais.

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[Divulgando no Estadão online de 31/Mar/2020]
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segunda-feira, 30 de março de 2020

Coronavírus — o problema versus a solução


No que concerne à pandemia do coronavírus e ao possível combate à doença correlata por intermédio da HidroxiCloroQuina, há mais ou menos 10 dias atrás, um amigo acessou um artigo sobre o uso dessa substância na cura da doença e, estando com os sintomas de infecção pelo vírus atemorizador, devidamente orientado por médico com experiência no tratamento da malária com a citada medicação, fez uso dela e em menos de 72 horas teve os sintomas plenamente cessados. 
Numa reunião informal, o debate conduziu à ideia de fazer chegar ao conhecimento de autoridades governamentais o relatório elaborado por cientistas franceses e o efeito sobre um paciente acometido da doença. É bastante provável que, anteriormente, as autoridades já tinham tomado conhecimento dessa possibilidade. 
De qualquer sorte, em resposta, foi informado que houve determinação governamental para estudos correlatos, bem como a ampliação da fabricação da substância por laboratórios nacionais. Deve ser enfatizado que há várias décadas, a HidroxiCloroQuina é fabricada no Brasil e utilizada no tratamento da malária. 
Divulguei via WhatsApp no grupo de nosso condomínio, a notícia sobre essa perspectiva animadora, bem como o citado artigo de pesquisadores franceses que fizeram experimentos com cerca de 40 pacientes. Um integrante do grupo postou comentário — a meio caminho entre a ironia e a indelicadeza — contrário à aplicação do medicamento, sob a alegação que não havia um número razoável de experimentos que comprovassem a eficácia do tratamento. O comentário foi acompanhado de um vídeo contendo testemunho de médico brasileiro radicado nos Estados Unidos, apontando a inconveniência de tratamento não devidamente aprovado pela comunidade científica e pelos órgãos públicos encarregados da respectiva aprovação.
Minha constatação: há uma rede de alcance nacional objetivando potencializar a crise da pandemia do coronavírus, com atuação escusa, caracterizada pela proposta de divisão entre as autoridades empenhadas no processo, bem como pela divulgação de tudo o que for negativo e pela neutralização de qualquer novidade que represente esperança e otimismo. Afora a conhecida campanha da mídia, três evidências  identificaram a iniciativa hedionda, somente factível de parte de pessoas ideologicamente doentes. Ao me referir a evidências ressalto que não se trata de indícios ou de notícias “fake”, uma vez que há comprovantes, na forma de vídeo, áudio e artigo publicado.
Uma personagem do meio cultural, filha de consagrada atriz de cinema e teatro, publicou um artigo dando vivas ao coronavírus e concitando as pessoas a embarcarem na canoa da utilização da respectiva crise para opor-se e derrotar o governo federal. 
Um jornalista — ex-deputado do PT e depois do PSol — criticou com veemência e acidez o presidente da República, durante quase uma semana, e depois, ao ler o artigo da artista, voltou atrás, divulgou um áudio, retratando-se e pedindo contritas desculpas à população e ao presidente da República. 
O áudio de uma reunião oficial de administração pública nordestina mostra um funcionário estadual discursando e concitando a população a atuar de todas as formas possíveis e imagináveis, valendo-se da pandemia do coronavírus, para atribuir ao governo federal toda a responsabilidade pelos terríveis aspectos da crise. Afora ser uma reunião oficial, o discurso de um funcionário com responsabilidades públicas preconiza as ações em nome de alta autoridades nordestinas de oposição ao governo federal.
Adicionalmente, constatei que o replicante de minha mensagem atinente ao tratamento da doença através da HidroCloroQuina faz parte da rede nacional, integrada por políticos, intelectuais, jornalistas e artistas contrariados, apoiados por redes de televisão impedidas de receber recursos públicos de forma não republicana, com o inequívoco objetivo de potencializar o caos resultante da pandemia do coronavírus, como forma de exercer a oposição e tentar voltar ao poder.
Minha resposta ao replicante do condomínio — possivelmente um médico, que pelas ações que está empreendendo, poderia ser considerado um falso médico — é apresentada a seguir.

“Quanto às considerações metodológicas, creio que o Prof. Marcelo [cientista brasileiro que se encontra nos Estados Unidos e gravou depoimento posicionando-se contra a utilização de procedimentos não consagrados] tem razão.
Minha dissertação de mestrado, na década de 1980, tratou do desenvolvimento de um Sistema Especialista para diagnóstico de sistemas complexos (componentes eletro-hidro-mecânicos de carro de combate), baseado em Inteligência Artificial. 

Uma das principais referências que utilizei foi o sistema de diagnóstico médico chamado “MYCIN” (existe o livro com esse título). O MYCIN é um sistema computacional de diagnóstico de doenças infecciosas.
Sua validação foi feita com 500 casos  reais arquivados no hospital da universidade de Stanford. Os diagnósticos do MYCIN foram comparados com os diagnósticos reais daquele hospital, bem como com os diagnósticos contratados a 3 médicos especialistas da Costa leste americana. O autor do MYCIN é um médico cientista com PhD em Engenharia de Computação, na área de Inteligência Artificial (na década de 1980 era embrionária, mas já existia, especialmente em diagnósticos complexos).
Portanto, dúvida não resta. Quarenta experimentos não caracterizam uma amostra razoável para comprovar a eficácia de um medicamento. Porém, na roça de onde venho, toma-se remédio de origem vegetal que jamais foi submetido a um único experimento. Meu pai, semianalfabeto meio curandeiro, salvou dezenas de vida com um remédio local para picada de cascavel e jararaca (não raro fatal, naquela região).
No caso da moléstia causada pelo coronavirus, pode ser que o médico e o paciente tenham que fazer a opção entre um milagre ou a HidroxiCloroQuina.”

Enfim, em contraposição aos integrantes da rede nacional do contexto em que “nada é tão ruim que não possa piorar um pouco mais”, vale ressaltar o velho adágio que preconiza a assertiva de que “em tempo de crise, cada um deve renunciar à potencialização do problema e inserir-se no processo da solução ou então recolher-se ao universo da respectiva insignificância.”

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domingo, 29 de março de 2020

F. A. Hayek e a Ingenuidade da Mente ...


Nesses tempos do atemorizador coronavírus, o isolamento social impõe a permanência em casa, de tal sorte que de 11 de março até hoje, passados 18 dias, só deixei minha residência —a que me refiro emotivamente como Casa em Cima do Mundo — uma única vez para vacinar contra a gripe. Assim, houve uma intensificação da leitura e cinema pela TV. 
Um dos livros que estou lendo com grande interesse é “F. A. Hayek e a Ingenuidade da Mente Socialista”, coletânea organizada e transformada em livro por Dennys Garcia Xavier. Algumas informações e ideias contidas no livro são agora transcritas.
Hayek advogou a luta pelo liberalismo, a luta contra o avanço dos poderes estatais e a defesa do livre mercado.
Hayek participou da Escola Austríaca de Economia, muito voltada para o liberalismo, para o conservadorismo e para a luta contra o autoritarismo nazista e comunista.
Hayek e seu mestre von Mises atribuíram importância à antiga tradição liberal e a seu resgate para desafiar a evolução dos estatismo e do socialismo no século XX. Para ambos, “essa restauração se daria com o esforço de:
     valorização de instituições como o Estado de Direito, com regras previsíveis e em vigência da mesma forma para todos os cidadãos, membros do corpo político;
– consequente combate aos privilégios conferidos pelos Estado;
– autonomia dos empreendedores, para seguir multiplicando a riqueza; e
– respeito à propriedade privada.”
Hayek esteve no Brasil na década de 1980. Em entrevista aqui concedida, ele classificou uma lista considerável de pensadores de todo o mundo em três categorias: os construtivistas, os libertários e os muddleheads
Pensadores construtivistas – aqueles que desvalorizam a tese dos desenvolvimentos e movimentos espontâneos na sociedade como forças essenciais de fabricação das instituições e realizações mais valorosos. Trata-se daqueles que formulam os fundamentos básicos do autoritarismo, cujos emblemas mais representativos são o nazismo e o comunismo.
Pensadores libertários – aqueles que apostam na necessidade de uma postura mais humilde acerca dos poderes da razão e reconhecendo que muito do que a humanidade construiu de útil não deriva dela [da razão] e de seus esquemas, mas do agregado de ações individuais e interações espontâneas. Trata-se daqueles que formulam os fundamentos básicos do liberalismo, palavra síntese que deve ser traduzida por democracia, estado de direito e liberalismo econômico.
Pensadores muddleheads – aqueles que, de maneira considerada inconsistente, permanecessem em posição intermediária e manifestassem ideias conflitantes.

### Libertários, não raro, são chamados de liberais. Nos Estados Unidos, a palavra “liberal” foi adotado por políticos e intelectuais economicamente intervencionistas — adeptos do programa econômico keynesiano do New Deal do governo de Franklin Roosevelt e integrantes do Partido Democrata. “Liberal" é, até hoje, nos EUA, sinônimo de “esquerda”.
### No Reino Unido, a Sociedade Fabiana é uma organização socialista britânica cujo objetivo é promover os princípios do socialismo democrático através de esforços gradualistas e reformistas nas democracias, em vez de derrubá-las revolucionariamente.

Na mencionada entrevista concedida no Brasil nos anos 1980, Hayek apresentou uma identificação de scholars integrantes das três categorias de pensadores. Conquanto, em minha visão, haja uma interseção entre as categorias, de tal sorte que alguém possa advogar conceitos e teses que pertençam a mais de uma delas, trata-se de um ponto de partida adequado para se analisar os sistemas políticos, econômicos e sociais prevalentes no mundo.

Construtivistas
Muddlehead
Libertários
Platão (428-348 a. C.)
Thomas Hobbes (1588-1679)
Francis Bacon (1561-1626)
François-Marie Voltaire(1694-1778)
René Descartes
Jean Jacques Rousseau (1712-1778)
Georg Friedrich Hegel (1770-1831)
Augusto Comte (1798-1857)
Karl Marx (1818-1883)
John Dewey (1859-1952)
Sidney Webb (1859-1947)
Max Weber (1864-1920)
John Maynard Keynes (1883-1946)

Aristóteles (384-322 a. C.)
São Tomás de Aquino (1225-1274)
Alexander Hamilton (1775-1804)
Thomas Malthus (1766-1834)
John Stuart Mill (1806-1873)
Joseph Schumpeter (1883-1950)
Péricles (495-429 a. C.)
Sócrates (469-399 a. C.)
John Milton (1608-1674)
John Locke (1632-1704)
Montesquieu (1689-1755)
David Hume (1711-1776)
Adam Smith (1723-1790)
Immanuel Kant (1724-1804)
Edmundo Burke (1729-1797)
Whilhelm von Humboldt (1767-1835)
Friedrich von Schiller (1759-1805)
David Ricardo (1772-1823
Tomas B. Macaulay (1800-1859)
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
Charles Darwin (1809-1882)
Abraham Lincoln (1809-1865)
William E. Gladstone (1809-1898)
Ludwig von Mises (1881-1973)
José Ortega y Gasset (1883-1955)
Eugênio Gudin (1886-1986)
Friedrich August von Hayek (1899-1992)
Karl Popper (1902-1994)
Roberto Campos (1917-2001)

Para alguns, com familiaridade com os pensadores elencados, o livro é a confirmação do que tiver sido lido, analisado e transformado em conhecimento. Para outros, é a oportunidade de iniciar imediatamente a leitura de uma expressiva amostra do universo e agregar valor à faculdade de pensar — e, à luz do mérito e demérito do que tiver sido assimilado, não reclamar, não produzir incoerências e, sobretudo, condicionar as próprias opções, decisões e ações ao bom senso, ao equilíbrio e à busca da paz e da harmonia.

Da leitura de um livro complexo mas instigante, cabe uma asserção que bem caracteriza o livro. O parágrafo apresentado a seguir, constante do capítulo de autoria de Lucas Berlanza Corrêa é ilustrativo e emblemático.

“Em retrospectiva, uma observação cuidadosa da obra de Hayek situada no tempo e comparada, pela sua própria perspectiva, com grandes pensadores da História, atesta que ele estava especialmente interessado em defender a liberdade e a ampliação das prerrogativas dos indivíduos como algo que seria mais facilmente alcançado se a condução dos rumos da política não se sustentasse na confiança cega em ideólogos ou filósofos, mas no respeito pelo trabalho dos séculos, apostando-se menos na racionalidade humano como uma ferramenta infalível, supostamente investida da missão de destruir a cultura e as instituições tal como estão estabelecidas para criar algo novo. 
Para avaliar qualquer autor e emitir qualquer posicionamento,
Hayek usava esse critério como régua, apontando méritos e deméritos a partir do alinhamento à visão dita construtivista ou à visão dita libertária.” 

Por fim, devo mencionar os embates nacionais a respeito do enfrentamento da pandemia do coronavírus — que foi a motivação de que resultou a leitura do magnífico livro sobre o Hayek. 
As disputas pela busca de proeminência, pelo aproveitamento da crise como cacife para ingressar no inconsciente coletivo e em eventual futura preferência eleitoral têm levado autoridades de grande responsabilidade, ao destempero, à grosseria e ao ridículo. Nesse contexto, a calma, a paciência e a elegância requeridas para as avaliações e tomada de decisão são maculadas de forma absolutamente inaceitável.
Enfim, riscos existem. Cenários favoráveis, intermediários e catastróficos não podem ser desprezados. Mas a coerência na análise dos efeitos da crise — mortes causadas pelo terrível vírus, medidas para a mitigação das consequências, impactos no campo social e econômico no pós-pandemia (podendo até ocorrer óbitos em demasia) — têm sido abandonados em favor de disputas mesquinhas e tentativas de desmoralização de possíveis oponentes.
Há indicações de que governadores, parlamentares e organizações de mídia (Omerta Globo e Omerta CNN) estão radicalizando, não no combate à pandemia, mas na tentativa de desestabilizar e mudar o governo federal.
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sábado, 28 de março de 2020

Os três patetas da República

A presidência da República está emparedada por três personagens inconsequentes e prejudiciais aos destinos da sociedade brasileira: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente do Senado Davi Alcolumbre e o ministro da Suprema Corte, Dias Toffoli.

Com uma frequência recorrente, eles se posicionam de forma a contrariar os elevados interesses nacionais.

Depois de uma conversa entre os três patetas da República, o Alcolumbre, representante do Amapá, divulgou nota em que vitupera as palavras do presidente da República, atinentes à pandemia do coronavírus — atenuadoras, de tal sorte a aliviar as severas aflições da população —, e teve o estímulo do presidente da Câmara para que assinasse a nota, sob a alegação de que além dele próprio, outras autoridades deveriam bater devidamente no mandatário da Nação.

 

Constata-se que o Botafogo tenta arrastar governadores e o senador do Amapá em sua sanha corruPTa. E todos aceitam embarcar. É compreensível. Concorde-se ou discorde-se do presidente da República, a transformação da prática política está incomodando os canalhas. A maioria do povo brasileiro acertou. O País está no caminho certo, mesmo que aos trancos e barrancos.

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[Divulgado no Globo online de 28/Mar/2020]

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sexta-feira, 27 de março de 2020

Aleivosia do corruPTo


Como tem ocorrido com frequência, desde que a Suprema Corte adotou a esdrúxula decisão de libertar o ex-presidente condenado por corrução e outros crimes, essa figura nefasta resolveu opinar sobre a possibilidade de afastamento do Presidente da República.
A razão alegada é o discurso do alto mandatário pregando a contenção nos procedimentos de isolamento social como forma de evitar uma crise econômica de proporções imprevisíveis.
A condição de condenado em duas instâncias judiciais deveria impor restrições, seja no cárcere seja em liberdade condicional e, especialmente, impedir que um criminoso fique opinando sobre questões de Estado.
Não hesito em enfatizar que o caboclo tinha que estar enjaulado em penitenciária de segurança máxima pelo perigo que representa. Os recursos que ele e seus apaniguados desviaram da saúde evitaria que a mortalidade infantil fosse 12,6 mortos para mil nascidos. Mas de 15.000 crianças sobreviveriam por ano se esse índice fosse reduzido para a metade, isto é, para 6,3 [não custa lembrar que nos 50 países mais desenvolvidos, a mortalidade infantil varia de 2 a 6 mortos para cada mil nascidos]. Em consequência, ele solto é mais perigoso do que o coronavírus. Só se enganam aqueles que têm bandido favorito, corruPTo favorito.
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[Divulgado no site Yahoo em 27/Mar/2020]
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quinta-feira, 26 de março de 2020

Coronavírus e a crise econômica


Tudo indica que a pandemia do coronavírus causou o caos na mente de muita gente. É a pandemia do intelecto (o intelecto de alguns é perigoso). Evitar mortes pela infecção do vírus aterrador é inquestionável. Da mesma forma, evitar que a crise tome proporções incontroláveis — e venha, em uma segunda fase, causar uma quantidade maior de mortes, seja pela falta de recursos para a saúde, seja até mesmo pela fome que poderia sobrevir, seja por outras razões associadas com as dramáticas consequências de uma atitude não equilibrada dos gestores — é igualmente inquestionável. 
O governo federal adotou medidas que colocam o Brasil à frente até mesmo de países desenvolvidos, como é o caso da Itália, França e Espanha.
Em realidade, houve falhas de comunicação social, das quais se aproveitaram especialmente aqueles que continuam no inconformismo por serem vítimas da mudança de paradigma da prática política brasileira — com a recusa da Presidência da República de compactuar com o “toma lá da cá” e com a corrupção — para atribuir ao governo federal a culpa de todos os males gerados pelo coronavírus.
Especialmente, malfeitores contumazes como a Omerta Grandiosa e o malandro que foi despedido pela Embratur por corrupção (quem quiser saber, é só perguntar o nome do meliante para o ex-governador do Ceará).
Então opino.
Uma porção de médicos não consegue salvar doentes de doenças, uma vez que viver ocasiona a morte (quem duvida da assertiva, pergunte-se onde andam seus tataravós). E olha que eu não estou me referindo a erros médicos. 
Uma porção de especialistas não consegue enxergar que a crise vai levar a muitas mortes por falta de recursos. Até um macaco poderia entender que é preciso salvar gente do vírus Covid-19, mas também do vírus da estupidez. É preciso equilíbrio entre mortes causadas pela doença e mortes causadas pela crise econômica. Trata-se de uma ideia macabra, mas vidas podem ser salvas pela compreensão das imposições da condição humana. A propósito, seria interessante que alguns humanos virassem macacos. Aí haveria a possibilidade de uma melhor evolução e uma melhor compreensão da referida condição!
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 [Divulgado no Globo online de 26/Mar/2020]
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Pandemia ou economia?

O que é mais importante, o ar atmosférico ou a alimentação? 

O que é mais importante, a Saúde ou a Educação?

Quem é mais importante, o pai ou a mãe

O que é mais importante, a crise da pandemia do coronavírus ou suas consequências para a economia? 

É possível priorizar um aspecto em detrimento do outro?

Essa discussão nem precisa de amparo da lógica, da razão, do bom senso e da inteligência. 

Na vida humana, muitos aspectos devem ser tratados concomitantemente, cada um com seu momento, todos com relevância, todos sendo abordados com a ênfase requerida, na ocasião aprazada e nada sendo deixado para trás.

 

Uma porção de médicos não consegue salvar doentes de doenças, uma vez que viver ocasiona a morte. E olha que eu não estou me referindo a erros médicos. 

Uma porção de especialistas não consegue enxergar que a crise vai levar a muitas mortes por falta de recursos. Até um macaco poderia entender que é preciso salvar gente do vírus Covid-19 e do vírus da estupidez. 

É preciso equilíbrio entre mortes causadas pela doença e mortes causadas pela crise econômica. Humanos precisam virar macacos!

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[Divulgado no Globo online de 26/Mar/2020

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Problemas essenciais da República em 2020


Incluo neste blog uma mensagem confidencial, enviada para dois amigos, ambos ex-integrantes de alta cúpula institucional. Para esta publicação, o texto inicialmente telegráfico foi revisado e ampliado para que no futuro, o leitor possa ter a devida contextualização (conto com a possibilidade de ter pelo menos um leitor).
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Caros amigos,
Em outubro de 2018, o candidato Jair Bolsonaro conseguiu derrotar a estupidez de forma surpreendente e eleger-se presidente da República. É um animal político extraordinário. Enxerga as coisas anos antes da maioria (incluo-me no universo de quem enxerga depois).
Para governar, precisaria de uma capacidade de comunicação e agregação extraordinária e uma base cultural sólida. Por estilo e teimosia, ele insiste em não utilizá-las ou simplesmente faltam-lhe ambas.
Ainda assim, chegaria facilmente aos 8 anos, com a previsível reeleição em 2022.
Agora, existe AK e DK. Depois do Koronavirus, a incerteza é a única coisa certa. Basta constatar que, em 25/Mar/2020, as estatísticas apontam cerca de 400.000 contaminados e 20.000 mortos no mundo; e cerca de 2.400 contaminados e 57 mortos no Brasil. Um esclarecimento imprescindível: uso K para ser respeitoso com as siglas AC e DC, do maior ser humano da História; e para muitos o filho de Deus.
O que teríamos pela frente (próximos 3 meses)? 
De 20.000 a 200.000 mortos no mundo? 
De 200 a 2000 mortos no Brasil?
É terrível porém emblemático asseverar que há otimismo nessas previsões trágicas. Em 1957/58, a gripe asiática causou cerca de um milhão de mortos; e em 1968/69, a gripe Hong Kong também causou aproximadamente um milhão de mortos.  
No contexto político, no Brasil, de 30 em 30 anos, tivemos mudanças avassaladoras na conjuntura política:
     1960 – eleição de Jânio Quadros e posterior renúncia antes de completar um ano de investidura na Presidência da República;
     1989 – eleição de Fernando Collor de Melo e afastamento da Presidência por processo de impeachment;
     2018 – eleição de Jair Messias Bolsonaro e, até agora, severos traumas na condução da Presidência, resultantes sobretudo da ausência de “toma lá da cá” (oferta de cargos e verbas orçamentárias, em troca de apoio político) e do combate pertinaz às práticas corruptas.
E agora? Há risco. Antes, era impensável afastar o presidente Bolsonaro. Com o Koronavírus, muita gente está enxergando essa possibilidade! Seria o troco a tantos interesses contrariados, atinentes à recusa de aceitar as práticas políticas do passado, baseadas no “toma lá da cá” e na corrupção.
Às mazelas da atual conjuntura, acrescente-se a indigência de uma relevante parcela dos homens públicos brasileiros. Dentre os onze últimos presidentes da Câmara dos Deputados (a terceira autoridade na linha de sucessão presidencial), à exceção de um único, todos os demais estão enleados em processos na Justiça. Pelo menos a metade dos ministros da Suprema Corte apresentam dúvidas (ou dívidas?) relacionadas com as condições de notório saber e ilibada conduta. Dentre os governadores, acusações são frequentes a uma boa parcela deles — o titular da mais importante unidade da Federação é acusado de forma contundente por um colega político do Ceará (conhecido e notório ex-ministro, ex-parlamentar, ex-governador e ex-candidato a Presidência da República).
Por via de consequência, formular os cenários correlatos é primacial. Em nossa cultura, não se admite a surpresa. Eis os cenários prováveis para o presidente da República:
     C1. Ultrapassar a crise e reeeleger-se em 2022;
     C2. Prosseguir até o final deste mandato e transmitir o cargo em 2022;
     C3. Ser afastado depois de completar 2 anos na Presidência; e
     C4. Ser afastado antes de completar 2 anos na Presidência.
C3 seria possível, sem que o Parlamento mexesse na Carta Magna, de tal sorte que o Vice-Presidente governasse até o final do mandato em 2022?
Na atualidade, temos um George S. Patton? Temos um Olímpio Mourão Filho? Alguém com esse perfil seria necessário para um eventual cenário de quebra institucional?
Era para tratar de um pequeno problema. Acabei delineando alguns problemas essenciais da República em 2020, severamente agravados pelo surgimento da pandemia do Koronavírus, que desencadeou a maior crise da humanidade no atual milênio. Os reflexos para o Brasil ainda não foram devidamente clarificados, mas impactarão os campos sociais, econômicos e políticos de forma imprevista, inimaginável e terrível.
Estas reflexões indicam minhas limitações e minha incapacidade de diagnosticar e jogar luz sobre as sendas conturbadas e surpreendentes que se descortinam. 
Não perco de vista as extraordinárias dimensões do Brasil: enorme território, grande população, inquestionáveis riquezas naturais. Claro, é imperioso que se dê prioridade máxima, absoluta e incondicional para a Educação — única maneira de desenvolver, formar e motivar lideranças para a gestão das potencialidades mencionadas e para o enfrentamento de quaisquer traumas, sejam eles políticos ou virais.

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